Voto de Toffoli provoca dúvidas entre ministros do STF no julgamento sobre dados do Coaf
Após um extenso voto, que tomou quase toda a sessão de julgamento desta quarta-feira, 20, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli (foto), defendeu balizas para o Ministério Público no compartilhamento de dados da Receita Federal para investigações. Porém, o alcance do voto, em casos como o do filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro,...
Após um extenso voto, que tomou quase toda a sessão de julgamento desta quarta-feira, 20, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli (foto), defendeu balizas para o Ministério Público no compartilhamento de dados da Receita Federal para investigações. Porém, o alcance do voto, em casos como o do filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro, não ficou claro nem entre os outros ministros do Supremo, que deixaram a sessão sem entender o que Toffoli, de fato, quis expressar.
Como se tivesse atuado para confundir, não para explicar, Toffoli reafirmou que a Unidade de Inteligência Financeira, novo nome do Coaf, pode até compartilhar relatórios de inteligência financeira, mas desde que deles constem apenas informações de movimentações globais das pessoas físicas ou jurídicas. Disse também que não poderia haver "encomenda" contra determinada pessoa.
Houve confusão no entendimento porque, apesar de ter dedicado grande parte do seu voto ao compartilhamento de relatórios da UIF, o antigo Coaf, com o Ministério Público, ao anunciar seu posicionamento, Toffoli se limitou ao caso que motivou toda a discussão do Supremo: uma ação penal contra sócios de um posto de gasolina no interior de São Paulo, acusados de sonegação fiscal com base em relatórios da Receita. Ele acatou o recurso extraordinário do Ministério Público Federal em relação ao processo do posto, sem citar a liminar de Flávio Bolsonaro, e votou pela anulação da decisão do desembargador José Marcos Lunardelli, que havia tornado ilegal o compartilhamento de dados da Receita com o MPF, sem autorização judicial, na condenação do casal Hilario e Toyota Hashimoto, donos do estabelecimento, pelo crime de sonegação
Toffoli afirmou que, em relação ao compartilhamento de representações fiscais da Receita com o Ministério Público, o MP deve instaurar uma investigação ao receber as informações e, imediatamente, encaminhar o caso para a Justiça. A ideia é de que, a partir da instauração da investigação, a Justiça possa acompanhar todo o desdobramento do caso.
Em relação aos relatórios de inteligência financeira, os RIFs produzidos pela Receita, o presidente do Supremo reafirmou que só devem ser compartilhados dados globais. Mas como a conclusão de seu voto se limitou ao caso concreto em análise, ainda não ficou claro quais balizas ele entende que devem ser aplicadas no compartilhamento dos RIFs.
Ao deixar a sessão, Toffoli afirmou à imprensa apenas que o Coaf poderá "continuar compartilhando informações" e deu a entender que vai aguardar a continuidade do julgamento para que sejam estabelecidas as formas de como deve ser realizado o procedimento. O julgamento será retomado nesta quinta-feira, 21, à tarde.
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Comentários (10)
Massaaki
2019-11-21 17:12:07Não fez, porque não sabe fazer. Se soubesse, já teria feito. Então, discorreu sobre algo que não entende, muito menos domina. O que ele queria seria outra coisa. Então é melhor não inventar a roda. Copiem e imitem o mundo civilizado.
Alberto
2019-11-21 16:20:27Esse coto desse cara é de sacanagem . O que ele quer é ficar bem com o poder, quem quer que esteja no alto . Por isso ele profere votos ambiguos e confusos
MARIO
2019-11-21 15:38:40A enrolação já era esperada pois não sabe o que relata sendo somente para atrapalhar a lava jato que atua mil vezes melhor do que o stf que vai entrar para a história como pagina negra.
Luiz
2019-11-21 15:20:56Não há nada como não resta a menor dúvida. Nem você me telefona, nem eu te telefono, nós não vamos combinar nada, para não nos desencontramos
Sidney
2019-11-21 14:40:27STF (somente tofolli fala)! Eu me recordo de uma frase de meu saudoso pai: "enquanto um burro fala os demais murcham a orelha"! Esse eminente ser se apoderou de tal forma do STF que não bastou um único dia, e iniciou o dia seguinte fazendo uso da palavra para esclarecer o seu voto, porém não logrou êxito!
Daniel
2019-11-21 13:05:20A ideia é essa mesmo: confundir tudo para ficar uma eterna bagunça que o stf vai resolvendo para os poderosos que conseguem chegar até lá. Enquanto isso, o crime dos empresários deve estar prescrevendo... a impunidade agradece mais uma vez!
José
2019-11-21 12:48:15já pensou o brilhante Barroso sendo subordinado a este petista medíocre que nem nos concursos passa? Deve ser um tormento ficar ouvindo o Tofolli.
Donizeti
2019-11-21 12:23:43Deve ser um martírio, para os outros ministros do STF, ter que se dirigir a uma pessoa [que fora um réles advogado de partido, que tomou pau em 2 concursos para juiz], como Senhor Presidente. O Toffoli tentou à sua maneira, tosca e rasteira, obter informações e grande poder ao controlá-las. Entretanto, suas limitações mentais e técnicas se impuseram. O lado bom é que confundiu o Lewandowsky. Esse ficou perplexo com o voto.
Luiz
2019-11-21 12:23:27Esse STF esta sortido de psicopatas. Gilmar Mendes já esta diagnosticado, agora tem Marco Aurélio e Dias Tofoli que estão em observação.
Antonio
2019-11-21 12:08:44Sugiro que ele contrate a Dilma com "asseçora". coitado dele, culpado é o colocou lá. É muito incompetente!