Maduro expulsa Missão da ONU sobre direitos humanos
O regime de Nicolás Maduro "suspendeu as atividades" do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Venezuela e ainda deu um ultimato de 72 horas aos funcionários do órgão para sair do país. O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Yvan Gil, em entrevista coletiva nessa quinta-feira, 15...
O regime de Nicolás Maduro "suspendeu as atividades" do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Venezuela e ainda deu um ultimato de 72 horas aos funcionários do órgão para sair do país.
O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Yvan Gil, em entrevista coletiva nessa quinta-feira, 15 de fevereiro.
Qual é a desculpa do regime?
Esta decisão do regime venezuelano sucede uma série de acusações feita por Gil contra o Alto Comissariado das Nações Unidas.
Segundo o ministro, a instituição tem atuado de maneira inadequada, sendo parcial e se tornando uma espécie de “escritório de advocacia privado do grupo de golpistas e terroristas que conspiram permanentemente contra o país".
Prisão de ativista de direitos humanos
Este episódio se dá, poucos dias após a prisão da ativista de direitos humanos, Rocío San Miguel, no início de fevereiro, quando ela planejava uma viagem para fora da Venezuela.
Rocío, de nacionalidades venezuelana e espanhola, foi acusada de “traição” e “conspiração”, por estar, supostamente, ligada à operação denominada “Braçadeira Branca”, com objetivo de assassinar Maduro.
Perseguição à oposição
A prisão de Rocío é mais uma da sequência de detenções arbitrárias e forçadas pela ditadura bolivariana, às vésperas do que o governo prometia ser "eleições livres". Lula, claro, embarcou nessa.
Antes mesmo de marcar a data das eleições, o governo já invalidou a campanha de María Corina Machado, a principal figura da oposição, e a tornou inelegível por 15 anos. Eles também foram para cima de dirigentes do partido dela.
O ditador da Venezuela tem dado inúmeras demonstrações de que não tem qualquer intenção de realizar eleições limpas este ano. Maduro sabe que, em um pleito minimamente honesto, o resultado seria a vitória de María Corina Machado. E o que o tirano mais teme é acabar em uma cela do Tribunal Penal Internacional, o TPI, que investiga a ditadura por crimes contra a humanidade.
As justificativas contra Rocío lembram muito as aplicadas contra Corina Machado, justamente por serem das mais débeis e não têm veracidade alguma, como participar de “um esquema de corrupção orquestrado pelo usurpador Juan Guaidó, que levou ao bloqueio criminoso da República Bolivariana da Venezuela, bem como ao saque flagrante de empresas e riquezas do povo venezuelano no exterior, com a cumplicidade de governos corruptos“.
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