PF cogitou devassa sobre transações de Doria

24.02.22

Documentos do inquérito que investiga a suspeita de superfaturamento de 63,3 milhões de reais na compra de respiradores da China pelo governo de João Doria, em 2020, mostram que a Polícia Federal cogitou fazer uma ampla devassa nas movimentações financeiras do governador paulista. Em novembro daquele ano, um agente da PF sugeriu ao chefe da delegacia de repressão à corrupção em São Paulo a inclusão do CPF do tucano e 23 CNPJs de empresas ligadas a ele no pedido de dados ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, que recebe informações sobre transações suspeitas enviadas pelos bancos. Em abril do ano passado, o delegado que atuava no caso escreveu em um despacho que não havia “nenhum indício concreto” de participação de Doria nas suspeitas envolvendo a compra dos equipamentos da China e limitou a demanda ao Coaf a dez pessoas — entre eles, o intermediário Basile Pantazis, conhecido como “Grego“. Foi com base nesse levantamento que a PF deflagrou a Operação Dragão na terça-feira, 22, para aprofundar a investigação sobre os respiradores comprados pelo governo Doria.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéA PF cogitou uma devassa em contas de Doria e de suas empresas

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