Entidades de jornalistas pedem impeachment do governador do MT
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) pediram que a Procuradoria Geral da República (PGR) ingresse com uma ação pelo afastamento do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União, foto). O pedido, apresentado nesta quinta-feira, 16, ocorre após o que seriam "recorrentes ataques ao livre exercício do jornalismo com...
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) pediram que a Procuradoria Geral da República (PGR) ingresse com uma ação pelo afastamento do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União, foto). O pedido, apresentado nesta quinta-feira, 16, ocorre após o que seriam "recorrentes ataques ao livre exercício do jornalismo com investigações contra jornalistas por reportagem envolvendo o gestor e seus familiares" nos últimos meses.
Teriam sido ao menos 15 jornalistas os alvos do governador apenas entre 2022 e 2023. Na versão dos jornalistas, a Polícia Civil do estado estaria sendo utilizada pelo governador para investigar e ameaçar os profissionais de imprensa.
“O exercício do jornalismo, portanto, requer que uma pessoa se envolva em atividades que estão definidas ou compreendidas na liberdade de expressão garantida na Convenção”, justifica o pedido feito pelo Sindjor e a Fenaj. A categoria também pede intervenção federal no estado.
Entre os casos citados estão a abertura de inquérito policial através Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) contra os jornalistas Pablo Rodrigo, Ulisses Lalio, Daniel Pettengill e Haroldo Arruda Jr. — eles foram autores de reportagens que revelaram que o filho do governador, Luis Antônio Taveira Mendes, era investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Hermes. Outros jornalistas que investigavam autorizações par usinas hidrelétricas em fazendas de parentes do governador também dizem que foram perseguidos.
Em outro caso, o jornalista Alexandre Aprá diz que foi perseguido por um detetive durante algumas semanas, onde ele afirmava que era contratado pelo governo para tentar incriminá-lo.
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