Diplomata e blogueiro, com amor e coragem
A nomeação de Ernesto Araújo para o cargo de chanceler não dirime as dúvidas sobre como será a política externa brasileira, mas ao menos uma vitória já pode ser comemorada
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Até a tarde da quarta-feira, a expectativa em torno de quem seria o chanceler do Brasil tinha duas vertentes. A primeira era a de que o escolhido seria um moderado capaz de conter os instintos mais radicais que Jair Bolsonaro externou durante a campanha. A segunda temia que o presidente eleito nomeasse um novato sem qualquer amparo entre seus colegas, com risco de empurrá-lo para atitudes extremadas, como a de brigar com a China ou transferir a embaixada brasileira para Jerusalém. “Informo a todos a indicação do Embaixador Ernesto Araújo, diplomata há 29 anos e um brilhante intelectual, ao cargo de Ministro das Relações Exteriores”, escreveu Bolsonaro no Twitter às 16h23. Minutos depois, uma conturbada coletiva de imprensa, em que o nomeado pouco falou, não contribuiu para desvendar para qual dos dois lados vai o Itamaraty.
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Comentários (10)
Danilo
2018-11-25 22:41:29Precisamos de brasileiros que amem o país.
Erika
2018-11-19 22:48:10Melhor que petralhas fazendo negócios da China. Como tudo no governo PT, o nível da diplomacia despencou nos últimos 16 anos. Uma geração de boçais brincando em embaixadas e consulados com dinheiro público. Dava pra fechar uma centena.
DALIA
2018-11-19 16:55:49Globalism and globalisation are two different things.///// Please !,,,,,,
MARYO
2018-11-19 08:39:40“Atitudes extremadas como brigar com a China ou transferir a embaixada brasileira para Jerusalem”. Na sua opinião declarar guerra sem nenhum motivo a um país que mantêm relações comerciais cordiais com o Brasil, é uma atitude tão extremada quanto respeitar a vontade soberana de um país com o qual se tem intenção de incrementar as relações diplomáticas e comerciais, levando a embaixada para onde esse país mantêm o seu congresso e determinou que é a sua capital?
Airton
2018-11-18 21:44:19Muito Bom, parabéns
Flávio
2018-11-18 21:43:26Está claro que o Itamaraty não será um super-ministério, mas estará preenchido por um “Soldado Bolsonarista”. Aguardemos os desafios vindouros, onde poderemos atestar a capacidade do nomeado.
João
2018-11-18 07:35:33Excelente texto.
Marcia Neves
2018-11-18 00:21:55Confio nos generais, como Heleno e Mourão, que parecem ser a voz da moderação neste momento. Mas eles não podem preencher todos os ministérios, até porque não foram treinados para isso - e certamente são conscientes deste fato. Por isso volto a perguntar? Quem nos guiará? Onde está o programa de governo para tantas áreas sensíveis que necessitam de soluções urgentes?
Marcia Neves
2018-11-18 00:17:04Em tempo: não sou petista, não sou feminista, não sou globalista e votei no Bolsonaro, na esperança de ver mudanças concretas no meu país. Mas as escolhas feitas até aqui para os ministérios, me deixam preocupada -salvo Moro e Paulo Guedes. Onde estão os grandes nomes, os “técnicos” capazes de desfazer os estragos petistas e conduzir nossa educação, infraestrutura, saúde etc?!
Marcia Neves
2018-11-18 00:09:56Escrever um artigo polêmico pró-Trump e abrir às vésperas das eleições um blog foram os critérios para a escolha de Araújo. No mínimo, pode-se dizer que são insuficientes para uma decisão de tal importância. O que conhece o PR eleito sobre o diplomata, sua capacidade, suas ligações, sua carreira sempre assegurada pela velha oligarquia ligada a Sarney ou pelos petistas?!