Após rejeição a aliado de Ernesto, Bolsonaro indica ex-assessor de FHC para cargo em Genebra
O presidente Jair Bolsonaro indicou nesta quarta-feira, 13, o embaixador Tovar da Silva Nunes (foto) para o posto de delegado permanente do Brasil junto a organismos internacionais em Genebra, na Suíça, o que inclui a representação do país no Conselho de Direitos Humanos da ONU e também na OMS. Atualmente no cargo de embaixador do...
O presidente Jair Bolsonaro indicou nesta quarta-feira, 13, o embaixador Tovar da Silva Nunes (foto) para o posto de delegado permanente do Brasil junto a organismos internacionais em Genebra, na Suíça, o que inclui a representação do país no Conselho de Direitos Humanos da ONU e também na OMS.
Atualmente no cargo de embaixador do Brasil na Rússia, por indicação de Michel Temer em 2018, o diplomata já foi assessor especial da Presidência da República em 1995 e chefiou o gabinete da Secretaria de Comunicação do Planalto entre 1995 e 1997, no primeiro governo de FHC.
Com a indicação desta quarta-feira, o ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e o presidente da República querem deixar no passado o fiasco que representou a nomeação do secretário de Soberania Nacional e Cidadania do Itamaraty, Fábio Marzano, para este mesmo posto em 2020. Um dos aliados mais próximos do chanceler, o embaixador foi rejeitado pelo Senado em dezembro, após um bate-boca com a senadora Kátia Abreu, do PP do Tocantins, durante sabatina na Comissão de Relações Exteriores.
O cargo é tido como um dos mais sensíveis para a política externa de Araújo e Bolsonaro, sobretudo nas questões relativas a direitos humanos, onde o país teve mudanças radicais em suas posições, chegando a se aliar a monarquias do Oriente Médio em temas como direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. A ocupante anterior do cargo, Maria Nazareth Farani Azevêdo, caiu nas graças de Jair Bolsonaro depois de sair em defesa do governo brasileiro em uma discussão com o ex-deputado Jean Wyllys durante um evento em Genebra em 2019.
Mulher do ex-diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, a embaixadora também protagonizou embates com países como Cuba e Venezuela. Ontem, ela foi oficialmente nomeada como cônsul-geral do Brasil em Nova York, sede da Pepsico, onde seu marido agora ocupa o cargo de vice-presidente, depois de se aposentar da carreira diplomática.
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Comentários (5)
Arnaldo
2021-01-13 22:11:27A gente roda roda, fala mal, reclama (eu inclusive) e volta na turma do FHC . A tendência é piorar e então melhor assim.
Roberto
2021-01-13 12:31:23Não adianta trocar nomes se as atitudes do governo continuam as mesmas. O novo indicado só vai passar vergonha ao ter de defender o indefensável.
CURT
2021-01-13 12:12:49paguei o aplicativo e ao entrar continuam cobrando. tanto o antagonista como crusoe. Vcs enviam o codigo por mail para alterar a senhas e ao aplicar pede tudo de novo. É MUITA INEFICIÊNCIA. Quero cancelar a compra e a assinatura desta revista definitivamente. [email protected] . Grato.
Jose
2021-01-13 12:09:30Tanto faz. O Brasil está desmoralizado mesmo. Só recuperará alguma credibilidade quando a população brasileira encarcerar o Bozo. Quanto mais cedo melhor!
Jarbas
2021-01-13 12:02:54Que vergonha para esse des-governo... também, tendo um tresloucado, aloprado e "maricon" como titular das relações exteriores!