Por 6 votos a 4, STF nega suspender venda de refinarias da Petrobras
Por seis votos a quatro, o Supremo Tribunal Federal rejeitou nesta quinta-feira, 1º, um pedido para suspender a venda de refinarias da Petrobras. As negociações eram questionadas pelo Congresso Nacional. A petrolífera deve privatizar oito refinarias até 2021, de acordo com um termo celebrado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Os projetos abarcam 1,1 milhão...

Por seis votos a quatro, o Supremo Tribunal Federal rejeitou nesta quinta-feira, 1º, um pedido para suspender a venda de refinarias da Petrobras. As negociações eram questionadas pelo Congresso Nacional.
A petrolífera deve privatizar oito refinarias até 2021, de acordo com um termo celebrado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Os projetos abarcam 1,1 milhão de capacidade diária de processamento de petróleo, o equivalente a cerca de 50% do parque de refino brasileiro.
Na ação, o parlamento argumentou que a Petrobras criou subsidiárias com o único propósito de vender parte de seu patrimônio direto e, não, orientada por novas oportunidades de negócios. Seria uma forma de burlar o entendimento consolidado pela Suprema Corte, em 2019, que estabeleceu que a alienação das subdivisões da empresa-mãe não exige autorização legislativa.
Relator do processo, o ministro Edson Fachin concordou. O magistrado entendeu "não ser possível a livre criação de subsidiárias com o consequente repasse de ativos e posterior venda direta no mercado". "Não é este o fim que a ordem jurídica dá às subsidiárias", pontuou.
"Não está se afirmando aqui que essa venda não seja possível, necessária ou desejável dentro do programa de desinvestimentos da empresa, mas que essa ação depende do crivo do Congresso Nacional e de procedimento licitatório", completou. Seguiram o voto de Fachin os ministros Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello.
Alexandre de Moraes abriu a divergência. Na avaliação do ministro, o plano da petrolífera não prevê a transferência do controle acionário, mas a condução do desinvestimento. "Não me parece que haja qualquer desrespeito à decisão do STF. Não há desvio de finalidade, não há fraude. Não é para fatiar, mas é um elaborado plano voltado para garantir maiores investimentos, priorizar determinadas áreas e garantir maior eficiência e eficácia. Processo de desinvestimento pretende garantir melhor realocação das verbas da estatal”, afirmou.
Acompanharam o entendimento de Moraes os ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luiz Fux.
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Comentários (9)
Maria
2020-10-03 18:32:02Esse congresso adora uma estatal... não querem que lhes tirem a fonte de corrupção e emprego para seus apadrinhados. O povo exige privatização de todas as estatais. Governo tem que cuidar é da segurança do seu povo.
Luiz
2020-10-01 20:48:06Tem que vender mesmo. Mas a fome de dinheiro e o mal acostumado dos políticos, quem vai pagar sem uma Petrobras bancando a corrupção?
Jorge
2020-10-01 20:32:38Vamos vender tudo antes que o CENTRÃO lance mão! Por mim, privatiza tudo!
AUREA
2020-10-01 20:32:15Vende tudo. Governo não é empresário pra possuir empresa!!! Função do governo é cuidar das pessoas, do país, se precisar, que estabeleça agências reguladoras. Empresa do governo, além de ser *desvio de função * , só serve pra cabide de emprego e corrupção!
Ary
2020-10-01 20:10:24já vai tarde!!! se precisar de um empurrãozinho...
Wilson
2020-10-01 20:04:23Excelente notícia!
Marcos
2020-10-01 18:16:37O "Supremo com tudo" está nessa negociata e jamais vai impedir a venda. Em 2014 já estava tudo vendido e o PSDB já havia, inclusive, gasto o dinheiro, pois os tucanos tinham a certeza que ganhariam a eleição. Daí houve a necessidade do golpe, pois a cabeça de José Serra já corria risco. Na máfia você morre se vender, receber o dinheiro e não entregar o produto.
Paulo
2020-10-01 18:16:31Absurdo, assegurado mais um ponto de corrupção e cabide de empregos ... O Brasil não tem acerto...rsrs
André
2020-10-01 18:15:09Está mais que passada a hora de vender todas as empresas estatais, obviamente com transparência e lisura nos processos. Estatal, já está muito mais do que provado, são antros de negociatas, roubos e corrupção. São cabides de empregos, mordomias impensáveis em empresas privadas, abrigo de incompetentes, bajuladores, parasitas e parentes que lá entram sob a cobertura de funcionários que querem ajudar familiares sem pensar na empresa e no país. Privatizar já!