O aumento exponencial nos casos de antissemitismo no Brasil
Um levantamento da Confederação Israelita do Brasil (Conib) indicou um aumento de 255% no número de casos registrados como antissemitismo no país. A guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza iniciada em outubro, catapultaram o aumento de casos: os registros de antissemitismo no Brasil chegaram a aumentar até 1000% a partir de...
Um levantamento da Confederação Israelita do Brasil (Conib) indicou um aumento de 255% no número de casos registrados como antissemitismo no país. A guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza iniciada em outubro, catapultaram o aumento de casos: os registros de antissemitismo no Brasil chegaram a aumentar até 1000% a partir de outubro, na comparação com o mesmo mês de 2022.
O relatório, feito em parceria com a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), aponta uma predominância dos casos em ambiente virtual, apesar de uma quantidade significativa de atos presenciais — tais como ofensas pessoais ou pixações em locais contra a presença de judeus. No ambiente online, de acordo com o relatório, as plataformas Instagram (43% dos registros) e X (o antigo Twitter, com 32%) concentram o maior número de situações consideradas válidas.
As denúncias foram recebidas nos canais de denúncia das duas instituições, e analisadas individualmente.
"Mesmo sem base comparativa com anos anteriores, é possível dizer que esses números representam um recorde histórico em casos de antissemitismo", escreve a Conib em seu relatório, "devido, principalmente, à capacidade de difusão e de alcance das redes sociais, que facilitam a rápida disseminação de informações falsa e de ideologias nefastas."
O levantamento ainda aponta picos de interações de cunho antissemita quando autoridades ou influenciadores expressam ideias anti-Israel. No Brasil, vale lembrar, esses casos são mais comuns do que parecem.
No início do conflito no Oriente Médio, a deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, chamou o Estado de Israel de genocida, apoiando as falas antissemitas de um militante do partido que comparou judeus a ratos.
“Podemos não gostar do Hamas, discordando de suas políticas e métodos. Mas essa organização é parte decisiva da resistência palestina contra o Estado colonial de Israel. Relembrando o ditado chinês, nesse momento não importa a cor dos gatos, desde que cacem ratos“, escreveu o militante petista.
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Comentários (1)
AEC
2024-06-11 13:56:54Não consigo entender esse sentimento visceral!