'Chega de briga!'
A ministra Damares Alves, dos Direitos Humanos, diz que a esquerda precisa parar de usar a bandeira das minorias para obter ganhos eleitorais e defende que é chegada a hora de fazer a "reconciliação" entre grupos que historicamente se digladiam
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Advogada e pastora evangélica, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, 55 anos, é um dos símbolos da ala ideológica do governo Bolsonaro. Dona de posições firmes, empilhou polêmicas desde que assumiu a pasta. Mas não se arrepende de nenhuma delas. “Sou coerente. Desde a transição, minhas falas são sempre as mesmas. Que polêmica tem menina vestir rosa e menino azul?”, indaga. “Penso do mesmo jeito e atuo do mesmo jeito.” Damares diz que é alvo constante de críticas por compor o que chama de pilar do governo, ao lado de Sergio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia) e Abraham Weintraub (Educação), e por comandar o ministério responsável por zelar pelos “valores que Bolsonaro quer mudar”. Também há, segundo ela, um certo preconceito religioso por parte dos que a criticam. “Há uma discriminação por eu ser pastora”, lamentou.
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Comentários (10)
Uira
2019-12-15 17:19:33Se as pessoas querem brigar, então que briguem para ver quem apresenta os melhores resultados, e não para ver quem faz o discurso mais BONITO e INÓCUO. Sobretudo, que ser esforcem para pelo menos não negarem o INEGÁVEL, pq quando é assim não dá nem para se tentar iniciar qq conversa, fica tudo nos reino das APARÊNCIAS, onde a BONDADE existe na retórica, mas não na prática.
Uira
2019-12-15 17:05:16Por exemplo, ouve-se muito na esquerda o discurso da desmilitarização das polícias. Quem é que acredita nisto? Eles acreditam? Ou eles acham que o policial vai subir o morro ou entrar na favela desarmado? E o bandido, não tem que ser "DESMILITARIZADO" tb? Aí o que eles fazem, nem cagam nem saem da mata, pq de um lado não existe a menor hipótese de fazer o que pregam, do outro tem que manter o discurso para a PLATEIA, principalmente os moradores da periferia mais sujeitos à violência policial.
Uira
2019-12-15 17:01:26Um país onde o que importa não são os resultados práticos, mas o DISCURSO para aparecer BEM NA FITA perante a sua PLATEIA e jogar a responsabilidade pelos erros e fracassos todos no colo dos adversários. Aliás, como que um Estado e uma sociedade que são incapazes de resolver o problemas das MAIORIAS esperam resolver os das MINORIAS? Se o Estado não é capaz de proteger nem o cidadão comum, como é que ele almeja proteger os segmentos mais vulneráveis?
Uira
2019-12-15 16:57:03É assim que Gilmar Mendes aparece defendendo os pobres e os órfãos enquanto solta CORRUPTOS, e Renan Calheiros se apresenta como um bastião da luta contra a corrupção. É assim que Dilma acabou com o país, mas era tudo em nome da PROSPERIDADE, DO FIM DA POBREZA, DA REDUÇÃO DA DESIGUALDADE, DO FIM DO MACHISMO E DO FASCISMO, então o que vale é a "INTENÇÃO", não o mal provocado. Foi nesta toada que o Brasil passou 30 anos dando passos de formiga, sem vontade.
Uira
2019-12-15 16:49:32O Brasil é exemplo perfeito disto, com uma Constituição que promete o PARAÍSO na terra, enquanto o Estado entrega o inferno, mas é mais do que óbvio que o problema não é a Constituição nem o Estado (é aí que entra a TERCEIRIZAÇÃO DE RESPONSABILIDADE). É assim que o Estado se transforma no verdadeiro PARAÍSO DOS PUXADINHOS, onde cada grupo tenta enfiar um JABUTI ou obter um PRIVILÉGIO que no máximo resolve a dor deles, enquanto a sociedade como um todo segue achacada pelos males de sempre.
Uira
2019-12-15 16:42:35Uma vez que a POLÍTICA é o mundo das INCERTEZAS e das PROMESSAS, torna-se a coisa mais fácil do mundo que POLÍTICOS se apresentem perante a sociedade como verdadeiras encarnações do bem, incapazes de qq maldade, enquanto atribuem aos seus adversários todos os defeitos e falhas possíveis. Mas este nem é mesmo o maior problema, pois o cerne da questão acabar se deslocando para o fato de que POLÍTICOS utilizam DISCURSOS VAZIOS para terceirizar sua responsabilidade.
Uira
2019-12-15 16:36:45Assim, cada indivíduo, irá sempre procurar uma tribo onde sua existência e identidade não sejam questionadas ou seja, onde eles sejam BONS. No entanto, se nós formos considerar que a BONDADE e a MALDADE são subjetivas, então isto significa que vale a lei do mais forte, pois da mesma forma que a história é contada pelos vencedores, a concepção de BONDADE e MALDADE tb é (em parte é exatamente isto o que acontece, gerando atritos e conflitos no seio da sociedade).
Uira
2019-12-15 16:28:15É assim que os indivíduos, ao invés de se preocuparem em serem realmente bons, passam a se dedicar a PARECEREM BONS. Mas não para aí, pois o indivíduo logo percebe que é possível não só PARECER BOM, mas é possível fazer com que sua maldade deixe de ser maldade e se transforme em bondade, pois tudo depende dos olhos de quem vê. E é mais do que óbvio de que meus pares são incapazes de verem a si mesmos como portadores ou perpetradores de atrocidades e maldades.
Uira
2019-12-15 16:23:39Como o ser humano é um animal político e social, sua existencialidade e identidade acabam por transbordar para o mundo das concretudes, passando a refletirem para o mundo exterior na imagem que ele apresenta a este. Mas isto torna possível um cisão entre o EU CONCRETO, possuidor de virtudes, assim como falhas de caráter, e o EU VIRTUAL ou MUNDANO. Para o mundo exterior o EU MUNDANO não precisa corresponder ao EU CONCRETO, pois eu posso me apresentar como alguém diferente do que realmente sou.
Uira
2019-12-15 16:16:20Ademais, é bastante razoável supor que o indivíduo jamais defenda algo que possa lhe fazer mal ou ir contra os seus interesses. Assim, a verdadeira concepção individual de bem que cada indivíduo forma dentro de si mesmo teria relação com aquilo que de algum modo atende aos interesses dele. É claro que a questão não é tão simples assim, mas a experiência permite estabelecer que a concepção de bondade e maldade ostentada por cada indivíduo carrega uma dose elevada de subjetivismo.