Intervenção no microfone
O Palácio do Planalto tomou o timão da estratégia de comunicação do Ministério da Saúde. O plano é evitar, com Nelson Teich, a repetição do efeito Mandetta: uma das queixas era a de que, sob o ex-ministro, a pasta se transformara numa ilha dissociada do restante do governo. As primeiras mostras do controle palaciano vieram...
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O Palácio do Planalto tomou o timão da estratégia de comunicação do Ministério da Saúde. O plano é evitar, com Nelson Teich, a repetição do efeito Mandetta: uma das queixas era a de que, sob o ex-ministro, a pasta se transformara numa ilha dissociada do restante do governo. As primeiras mostras do controle palaciano vieram já nos primeiros dias. Teich evitou as já tradicionais entrevistas coletivas sobre a evolução da pandemia no Brasil e preferiu se comunicar por meio de vídeos. Num deles, gravado por meio de um telefone celular, logo atrás do ministro aparecia a foto oficial de Jair Bolsonaro, em claro esforço para demonstrar que ele trabalha sob o comando do presidente. A estratégia tem sido conduzida por Fábio Wajngarten, secretário de Comunicação da Presidência e um dos padrinhos da nomeação de Teich. No dia do anúncio oficial da troca de comando na Saúde, aliás, logo após o pronunciamento que fez ao lado de Jair Bolsonaro, Teich foi levado para a sala de Wajngarten e lá, sem aviso prévio, foi pego no contrapé: estava tudo montado para ele dar uma entrevista ao vivo para o SBT, uma das emissoras diletas do secretário. Em seguida, o novo ministro foi empurrado para outro bate-papo ao vivo, desta vez com José Luiz Datena, na Band, outro canal que Wajngarten leva no coração.
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Comentários (10)
Paulo.Quaresma
2020-04-28 13:13:14Crusoé 247
Rubens Antonio
2020-04-27 15:39:47Chora petralhada.
Alberto
2020-04-27 14:32:36Ainda não vi a Crusoé ( a exemplo de #UOL/ FSP, #GloboLIXO e outros orgãos da extrema imprensa), pedir desculpas por ter noticiado 407 mortes por coronavírus, no dia 23/4. Ficou provado que o registro equivalia a vários dias. Mas o pedido de desculpas certamente não virá.
GIGI
2020-04-26 09:41:18Certo, ele está ali representando o governo que o nomeou. Nada errado nisso. Publicar picuinhas gera comentários idem. Quanto a Moro e Bolsonaro, seria bom que fosse feita uma análise das duas falas, não só de uma. Da posição de cada um no Governo. No projeto de governo que quase 60 milhões votaram e do que o Ministro da Justiça fez nessa pasta diante dos ataques da mídia, dos Presidentes da Câmara e do Senado e do STF, e sobre os ataques ditatoriais recentes dos governadores petistas. NADA!
Clovis
2020-04-26 08:44:27Como assinante acho que Crusoé tem deixado a desejar. Matérias muito restritas e pontuais em uma crise pandêmica e da gravidade conjuntura política .......... por exemplo: como está o Brasil e perspectivas em relação comparada da situação pandêmica ?? Quais as perspectivas para o cenário político com vistas a 2022 ? Pesquisa séria sobre impactos na opinião pública com a saída de Moro, etc......
Aguia
2020-04-25 16:01:47Esse Wajngarten é um Carluxo-boy.
Marcio
2020-04-25 13:59:20Sai Bolsonaro e Mourão retorna com Moro até a vaga no supremo.Sonhar não custa nada!
Galwin
2020-04-25 11:33:50Depois de ontem, o Bolsonarismo ruiu! Os não fanáticos que elegeram Bolsonaro por sua promessa de dar continuidade ao combate à corrupção que Moro tão bem conduziu enquanto juiz, se veem agora traídos. Resta uma única saída ao presidente para evitar a perda de conquistas logradas até hoje: a renúncia! O impeachment traria de volta as ratazanas que queremos expurgar!
KEDMA
2020-04-25 10:57:10Ou seja, o Ministro da Saúde só pode falar "ao vivo" onde o secretário de Comunicação quer. Muito oportuno.
MAURÍLIO43
2020-04-25 10:08:26Pelo que se pode ver, o médico-milionário-empresário Teich, por ingenua arrogância rachou que poderia impor-se à quadrilha de fanáticos milicianos que infesta os salões palacianos; como dizia, o líder político Aureliano Chaves, lá nas Minas Gerais: "a esperteza quando é demais, acaba engolindo o próprio dono".