Cristiane Mattos/Futura Press/FolhapressA cena do crime: o número de mortos pode chegar a 300

Vale da morte

Como o modelo tucano de privatização, aliado ao aparelhamento petista dos fundos de pensão, resultou no crime ambiental que chocou o país
01.02.19

“De lama lâmina” é uma instalação de Matthew Barney, mais conhecido fora do circuito da arte contemporânea por seu relacionamento com a cantora islandesa Björk. Dentro de um domo feito de vidro e aço, um trator parece arrancar do solo uma árvore feita de resina. Arte contemporânea se tornou em larga medida um jogo de ler plaquinhas para se entender o que é visto, mas não é necessário recorrer a uma para saber o que Barney representou: a luta entre a preservação da natureza e a necessidade de violá-la em nome das matérias-primas sem as quais nenhuma civilização seria possível. Desde a sexta-feira, 25, a obra de Barney não pode ser mais vista por causa desse embate: “De lama lâmina” fica em Inhotim, o centro cultural de arte contemporânea ao ar livre que até a semana passada era o motivo da fama de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Há uma semana, a cidade ficou tristemente célebre pelo rompimento de uma barragem da Vale que matou um número ainda não determinado de pessoas, destruiu casas, deixou um rastro visível de dejetos e destroços sob uma crosta de lama e levou ao fechamento por tempo indeterminado do centro cultural.

“De novo?”, foi a pergunta feita por todos antes mesmo de ficar clara a extensão do desastre. Afinal, mal haviam se passado três anos do rompimento da barragem da Samarco em Mariana, que destruiu todo o distrito de Bento Rodrigues e matou 19 pessoas. A Samarco tem como um dos acionistas majoritários a mesma Vale, e o acidente também poluiu o Rio Doce de onde a mineradora tirou seu nome original. A incredulidade com o acidente em Brumadinho não era só pelo rompimento em si. Era por ele repetir um outro que já havia suscitado indignação e — esperava-se — levado à adoção de medidas que garantissem que isso nunca aconteceria. Uma presunção que foi levada pela lama vazada do reservatório I do complexo da Mina Córrego do Feijão da Vale.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéNa entrada da cidade, a pichação acusa: “Vale assassina”
As investigações sobre as causas do acidente ainda estão em curso. Mas a proximidade temporal de Mariana e Brumadinho expôs a face macabra de uma característica da atuação da Vale na economia brasileira: o seu entranhamento nas instâncias políticas, econômicas e regulatórias que deveriam vigiá-la. A empresa está tão entrelaçada com legisladores, administradores e reguladores quanto a árvore de resina está unida ao trator na cúpula geodésica de Barney em Inhotim. Mas nesse caso, em vez de luta, há apoio mútuo — de quem deveria guardar uma prudente distância um do outro. A Vale foi privatizada ainda com o nome de Companhia do Vale do Rio Doce no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, num processo festejado por aqueles que sabiam que não havia outro jeito de a empresa manter a eficiência e de o estado se manter solvente, em meio aos protestos dos contrários de sempre — sindicalistas, partidos e militantes de esquerda.

A aparente polaridade apagou os tons de cinza da venda da companhia: no grupo que arrematou o seu controle acionário, havia uma forte presença dos fundos de pensão das empresas estatais. Poderosos captadores de poupança em um país onde guarda-se pouco dinheiro, os fundos sempre foram e ainda são, apesar de juridicamente independentes, controlados pelo governo federal, que indica seus dirigentes e, portanto, orienta os seus investimentos. A partir de uma operação de descruzamento de participações entre a Vale e a CSN, companhia que liderou o consórcio vencedor do leilão, depois de ela mesma ser privatizada com o apoio também dos fundos, esses fundos — ou seja, o governo federal — aumentaram sua presença no controle acionário. E, ao lado deles, o BNDES, que emprestou 22,5 bilhões de reais à Vale desde 2004, e o braço de participações do banco, o BNDESpar.

Atualmente, os fundos de pensão detêm 20,99% das ações da companhia, e o BNDESpar, 6,68%. No grupo controlador, com direito a voto, a participação é de 10,12% dos fundos, via Litel, e 2,3% do BNDESpar. Por um acordo celebrado em 2017, até o ano que vem o grupo controlador terá de acabar. Mas é preciso muito otimismo para acreditar que isso significará que o estado vai abdicar de seu poder de influência. “A Vale é estatal? É privada? Sei lá”, questiona o ex-diretor do Banco Central e economista Alexandre Schwartsman, conhecido pela clareza e contundência das análises que faz dos problemas brasileiros. Ele reconhece que o fenômeno não existe só no Brasil. Mas é mais forte aqui do que em outros países onde também vigora uma confusão do que é público e do que é privado.

