Pondé e a censura líquida que secou
Morrendo o conceito clássico de liberdade de expressão, morre também, por consequência, sua oponente
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Na última semana, o filósofo Luiz Felipe Pondé escreveu um artigo na Folha de S. Paulo chamado “Só sendo irrelevante você escapa da censura líquida de hoje”. O artigo traça um paralelo curioso entre o momento de nosso país e a tese do sociólogo Zygmunt Bauman, que cunhou o termo “líquido” para descrever como a modernidade estilhaçada nos lança valores diluídos, fazendo com que os vivenciemos de forma descartável e insensível. No caso da censura, por estar dispersa, não a localizaríamos concretamente para a enfrentarmos.
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Comentários (6)
Carlos Renato Cardoso Da Costa
2023-05-31 10:53:37As colunas do Marsiglia são sempre oportunas e certeiras. A partir do momento que o debate deixa de ser sobre a censura ela já venceu
Marcia E.
2023-05-27 15:14:16É muito assustador, mas é fato. Estamos vivendo num castelo de areia e a maré está subindo, subindo, subindo e não havendo oposição forte e imediata, não sobrará nada daquilo que construímos com liberdade.
Delei
2023-05-27 08:01:26O fundamental é não se acomodar com onda censora.
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
2023-05-26 14:56:09Fahrenheit 451 chegando. Logo queimaremos os livros...
Manoel Antonio Da Fonseca Couto Gomes Pereira
2023-05-26 08:53:10Que belo artigo. Poois é, André, voltamos ao Ministério da Verdade.
Pedro
2023-05-26 08:45:56É plausível refletir sobre a necessidade explícita de causar polêmica e não de fazer qualquer tipo de manifestação artística ou não. É a polêmica que impulsiona os seguidores e as suas redes monetizadas. Para essa reflexão talvez seja interessante buscar também no humor a resposta: "Desconfio de todo idealista que lucra com seu ideal"(Millôr Fernandes).Não é para provocar risos, é para provocar polêmica e viralizar e ser virótico.