Israelenses assumem autoria de ciberataque contra postos no Irã
Um grupo de hackers de Israel assumiu a autoria de um ataque virtual que tirou de funcionamento quase 70% dos postos de gasolina do Irã durante o final de semana. O ataque escala as tensões entre Tel Aviv e Teerã — que tem historicamente financiado grupos terroristas contra o Estado de Israel. Em um comunicado no...
Um grupo de hackers de Israel assumiu a autoria de um ataque virtual que tirou de funcionamento quase 70% dos postos de gasolina do Irã durante o final de semana. O ataque escala as tensões entre Tel Aviv e Teerã — que tem historicamente financiado grupos terroristas contra o Estado de Israel.
Em um comunicado no Telegram, o grupo Gonjeshke Darande (que pode ser traduzido como "pardal predatório") disse que o ciberataque é uma resposta direta "à agressão que a República Islâmica [do Irã] e seus braços na região".
"Khamenei! Reagiremos contra suas provocações", continuou o comunicado. "Este ataque é uma parte muito pequena das nossas capacidades contra o mal dos seus eixos terroristas na região."
De acordo com o jornal Times of Israel, a mídia estatal iraniana indicou que 70% dos cerca de 33 mil postos de gasolina do país estariam inoperantes por "problemas de software".
O Gonjeshke Darande —que a mídia israelense disse ter proáveis ligações com a inteligência israelense — disse que alertou as autoridades iranianas antes do ataque. "Entregamos avisos aos serviços de emergência em todo o país antes de a operação começar, e garantimos que uma parte dos postos de gasolina no país se mantivessem ilesos pela mesma razão, apesar de nosso acesso e capacidade de afetar toda a sua operação", garantiu o grupo.
O governo do Irã (e por consequência do aiatolá Ali Khamenei, no comando supremo desde a morte do aiatolá Ruhollah Khomeini em 1989) é acusado de ser o principal financiador de grupos terroristas com o objetivo de desestabilizar a presença ocidental na região.
Apesar de inúmeras sanções afetarem desde o petróleo até os tradicionais tapetes iranianos, o governo de Teerã seria o principal financiador do Hamas na Faixa de Gaza, do Hezbollah no Líbano e dos houthis no Iêmen. Os dois primeiros têm como foco principal as ações contra Tel Aviv, enquanto o terceiro atua na guerra civil do país e em ataques contra a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
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