O novo emprego de Rosa Weber
Rosa Weber (foto), a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), foi indicada pelo governo brasileiro a uma vaga no Tribunal Permanente de Revisão (TPR) do Mercosul, o bloco econômico composto por Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. O anúncio oficial foi feito nesta terça-feira, 19, pelo Ministério das Relações Exteriores. Rosa assumirá o papel de...
Rosa Weber (foto), a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), foi indicada pelo governo brasileiro a uma vaga no Tribunal Permanente de Revisão (TPR) do Mercosul, o bloco econômico composto por Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.
O anúncio oficial foi feito nesta terça-feira, 19, pelo Ministério das Relações Exteriores.
Rosa assumirá o papel de árbitra na corte internacional, já que cabe ao Tribunal, "em casos de controvérsias ou de opiniões consultivas levadas à sua consideração, interpretar e propor medidas voltadas a promover o cumprimento dos instrumentos e normas sobre os quais se baseia o processo de integração".
Ela, que foi presidente da Suprema Corte até sua aposentadora em setembro do ano passado, agora já assume a presidência do TPR, composto por um árbitro de cada país-membro do bloco econômico.
A ex-ministra, indicada por Dilma Rousseff ao STF em 2011, como sucessora de Ellen Gracie, a primeira mulher a ocupar tal cargo. Antes ocupada na Justiça do Trabalho, Rosa passou a integrar a única formação da Suprema Corte com duas mulheres até hoje, na companhia de Cármen Lúcia.
Sua gestão à frente da Corte, entre 2022 e 2023, foi ao mesmo tempo marcada por atos públicos e por certa discrição. Avessa a entrevistas (jamais atendeu os repórteres, mesmo os mais experientes, em entrevistas), a ministra teve de se colocar publicamente durante os ataques de bolsonaristas no 8 de Janeiro, quando todo o prédio foi destruído pelo vandalismo. Ela coordenou os esforços de restauração do edifício, que ficou pronto para o início do ano judiciário em fevereiro.
Ela também colocou-se em atrito com o Congresso em ao menos dois momentos — ao pautar o julgamento que derrubou o chamado "Orçamento secreto", no final de 2022, e ao publicar seu voto a favor do direito ao aborto, o que inflamou a base evangélica no Legislativo. A CNBB chegou a pedir que o voto fosse anulado.
Com sua saída, no ano passado, Lula indicou Flávio Dino — até então senador e seu ministro da Justiça — ao cargo. Pelos próximos anos, só a mineira Cármen Lúcia representa o gênero feminino na Suprema Corte.
Leia mais em Crusoé: As boquinhas pós-Lava Jato
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Comentários (6)
Pedro Apenas Pedro
2024-03-20 11:07:41Essa Ministra , em nome da decência e das mulheres, não deveria aceitar esse prêmio de consolação. O "fato concreto" é que esse cargo serviu para justificar e consolar o STF por não ter indicado uma outra mulher para substituí-la. Levar as mulheres para almoçar feijoada e rabada no dia Internacional da Mulher após demitir duas mulheres ministras e não recolocar outra mulher no STF é a verdadeira face misógina do PT. Rosa, "não me faça pegar nojo".
Mamon
2024-03-20 08:37:31Qual o salário?
Fabiola
2024-03-20 06:01:55Essa indicação não trará bons resultados, assim como foi sua gestão como “presidenta” do STF, será mais uma vez, medíocre. Porque não pendura a chuteira, gente?
ANDRÉ MIGUEL FEGYVERES
2024-03-19 17:30:27Indicada por Dilma Roussef, não ajuda a melhorar sua classificação e indicação pelo desgoverno petista atual tampouco.
MARCOS ANTONIO RAINHO GOMES DA COSTA
2024-03-19 14:56:09LIVROU O LADRÃO DE PRISÃO GANHA UMA BOQUINHA NO GOBERNO.
Amaury G Feitosa
2024-03-19 13:45:03Deram o emprego errado a esta senhora que humilhou as mulheres do país com sua subserviência travestida de erudição ... deveriam reencenar a peça BONITINHA MAS ORDINÁRIA de Nelson Rodrigues e a camaleoa cairia como uma luva no papel de Maria Cecília ... como este país gosta de forjar mitoa pôdres inúteis de pés de barro.