‘Ministério paralelo’: Arthur Weintraub e reverenda Jane apresentaram Nise a Bolsonaro
O ex-assessor da Presidência da República e irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, Arthur Weintraub, e a reverenda Jane Silva, ex-secretária adjunta da Cultura, foram os responsáveis por fazer a ponte entre a médica Nise Yamaguchi e o presidente Jair Bolsonaro. A oncologista e imunologista, notória defensora do tratamento precoce contra o coronavírus, depõe...
O ex-assessor da Presidência da República e irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, Arthur Weintraub, e a reverenda Jane Silva, ex-secretária adjunta da Cultura, foram os responsáveis por fazer a ponte entre a médica Nise Yamaguchi e o presidente Jair Bolsonaro. A oncologista e imunologista, notória defensora do tratamento precoce contra o coronavírus, depõe nesta terça-feira, 1,º à CPI da Covid.
Quando passou a circular por Brasília com mais frequência, no início de abril de 2020, para defender a administração de medicamentos como ivermectina e hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, Nise era ciceroneada por Jane, hoje funcionária do gabinete da deputada Alê Silva, do PSL. A pastora foi quem levou a médica ao primeiro encontro com Bolsonaro em 6 de abril de 2020. A reunião foi viabilizada por Arthur Weintraub, considerado um dos coordenadores do chamado “ministério paralelo” da Saúde.
A partir dali, Nise teria mais quatro agendas com o presidente, todas em períodos-chave do posicionamento do governo em 2020 em favor da cloroquina. Em 8 de abril, depois de receber a médica em audiência por dois dias consecutivos, Bolsonaro defendeu publicamente pela primeira vez o uso do remédio contra o coronavírus. Em 15 de abril, também após uma reunião com a imunologista, o presidente anunciou um novo protocolo para o uso de cloroquina e determinou que a utilização da droga passaria a ser indicada também para casos leves da doença – na mesma data, o então ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu demissão alegando divergências inconciliáveis com Bolsonaro.
Em recente depoimento à CPI, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, confirmou relato do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta de que Nise Yamaguchi participou de uma reunião com integrantes do governo em que surgiu a ideia de alterar por meio de um decreto a bula da cloroquina, de forma a incluir no texto o tratamento contra a Covid-19, o que acabou não acontecendo, entre outras razões, por resistências do próprio Barra Torres.
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Comentários (5)
Heloisa
2021-06-01 21:21:16O desgoverno do Sociopata Genocida FAMILICIA, está revelando os verdadeiros objetivos de determinadas igrejas evangélicas e de seus pastores(as). Tudo junto e misturado .
Waldemar
2021-06-01 09:15:54A pandemia está revelando o que são as pessoas em tudo. Tem mostrado o quanto se perdeu de capacidade analítica e de crítica. Há uma guerra de narrativas, montada sobre fatos verdadeiros, mas que visam acirrar ânimos e fragilizar as democracias e as liberdades. 2022 teremos o auge deste confronto e até lá o que será valorizado é qual das narrativas o cidadão acolhe como sua. Recomendo a retomada do bom senso e da crítica inteligente, baseada em valores próprios de cada um.Nao a escravidão.
Odete6
2021-06-01 08:48:20Esse desgoverno é uma asquerosa vergonha!!!! O insano atrai outros insanos que ditam insanidades para arrasarem com o POVO BRASILEIRO!!!!!
Odete6
2021-06-01 08:47:18Esse desgoverno é uma vergonha asquerosa!!!! O insano atrai outros insanos que ditam insanidades pra arrasarem com o POVO BRASILEIRO!!!!!
Lourival Nascimento
2021-06-01 08:16:09Sérgio, que machismo detestável esse seu a mando dos seus senhores, omitindo calhordamente a grandeza da Nise. Quer dizer então, que a Nise fosse apresentada pelo Zé Dirceu, Kakay, Gilmar Mendes, Toffoli, Lula, Gleisi, Randolfe, Renan, Dória, FHC, João Santana, Ciro, Moro, Mainardi, Dimas Covas, Aziz, Irmãos Batista, Gabas, et caterva estaria tudo certo, bem encaminhado, louvável ou mesmo algo divino? Mesmo na Lixoé, vc era melhorzinho com breves lapsos de inteligência. Honestidade? Nem pensar!