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Congresso pede que governo reconheça González como presidente da Venezuela

Parlamentares votaram moção para que o país, onde o líder venezuelano se exilou, lidere processo de reconhecimento também nas instituições da Europa

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Redação Crusoé
2 minutos de leitura 11.09.2024 11:53 comentários 1
Edmundo González Urrutia: presidente legítimo

O Congresso espanhol aprovou nesta quarta-feira, 11, uma moção para que o governo do país reconheça o candidato de oposição Edmundo González como vencedor das eleições de julho na Venezuela.

O Partido Socialista Operário da Espanha, PSOE, do presidente Pedro Sánchez, e seu aliado de extrema esquerda Sumar ficaram contra a medida. Mas foram derrotados pelo bloco de legendas de centro e direita formado por PP, Vox, PNV Coalición Canaria e Unión del Pueblo Navarro.

González desembarcou na Espanha como exilado no domingo, 8. A ditadura de Nicolás Maduro havia decretado sua prisão, inconformada com o fato de a oposição haver divulgado 83,5% das atas eleitorais no site Resultados con VZLA.

Embora o regime de Maduro acuse González de falsificação, a autenticidade dos documentos foi atestada e reconhecida por organismos como o Centro Carter, a ONU e a União Europeia. O próprio governo se recusa a divulgar as atas, apesar de ter assumido um compromisso internacional de transparência antes da votação.

São justamente esses os fatos mencionados pelos parlamentares espanhóis, ao requerer não apenas que González seja reconhecido internamente como presidente "legítimo", mas também que o presidente Pedro Sánchez lidere um movimento para assegurar o mesmo reconhecimento nas instituições europeias.

Nesta terça, antes da votação, manifestantes haviam se reunido em frente ao Parlamento espanhol pedindo de a moção fosse aprovadas. González não é o primeiro político venezuelano obrigado a buscar refúgio na Espanha por confrontar Maduro e o chavismo. Lá vivem, por exemplo, o ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, que viveu mais de mil dias em prisão domiciliar antes de conseguir escapar, em 2017, e Leopoldo López, preso em 2014 por liderar protestos contra a ditadura.

Segundo Ledezma, González tomou a decisão correta ao se exilar na Espanha. “Edmundo será livre, não ficará confinado entre quatro paredes, como na Venezuela, e poderá liderar a luta pela liberdade da Venezuela, liderando a diáspora”, disse ele.


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Comentários (1)

Manoel Antonio Da Fonseca Couto Gomes Pereira

2024-09-11 14:26:52

Atenção, na Espanha, o Congresso é só dos deputados. O equivalente,na Espanha, ao nosso Congresso, chama-se Cortes. O Congresso espanhol, sozinho, não pode por em vigor a moção mencionada acima, ainda que fosse aprovada na Casa. Ela deve ser aprovada também pelo Senado; em última análise, pelas Cortes, ou o Poder Legislativo.


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