A testemunha fala - e quer negociar
Vizinho de Adélio Bispo na cadeia, o iraniano que escreveu a Jair Bolsonaro dizendo ter informações inéditas sobre o atentado de Juiz de Fora depõe à polícia e afirma que só revela o que sabe se ganhar o perdão judicial do presidente. Só que há um problema: ele é visto como um sujeito inconfiável e mentiroso
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Como mostrou Crusoé em outubro, por ordem de Jair Bolsonaro, os órgãos de inteligência do governo têm despendido esforços para transformar em questão de estado a investigação sobre o ataque a faca sofrido pelo presidente durante as eleições do ano passado. O próprio Bolsonaro chegou a divulgar em 6 de outubro um vídeo na internet afirmando que recebeu uma carta de um “vizinho de cela” do autor do atentado, Adélio Bispo de Oliveira, que teria pistas sobre o suposto mandante da facada. Há pouco menos de um mês, revelamos que o autor da carta é o iraniano Farhad Marvizi, apelidado de Tony e condenado por encomendar o assassinato de um auditor da Receita. Marvizi é um velho conhecido das autoridades por seus relatos pouco críveis e pelo hábito de escrever para autoridades e personalidades que vão de Donald Trump a Silvio Santos. Já preso, em 2014 ele denunciou um suposto plano do Primeiro Comando da Capital, o PCC, para sequestrar o ex-marido da então presidente Dilma Rousseff. Por causa do relato, a PF chegou a reforçar a proteção do ex-marido de Dilma por sete dias. Depois, concluiu que o suposto plano nunca existiu.
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Comentários (10)
Pedro Ubiratan- Bira
2020-01-15 21:08:56O rufião Farhad Marvisi por mais embusteiro que seja tem o perfil de um "capo" que pode saber mais do que o próprio Adélio, este sim um mísero soldadinho da máfia.
Uira
2019-11-08 20:59:50Por exemplo, Gilmar Mendes, Renan Calheiros, Gleisi Hoffmann, poderiam ser todos SUSPEITOS ÓBVIOS (pegar os piores como exemplo) a partir dos quais se poderia tentar mapear os raios e a teia que levariam à toda a rede por trás de Adélio. Se qq um deles demonstrar ser um SUSPEITO IMPROVÁVEL ou um falso positivo refutado pelas evidências e análises, então seria colocado em quarentena para se esperar informações adicionais ou descartado.
Uira
2019-11-08 20:54:28A melhor forma de se detectar uma rede é cruzando relações pessoais e os fluxos de comunicação. O que seja que havia em torno de Adélio teve que se comunicar ou encontrar com ele. A estes elementos podem ser agregadas outras informações, como dados financeiros, interações e atividades em redes sociais, dados do sistema penitenciário, dependendo dos envolvidos. Sem contar que por simples inferência é possível se testar possíveis CORRUPTOS de interesse que pudessem estar envolvidos.
Uira
2019-11-08 20:50:18Indivíduos, números de celular, contas de email, IPs, registros de comunicação, geolocalização, e outras coisas mais, todos podem ser cruzados para se determinar os pontos de interseção entre os membros da rede criminosa por trás das sabotagens ao país. Não bastassem ter ido além de qq limite, os CORRUPTOS tb estão obsoletos. Não seria possível que qq indivíduo tivesse ajudado Adélio sem se comunicar com ele ou estar no mesmo lugar, possivelmente os dois.
Uira
2019-11-08 20:45:00Se Adélio sabia de antemão onde Bolsonaro estaria, então não pode ser que o número dele tenha ficado registrado em qq uma das torres ao redor? A tecnologia hj permite que as redes sejam vislumbradas por meio dos fluxos e padrões de comunicação, talvez seja algo complexo e trabalhoso de se fazer, mas certamente não impossível. O mais importante é se enumerar e analisar quais todos os dados possíveis e disponíveis para se montar o quebra-cabeças.
Uira
2019-11-08 20:30:12Na fase de planejamento de cada uma das ações, os mesmos elementos provavelmente trocaram msgs e se comunicaram com uma certa frequência. Teoricamente, o padrão de comunicação entre eles deveria começar concentrado em uma pequena teia que conforme fosse chegando mais perto dos eventos teriam disperso seus tentáculos para alcançar os peões que levariam a cabo as ações planejadas. Dependendo do teor de alguns dados, talvez nem quebra de sigilo seja necessária.
Uira
2019-11-08 20:13:00Se políticos fizeram contato com Adélio, então não haveria um fluxo de comunicação entre eles e o(s) número(s) de celular(es) ou IP(s) dos computador(es) usado(s) por Adélio não teria trocado dados com o(s) número(s) e IP(s) utilizados por Adélio? Fora isto, se os elementos por trás de Adélio forem os mesmos por trás dos roubos das msgs, então a rede de comunicação é a mesma e os fluxos devem seguir padrões similares no núcleo da rede em cada um dos eventos.
Uira
2019-11-08 20:07:46Se há políticos envolvidos e eles tiveram contato com Adélio, então eles não exerceriam algum tipo de fascínio e poder sobre ele suficientes para convencê-lo a realizar um ato completamente estúpido e risco total para ele, uma vez que ele seria pego ou morto? Mas para que isto fosse possível, seria necessário um processo de lavagem cerebral e convencimento de Adélio, o que pressupõe contato direto ou remoto entre o manipulador e o manipulado.
Uira
2019-11-08 20:01:11Adélio está mais para ponta solta do que nodo, ele era o peão que deveria executar a tática desenhada pelas torres, bispos, cavalos, rei e rainha. Supondo que o delegado da PF não seja parte da rede, ainda assim, quais os pontos de contato entre os advogados de Adélio e o juiz do caso. Como estes se ligam a personagens conhecidos da vida política brasileira (incluindo os ministros do STF) e que teriam grande interesse na morte de Bolsonaro?
Uira
2019-11-08 19:57:43Como o delegado do caso e o juiz se conectam aos advogados de Adélio. Se houver alguma conexão entre estes três vértices de um triângulo da corrupção, então ela pode ser apreendida pelas teias e redes em volta de cada um dos vértices. Quaisquer pontos de contatos ou nodos contidos nas redes e teias em volta de qq um que estivesse envolvido para abafar e sabotar as investigações são na verdade elementos de uma rede única que tinha por objetivo eliminar Bolsonaro.