Em data limite do Covax, Ernesto viajou com secretário de Trump à fronteira com a Venezuela; veja vídeo
Em 18 de setembro do ano passado, enquanto equipes do Planalto, do Itamaraty e dos ministérios da Economia e da Saúde se reuniam para acertar os últimos detalhes da adesão do Brasil ao consórcio Covax Facility – a aliança global de vacinas coordenada pela OMS –, o então chanceler estava incomunicável, acompanhando excursão do então...
Em 18 de setembro do ano passado, enquanto equipes do Planalto, do Itamaraty e dos ministérios da Economia e da Saúde se reuniam para acertar os últimos detalhes da adesão do Brasil ao consórcio Covax Facility – a aliança global de vacinas coordenada pela OMS –, o então chanceler estava incomunicável, acompanhando excursão do então secretário de estado americano, Mike Pompeo, à fronteira com a Venezuela.
A visita do norte-americano, em plena campanha de Donald Trump pela reeleição, guardava relação com a disputa pelo eleitorado latino da Flórida. Enquanto isso, o Brasil tinha algumas horas para definir sua participação no Covax. Inicialmente, o contrato de adesão ao instrumento precisava ser assinado pelo governo brasileiro no próprio dia 18, uma sexta-feira. No entanto, em razão da indecisão do governo Bolsonaro com relação ao consórcio, a data-limite para assinatura foi postergada para o dia 25 de setembro, desde que a intenção de participar fosse confirmada naquela sexta-feira.
Na viagem a Roraima, Ernesto arrastou seu braço direito, o embaixador Fabio Marzano, secretário de Soberania e Cidadania do Itamaraty – justamente quem vinha conduzindo as tratativas do Covax Facility em nome da chancelaria. Vídeos obtidos por Crusoé com exclusividade mostram que o diplomata foi requisitado por seus auxiliares durante reunião em Brasília, para definir se o Itamaraty assinaria a Medida Provisória para a adesão ao instrumento, mas não atendeu prontamente. Quando atendeu, relatou que Ernesto "estava terminando uma conferência de imprensa", segundo Melina Maia, uma de suas auxiliares.
A visita à Operação Acolhida causou ruído entre Itamaraty e Planalto. À época, a Casa Civil baixou uma ordem para todos os ministérios: qualquer ida ao complexo que abriga refugiados venezuelanos em Roraima precisaria ser comunicada à Presidência da República. Em virtude do episódio, Ernesto chegou a discutir publicamente com o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Posteriormente, o chanceler admitiu que Mike Pompeo "se convidou" para conhecer a fronteira entre Brasil e Venezuela.
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Comentários (6)
Sillvia2
2021-07-25 22:20:46Estarrecedor e comprovado! Fora, carrascos do povo Brasil!!!
JC Cruz
2021-07-25 22:02:56Eis aí a prova cabal do genocídio perpetrado por Bolsonaro e seus comparsas contra o povo brasileiro. Já são 550 mil mortos na conta desses bandidos da pior espécie que desgovernam o Brasil. É chegada a hora de ir às ruas enxotar Bolsonaro e fazer um pouco de justiça as almas de nossos irmãos. Não é possível não haver um levante em prol do impeachment e prisão imediata do Genocida Jair M.Bolsonaro.
Jose
2021-07-25 14:19:38Cadeia para todos os Bozistas!
PAULO
2021-07-25 13:47:101- O vídeo obtido com exclusividade pela Crusoé, desnuda para o Brasil, o mecanismo de morticínio orquestrado pelo governo Bolsonaro. Brasileiros trabalhando, se isolando para se protegerem, enfim, buscando sobreviver, acreditando que o governo estava em busca de vacinas, agora toma conhecimento, que seu destino estava sendo traçado por essas pessoas, que recebem altos salários provenientes do imposto que pagamos. NÓS SOBREVIVEMOS, ao contrário de muitos irmãos.
Palhaço Bozo
2021-07-25 10:50:13O atual governo federal é tão vermelho quanto os governos anteriores. Mas o atual está pintado de vermelho pelo sangue dos brasileiros sibologicamente derramado pelo uso da pandemia para disseminar o vírus e consequentemente o caos na sociedade. Governo de seres bestiais a serviço da morte.
Nádia
2021-07-25 10:15:15Absurdo. Triste absurdo. Malditos.