Desafeto de Marcelo, preso na Carbonara Chimica era interlocutor da Odebrecht com Judiciário
Principal alvo da Operação Carbonara Chimica, nova fase da Lava Jato, o ex-vice-presidente jurídico da Odebrecht Maurício Ferro é casado com Mônica, filha do patriarca Emílio e irmã de Marcelo Odebrecht (foto). Ferro não assinou acordo de colaboração premiada, e antes de entrar na mira dos investigadores, já era alvo do cunhado, atualmente preso em...
Principal alvo da Operação Carbonara Chimica, nova fase da Lava Jato, o ex-vice-presidente jurídico da Odebrecht Maurício Ferro é casado com Mônica, filha do patriarca Emílio e irmã de Marcelo Odebrecht (foto). Ferro não assinou acordo de colaboração premiada, e antes de entrar na mira dos investigadores, já era alvo do cunhado, atualmente preso em sua mansão em São Paulo.
Ferro e Bernardo Grandin, ex-sócio dos Odebrecht e também alvo de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 21, apareciam desde o início da Lava Jato em trocas de e-mails com indícios de pagamentos indevidos. Mas não figuraram entre os 77 executivos da empresas que assinaram um acordo de colaboração com a Procuradoria-Geral da República.
A ausência de Ferro entre os delatores deixou Marcelo possesso. Desde o fim das negociações, o herdeiro começou a enviar recados sobre sua insatisfação. Em sua cabeça, o filho de Emílio achava ter assumido mais crimes que todos os outros executivos e não aceitava Ferro ter saído ileso. A negociação dos acordos, aliás, foi conduzida por Emílio e pelo ex-vice-presidente jurídico da construtora, a partir de um hotel de Brasília alugado para ser o bunker do empreiteira durante as tratativas com a Justiça.
Após deixar a carceragem da PF para cumprir prisão domiciliar, Marcelo Odebrecht aumentou o nível dos ataques contra o cunhado e criticou a permanência dele na empresa, indicando que ele teria participações nos atos criminosos do passado.
Ferro se uniu ao cunhado no rol de presos pela força-tarefa de Curitiba quando foi descoberta a sua participação em repasses milionários para um advogado que estava envolvido nas negociações com o PT para pagamento de suborno pela edição da Medidas Provisórias 470 e 472.
A dúvida agora é saber se Ferro seguirá o caminho de Marcelo em busca de acordo de delação. Caso resolva contar o que sabe, poderá explorar as relações da empresa com o Judiciário. Como executivo da área jurídica, Ferro era a pessoa de confiança de Emílio Odebrecht para tratar dos temas mais sensíveis relacionados aos tribunais. Tanto é que, no entrevero entre Ferro e Marcelo, ao que parece, o patriarca ficou ao lado do genro e preteriu o filho.
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Comentários (10)
Breno
2019-08-22 10:58:12Vamos aguardar ansiosamente boiar toda a m.... do judiciário.
Luciano
2019-08-22 09:00:08Deve ter muito material "cavernoso" do submundo dos Tribunais...passou da hora desse "toroço" boiar...
Sirlei Oda
2019-08-22 08:49:50Marcelo tem mesmo é que ajudar a justiça ,é a única maneira de se redimir ajudando a desvendar os desmandos e os assaltos que sofreu o País quem sabe ainda possa ser visto como "herói" nacional.Bem,o simples fato de Lula não gostar dele,já fez de mim,sua fã.#falamarcelinhobommenino.
JOAO
2019-08-21 15:21:36A Lava Jato a muito que tenta investigar a associação criminosa do judiciário junto às empreiteiras e aos políticos corruptos sem ter muito êxito. Eis que começam a surgir as oportunidades. Logo estas serão sufocadas por Jair Bolsonaro a pedido de Dias Toffole - arauto das grandes organizações criminosas. O plano é soltar o condenado Lula e prender o Moro. A começar pela nomeação de um aliado sórdido e vil para a PGR ligado escusamente ao STF. Quem será?
Fábio
2019-08-21 15:08:32Se Maurício Ferro , vice presidente jurídico da Odebrecht , fizer delação premiada , ele pode ferrar a vida de PTofoli , Gilmarginal , LevandoTudo e Cia . 🇧🇷
Zilma
2019-08-21 15:05:42Ao invés de enfiar o "ferro na boneca" agora vamos ter o "Ferro no Judiciário". Odebrecht em cena, novamente, só que agora sem Moro e Dalaion. Que pena!!!
Victor
2019-08-21 14:43:04O Grande Chefão, Emilio Odebrecht, não vai em cana, junto com o genro? O Brasil aguarda ansiosamente o momento em que este vendilhão da Pátria pagará por seus crimes.
MARIA
2019-08-21 13:31:45Enquanto não expuserem as mazelas do judiciário, a faxina não estará completa!
DANILO
2019-08-21 12:59:52Domingo (25/08) vamos a rua pedindo a CPI da Lava Toga. Começar a por a corja pra fora do judiciário.
Arlindo
2019-08-21 12:43:38Vem mais ladroagem por aí e provavelmente atingindo o STF, valhacouto de marginais 🐀🐀🐀🐀🐀🐀🐀🐀🐀