Renan mira negociação entre a Davati e secretário do governo de Mato Grosso
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (foto), propôs o aprofundamento da investigação sobre as negociações entre a Davati Medical Supply e o Mato Grosso. O emedebista quer convocar à comissão Mauro Carvalho Júnior, secretário-chefe da Casa Civil do governo estadual. No requerimento, Renan Calheiros anotou que os depoimentos tomados pela CPI e os...
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (foto), propôs o aprofundamento da investigação sobre as negociações entre a Davati Medical Supply e o Mato Grosso. O emedebista quer convocar à comissão Mauro Carvalho Júnior, secretário-chefe da Casa Civil do governo estadual.
No requerimento, Renan Calheiros anotou que os depoimentos tomados pela CPI e os dados extraídos do celular de Luiz Paulo Dominguetti, entregue voluntariamente à comissão, mostram uma "intensa troca de correspondências eletrônicas" entre o representante comercial da Davati e Mauro sobre vacinas.
"A relação do convocado [Mauro Carvalho] com a empresa Davati e seus supostos representantes, em franca negociação para se adquirir vacinas, em tese, por meios nada regulares, além das relações pessoais, ligações comerciais e intimidade demonstrada com outros personagens ouvidos e investigados por este colegiado, denotam indícios de atos em desconformidade com a ordem jurídica", escreveu.
Recentemente, o governo de Mato Grosso informou que, em março, Mauro Carvalho recebeu um e-mail enviado por Helder Mello, que se apresentou como representante da Davati. A gestão estadual compartilhou a mensagem com a proposta de venda, que mostra que o preço era de 14 dólares a dose. Ainda de acordo com o comunicado, o secretário pediu uma carta de representação da empresa. Como o documento não foi apresentado, o governo não deu sequência às negociações.
A Davati Medical Supply entrou na mira da CPI da Covid quando Luiz Paulo Dominguetti afirmou que, ao ouvir uma proposta de fornecimento de 400 milhões de doses da vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias exigiu propina de um dólar por dose para dar continuidade às tratativas.
Após o caso ser levado a público, a Davati admitiu que não representa a farmacêutica AstraZeneca e que tampouco tinha as doses oferecidas ao governo federal durante a negociação.
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Comentários (1)
Ana Galdino dos Santos
2021-08-26 16:07:47a raiz da corrupção no Brasil é profunda.