Esforço de Bolsonaro para reformular base no Congresso inclui novas trocas na articulação
Da derrubada de um decreto que alterava as regras de aplicação da Lei de Acesso à Informação ao sinal verde a um Fundeb com custo "pesado" para a União, a gestão Jair Bolsonaro acumula derrotas no Congresso. Os sequenciais fiascos, na avaliação de aliados do presidente da República, são resultado de falhas na articulação política. Os erros...
Da derrubada de um decreto que alterava as regras de aplicação da Lei de Acesso à Informação ao sinal verde a um Fundeb com custo "pesado" para a União, a gestão Jair Bolsonaro acumula derrotas no Congresso. Os sequenciais fiascos, na avaliação de aliados do presidente da República, são resultado de falhas na articulação política.
Os erros não podem se repetir nos próximos meses, quando Bolsonaro pretende emplacar no parlamento propostas prioritárias, como as reformas tributária e administrativa, privatizações, o programa Renda Brasil, que deve substituir o Bolsa Família, projeto assistencial mais famoso da era Lula, e um orçamento combalido pela pandemia.
Um bom trânsito entre líderes e a ampliação do diálogo com as presidências da Câmara e do Senado também será essencial para o governo tentar aprovar propostas que agradam a seu eleitorado mais fiel, como a flexibilização do acesso às armas e o homeschooling, que devem voltar à pauta após a aprovação de medidas ligadas ao pós-pandemia.
De olho nas pautas que ganharão os corredores do Congresso, o presidente foi aconselhado a trocar o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo. Apesar de ter o prestígio de Bolsonaro, o parlamentar é inexperiente e peca em negociações, segundo deputados ligados ao Planalto.
Para efetivar a troca, o presidente ainda procura um cargo de destaque no qual possa alocar o aliado de primeira hora. A aposta é que, no lugar de Vitor Hugo, entre Ricardo Barros, do Progressistas, vice-líder do governo no Congresso — o nome, contudo, não é consenso no partido dele, um dos principais do Centrão.
Uma dança das cadeiras também deve acontecer nas vice-lideranças do governo. Na Câmara, por exemplo, dos 14 integrantes do grupo, sete são deputados de primeiro mandato do PSL. Uma das propostas de aliados da Presidência é reduzir o contingente e abrir espaço para novos partidos e parlamentares com maior bagagem, ampliando, assim, a base de Jair Bolsonaro.
A articulação deve ser pauta de uma reunião entre o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Ramos, e parlamentares prevista para esta segunda-feira, 27. O encontro vai ocorrer à tarde no Palácio do Planalto.
As mudanças na base tiveram início há duas semanas, quando Bolsonaro trocou quatro vice-líderes a fim de acenar ao Supremo Tribunal Federal e acomodar o Centrão. Na última quarta-feira, o movimento ganhou força com a destituição da bolsonarista Bia Kicis da vice-liderança do governo no Congresso.
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Comentários (6)
Vera
2020-07-28 07:41:42Só malha !Só malha ! Esse governo brasileiro faz nada de bom ? E o corte na compra de gás da Venezuela não é bom pro país ? Investindo e criando empregos aos brasileiros ? Ou seria melhor investir na Venezuela? Agradaria você Ana ?
Silas
2020-07-27 17:33:40Enganou direitinho o povo pq falou q não dava cargo p ninguém !
Rafael
2020-07-27 14:33:22Resumindo a reportagem, Bolsonaro está oficialmente na Velha Política
Rafael
2020-07-27 14:31:56O velho e famoso Centão de novo em foco na política
Aguia
2020-07-27 13:33:29No popular chama-se “troca-troca”...
José
2020-07-27 11:35:58Logo no primeiro parágrafo a reportagem diz "o governo Jair Bolsonaro acumula derrotas no congresso", ora, ora, quem é derrotado não é o PR e sim o Brasil; senão vejamos: de um lado, temos um Governo pró Brasil em busca de melhoras para o povo brasileiro e de outro lado temos um Congresso que visa tão somente impor derrotas aos projetos de um Brasil melhor. Agora, isso é falta de articulação? (a ponto de querer trocar a articulação? Se o interesse do Presidente é o bem comum da nação brasileira.