O modelo chileno
Ao abrir a economia e adotar um sistema de aposentadorias em que cada um poupa para si próprio, o Chile apontou a direção para o resto do mundo, ainda que pequenos ajustes sejam necessários
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Escolhido para ser o segundo destino internacional do presidente Jair Bolsonaro, o Chile é a grande inspiração do atual governo na América Latina. O PIB do país cresceu 4% no ano passado, quatro vezes mais do que o do Brasil. A renda per capita é 77% maior que a brasileira. Na região, é um dos países que mais reduziram a pobreza nos últimos anos. O índice está em 10%, metade do brasileiro. Mas uma das características que mais tem atraído a atenção do governo Bolsonaro é o sistema previdenciário do país. No final do ano passado, o deputado Eduardo Bolsonaro, em visita a Santiago, elogiou o modelo. "Aqui no Chile vocês hoje assistem aos frutos de sua reforma das aposentadorias. A economia tem muito a ver com o que aconteceu nos anos 1980", disse ele ao jornal chileno La Tercera.
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Comentários (10)
Diego
2019-04-17 21:09:06Parabéns pela reportagem, diferente do que o Bolsonaro fala, essa reforma não e só flores e muito menos para tirar regalias ou ajudar os mais pobres.
Jose R. Gualberto
2019-03-28 17:15:34Tenho até uma proposta muito mais genial: cada um opta com qual idade quer aposentar e com quanto quer contribuir. Mas, depois, não pode chorar com o resultado da sua opção. Que tal?
Jose R. Gualberto
2019-03-28 17:09:17O Chile mostrou isso para o resto do mundo? Como assim? Essa é a essência da previdência privada e a fórmula é do século XIX. Aposentadoria funciona como uma poupança: você poupa agora para usufruiu depois. Simples assim. Acho até que foi a Dona Baratinha que inventou isso. Cultura irmão, cultura!
Georges
2019-03-27 17:15:53Excelente reportagem, Temos muito o que avançar na mudança da previdencia
Jazz
2019-03-26 18:57:22Aqui é muito pior . Você paga e o funcionalismo público desparece com o dinheiro, com a assimetria que existe entre o aposentado publico e o privado. Festa com o dinheiro alheio!
JOSE
2019-03-26 08:15:35O calcanhar de Aquiles do plano de Paulo Guedes é que as instituições de investimentos que vão gerir os valores captados não são confiáveis: vide a gestão dos fundos de pensão atuais! Quem garante que o que o cidadão reserva hoje para sua aposentadoria receberá no futuro? O governo? Vai ser preciso regras de muita transparência para essas instituições
Marcio
2019-03-25 21:53:42Texto muito bom e esclarecedor.Parabéns ao repórter. O modelo de capitalização não funcionaria em países em que o nível de escolaridade e o índice de desenvolvimento humano sejam incompatíveis e muito abaixo dos níveis mínimos. Além disso, não admitem apadrinhamentos. A meu ver: para o Brasil vai ser muito difícil livrar-se dos aproveitadores da Previdência e conseguir que as decisões sejam para o bem do país e não destes apadrinhados. Lamentável!
Alberto
2019-03-25 00:20:23Continuando: Após 15 anos de trabalho me aposentei aqui recebendo 3 mil dólares por mês. Existe a opção de se aposentar aos 66 ou ir empurrando até os 70. Nesse meio tempo o valor da sua aposentadoria é corrigido todo ano. Aos 70 o valor congela. Nada mal pra quem começou a contribuir aos 55 e se aposentou aos 70. País sério é outra conversa.
Alberto
2019-03-25 00:15:03Nos Estados Unidos a idade para se aposentar é de 66 anos, tantos pra homens quanto para mulheres. Claro que há os casos diferenciados. Militares, políticos que tem muitas regalias a exemplo do Brasil. Enquanto no Brasil jamais contribuí com um centavo na condição de autônomo que sou. Aqui quem não é empregado contribui de acordo com o que ganha. Quem é opta por um percentual e o empregador entra com o mesmo valor (até certo limite) se o empregado quiser aumentar pode fazê-lo. Termino a seguir.
Werner
2019-03-24 20:38:32O que se espera é que aqui pelo menos comecem a discutir a reforma previdenciária proposta. Ajustes e alterações são normais, mas a ideia central deve ser mantida. Nada impede que no futuro outras alterações sejam proposta e feitas. Mas pelo menos o início tem que começar com sinais de que a reforma ande. Benefícios indevidos deverão ser cortados também , o que vai prejudicar certas categorias. Grita pela perda de benefícios , sempre vai haver e principalmente no setor público, onde é grave.