Como os confrontos em Israel podem favorecer Netanyahu
Mesmo já tendo ficado doze anos no poder, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (foto) deve ser beneficiado politicamente pelos recentes conflitos com grupos palestinos para conseguir uma sobrevida no cargo. Após a eleição de março, a quarta em dois anos, Netanyahu foi mais uma vez incumbido de formar um governo. Para tanto, ele precisou...
Mesmo já tendo ficado doze anos no poder, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (foto) deve ser beneficiado politicamente pelos recentes conflitos com grupos palestinos para conseguir uma sobrevida no cargo.
Após a eleição de março, a quarta em dois anos, Netanyahu foi mais uma vez incumbido de formar um governo. Para tanto, ele precisou negociar com representantes de outros partidos, uma vez que o seu, o Likud, não conseguiu obter a maioria dos 120 membros do Parlamento.
Como Netanyahu não conseguiu formar uma coalizão majoritária, a missão foi passada para o opositor Yair Lapid, um ex-apresentador de televisão. Lapid tem até 2 de junho para convencer outros líderes de partidos a apoiar seu governo, mas os recentes confrontos tornaram a tarefa quase impossível.
"Lapid estava buscando formar uma ampla coalizão, que incluía partidos de esquerda, direita e também alguns árabes. Mas agora sua missão ficará praticamente inviável, porque os árabes não aceitarão participar de um acordo em que políticos de direita defendem bombardeios na Faixa de Gaza", diz Karina Calandrin, professora de relações internacionais e colaboradora do Instituto Brasil-Israel.
Na semana passada, o político Naftali Bennett, de direita, que estava em negociações com Lapid, voltou a conversar com Netanyahu. "Se Lapid não tiver sucesso, deputados do Likud, o partido de Netanyahu, e do Yamina, de Bennett, podem se unir em seguida para formar um novo governo", diz Calandrin.
Se nenhum grupo conseguir um novo acordo para formalizar uma coalizão que represente a maioria dos deputados, Israel poderá convocar uma quinta eleição.
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