Redução em taxa de homicídios recupera turismo em El Salvador
Nayib Bukele comemora retomada do turismo no país, que, segundo ele, era a "capital mundial de homicídios"
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, comentou em uma publicação do perfil World of Statistics que registra a redução gradual na taxa de homicídios do país no período entre 2015 e 2024.
"Este ano, nossa taxa de homicídios ficará abaixo de 1", escreveu no X.
De acordo com as estatísticas, o país tinha 106.3 homicídios por 100 mil habitantes em 2015.
Em 2019, quando Bukele foi eleito, o índice registrava 38 homicídios a cada 100 mil.
No ano de sua reeleição, onde teve mais de 85% dos votos, a taxa caiu para 1.9 homicídios em 2024.
O sucesso no combate ao crime garantiu a Bukele uma aprovação recorde no país.
Turismo em alta
A rigidez nas políticas de segurança salvadorenhas, sob o governo de Bukele, reflete no crescimento do turismo.
Dados da ONU Turismo apontam El Salvador como o segundo país a ter o maior crescimento no setor desde os níveis pré-pandemia, em 2019.
O país da América Central, com 81% de crescimento, ficou atrás apenas do Catar.
"Da capital mundial dos homicídios ao segundo destino turístico com maior rendimento do mundo", comemorou Bukele na rede X.
Maior prisão das Américas
No ano passado, Bukele inaugurou o complexo penitenciário chamado de Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), considerado o maior presídio das Américas.
A estrutura tem capacidade para 40 mil presos em uma área de 166 hectares.
O perímetro é vigiado por 19 torres de segurança, além de ter um muro de concreto de 11 metros de altura e 2,1 quilômetros de extensão.
Caso um detento fuja, a área ainda conta com o patrulhamento de seguranças no perímetro externo e um helicóptero fica a postos para identificar o prisioneiro.
Atualmente, a prisão abriga mais de 12 mil detentos das gangues MS-13 e Barrio 18.
O governo de El Salvador construiu a estrutura para aliviar a superlotação no país e se tornar um marco da luta contra gangues.
Em 2022, Bukele conseguiu no Congresso a aprovação de um estado de exceção no país.
Desde então, a rigidez no combate ao crime organizado foi alvo de críticas de ONGs ligadas aos direitos humanos de El Salvador e internacionais.
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