Medrades rebate Saúde e nega negociação de doses da Covaxin a US$ 10
A diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades (foto), declarou que a empresa jamais negociou doses da Covaxin a 10 dólares com o Ministério da Saúde. A farmacêutica classificou como "equivocado" e "mentiroso" o memorial elaborado pela pasta sobre uma reunião datada de 20 de novembro de 2020 que registra a apresentação da oferta. O...
A diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades (foto), declarou que a empresa jamais negociou doses da Covaxin a 10 dólares com o Ministério da Saúde. A farmacêutica classificou como "equivocado" e "mentiroso" o memorial elaborado pela pasta sobre uma reunião datada de 20 de novembro de 2020 que registra a apresentação da oferta.
O contrato firmado entre a Precisa Medicamentos, que representa o laboratório indiano Bharat Biotech, e o ministério prevê o fornecimento de 20 milhões de doses da vacina, por 15 dólares, cada. Ao todo, o acerto estabelece o pagamento de 1,6 bilhão de reais.
Medrades presta depoimento à comissão na manhã desta quarta-feira, 14. De acordo com a farmacêutica, em novembro do ano passado, nem sequer ela sabia ao certo o valor que seria cobrado pelas doses do imunizante. À época, disse a diretora, havia somente uma expectativa de preços.
A diretora Precisa assegurou que a primeira proposta oficial ao ministério foi realizada em 12 de janeiro de 2021. "Essa memória de reunião foi uma memória unilateral, confeccionada pelo Ministério da Saúde, em que nós, parte da reunião, não tivemos a oportunidade de ler, assinar ou validar o que ali estava escrito. O que eu posso garantir é que não houve nenhuma oferta de 10 dólares por dose", disse.
Questionada pelo relator da CPI, Renan Calheiros, se a memória é, portanto, mentirosa, Medrades assentiu. "Sim, senhor senador, é mentirosa", cravou. "Nessa reunião, nós não falamos de 'quanto vai custar'. Eu consigo demonstrar através dos e-mails que foram enviados depois dessa reunião que o preço nem tinha sido definido".
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Comentários (2)
PAULO
2021-07-14 14:42:02Interessante esta depoente. Ontem ela estava fingindo de morta. Hoje ela está toda ativa. Tomou Red Bull, Adderall, pois parece outra pessoa. Ela disse que tinha um preço alvo na negociação com a Barath. Os responsáveis pela negociação do Ministério da Saúde, colocam um valor de oferta de 10 dólares. Ela diz que é mentira. Essa negociação (vamos fingir que não sabemos que é uma negociata) ocorreu em vários níveis. Qual era o preço alvo do MS e como foi tratada à assimetria de informação?
Paulo I
2021-07-14 12:19:01Pelo visto, a espuma maldosa criada pela CPI vai desaparecer. Vão já arranjar outro "eixo de investigação".