Manobra do Centrão adia votação da PEC da Segunda Instância e dificulta aprovação do texto
Partidos do Centrão trocaram 17 integrantes da comissão especial criada para discutir a PEC da Segunda Instância no dia da votação do relatório do projeto. A manobra formalizada nesta quarta-feira, 8, levou a um novo adiamento, após mais de dois anos de tramitação da proposta. Entre os partidos que trocaram integrantes estão o Progressistas, o PSC,...
Partidos do Centrão trocaram 17 integrantes da comissão especial criada para discutir a PEC da Segunda Instância no dia da votação do relatório do projeto. A manobra formalizada nesta quarta-feira, 8, levou a um novo adiamento, após mais de dois anos de tramitação da proposta. Entre os partidos que trocaram integrantes estão o Progressistas, o PSC, o PL e o Republicanos, que são da base governista.
Para não correr o risco de rejeição do texto, o relator, Fábio Trad, do PSD, o retirou da pauta. “Com essa mudança súbita e repentina de integrantes, eu retiro meu relatório e peço adiamento para que a votação ocorra em outra oportunidade, quando então avaliaremos as condições políticas para que meu relatório não vá de forma abnegada e mansa para o matadouro”, disse Trad.
"Durante praticamente dois anos, eu estive à frente de um colegiado que hoje não existe mais. Eu ouvi e tratei com diversos setores que agora não estão mais representados. O colegiado que amadureceu o texto sumiu”, acrescentou o relator.
O autor da PEC, o deputado Alex Manente, do Cidadania, concordou que a mudança na composição do colegiado atrapalharia a votação desta quarta-feira. “Com a mudança dos membros, a minha sugestão é que possamos discutir novamente esse relatório”.
Parlamentares favoráveis à prisão após condenação em segunda instância também defenderam durante a sessão a retirada de pauta para evitar a derrota da PEC, já que os novos integrantes são majoritariamente contrários à proposta.
A deputada Adriana Ventura, do Novo, foi mais uma a criticar a mudança na composição da comissão especial. “Foi uma movimentação estranha”, disse a parlamentar. “É claro que ficamos desconfortáveis”, argumentou.
O presidente da comissão, deputado Aliel Machado, do PSB, alegou que não poderia impedir a troca dos integrantes. “É obrigação nossa, independentemente de não ser a nossa vontade, de respeitar esses procedimentos”.
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Comentários (10)
Vera
2021-12-09 13:39:28Enquanto prevalecer no Congresso deputados bandidos e canalhas, o Brasil não tera saída no combate à corrupção. É fundamental eleger deputados e senadores comprometidos com o país e não com suas folhas corridas, que são quilométricas.
Juliana
2021-12-08 23:00:43congresso cheio de bandidos... não ia passar mesmo. Anotemos os nomes dos safados.
Leila
2021-12-08 22:25:01Moro Presidente 🇧🇷🇧🇷
Mathilda
2021-12-08 20:19:19Claro que não passaria!!! A maioria ali é malandro!!! Esse país retrocedeu com Bolsonaro #Moro22
PAULO
2021-12-08 19:21:25Depois de 3/4 de governo Bolsonaro, podemos afirmar, que tivemos inúmeros retrocessos no combate à corrupção. Estes partidos bolsonaristas, alguns ligados a igrejas, externam que farão de tudo para que à corrupção continue desenfreada no nosso Brasil. No STF, depois da descarada "joint venture" entre o Bolsonaro e o Lula, unindo seus respectivos market share para se blindarem, é mais fácil crescer dente em galinha, do que algum corrupto ser incomodado. Moro Presidente 🇧🇷
Maria
2021-12-08 19:20:48MORO PRESIDENTE 2022! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Elaine
2021-12-08 18:09:03Pelo amor de Deus !! Alguém imaginava .... mesmo .... que isto seria aprovado ? Ingenuidade tem hora .
Rodrigo Freitas
2021-12-08 16:47:20Cacalhada!!
Mara
2021-12-08 16:07:42Sérgio Moro, contra o sistema da corrupção.
Jefferson
2021-12-08 15:33:48Esse projeto infelizmente não vai passar a menos que novos deputados, de partidos menos corrompidos, sejam eleitos.