Eduardo Knapp/Folhapress.Eduardo Knapp/Folhapress.Leilão da Vale, em 1997: a companhia continua forte dentro do estado e o estado continua forte na companhia
Da forma como foi feito, o processo de privatização criou um novelo com duas pontas: uma são os fundos de pensão para alavancar a compra de gigantescas companhias e sistemas estatais, apoiando grupos empresariais que fossem considerados os mais interessantes por boas ou más razões. A outra ponta são as agências reguladoras que iriam encarnar o novo papel do estado na economia: não mais como acionista, e sim como ente vigilante independente. Mas como fazer uma fiscalização segura de si mesmo? “Se você é professor, não pode dar a prova e responder às perguntas ao mesmo tempo”, compara Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura e autor do Instituto Millenium. Na visão de Pires, é cedo para afirmar que existe uma conexão automática entre Brumadinho e a participação estatal na Vale. Ele reconhece, porém, que há um problema nesse tipo de relação em que o estado aparece dos dois lados — como proprietário e fiscalizador. “O estado tem de aprimorar o seu papel de fiscalizar”, defende.

O consultor chama a atenção para um outro aspecto do “capitalismo de laços” brasileiro: o modelo sui generis que vigora no Brasil das corporações empresariais. Chamar a Petrobras de estatal é uma inexatidão, argumenta. A empresa é controlada pelo governo, mas tem acionistas privados, que negociam ou não suas participações diariamente no mercado de capitais. Assim como já ficou demonstrado que chamar a empresa a Vale de empresa privada não é totalmente correto. E o que dizer da Embraer, outra empresa que já foi estatal, mas dependeu da chancela governamental em uma novela que se arrasta do governo Temer para o Bolsonaro, para fundir sua divisão de aviões comerciais com a Boeing? Em todas elas, em menor ou maior grau, o governo mantém a sua interferência. E isso pode ser extremamente danoso financeiramente, como se viu no caso da Petrobras e da política desastrada de preços que a ex-presidente petista Dilma Rousseff tentou manter na marra. Também pode levar a sobressaltos que ocorrem apenas porque o governo quer, caso da retirada de Roger Agnelli, até então visto como um executivo bem-sucedido, da presidência da Vale pela gestão PT — que não teve dificuldades em obter a concordância de outros sócios poderosos, como o Bradesco e a japonesa Mitsui. Afinal, em um país onde o governo tem tanto poder, nem o mais poderoso banco vai querer se indispor com um sócio com tantos meios de se tornar um incômodo.

Gustavo Alves/CrusoéGustavo Alves/Crusoé“De lama lâmina”, a instalação de Barney no Inhotim: mensagem profética
Um dos meios de criar dificuldades ou facilidades é pelas agências reguladoras, e a do setor de mineração é vítima fácil do que Schwartsman chama de “captura do órgão regulador”. A expressão é usada para definir o processo em que  as empresas que deveriam se submeter às normas e à vigilância do ente público acabam ocupando-o de acordo com os seus interesses. E a Agência Nacional de Mineração é um alvo perfeito para sofrer este processo por uma das maiores mineradoras do mundo: como ser um expert na atividade, no Brasil, sem nunca ter trabalhado, mesmo que prestando serviços, ou mesmo sem ter estudado em alguma instituição acadêmica que de alguma forma a Vale não estivesse presente? E como não evitar um relacionamento amistoso entre vigilantes e vigiados que prejudique o público afetado pela atividade a ser supervisionada, como consumidor ou simplesmente por estar no meio do caminho quando algo dá errado, caso dos moradores da Vila do Feijão, em Brumadinho? É um alto risco, mas não é um destino inevitável, lembra o economista: ele evoca o Banco Central como um exemplo de órgão que vai ao mercado financeiro em busca de quadros, mas nunca deixou de exercer seu papel de vigiar de perto o sistema financeiro. “O Banco Central não dá moleza”, afirma.

Um provável incentivo para o Banco Central se comportar bem é a agência bancária da esquina: mesmo com a concentração do setor no Brasil, bancos são entidades presentes no dia-a-dia da maioria dos brasileiros, e seu bom ou mau funcionamento é vigiado de maneira instintiva por quem entra nele para pegar dinheiro, pagar contas, contrair um empréstimo, e sai ou não satisfeito. O mesmo não se pode dizer da mineração, atividade de onde se extrai a matéria-prima que é usada tanto nas carrocerias de automóveis quanto na composição dos shampoos — mas que ninguém que está de fora acompanha. O distanciamento da atividade a ser fiscalizada abre espaço para um outro risco em relação às agências regulatórias: seu aparelhamento pelo grupo que está no poder, como o PT fez em larga medida nos mandatos de Lula e Dilma.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéHelicóptero carrega mais um corpo: o horror virou parte da paisagem
O aparelhamento abre outra avenida de risco: a corrupção para favorecer irregularidades. Na mesma segunda-feira em que militares israelenses chegaram para auxiliar as buscas dos bombeiros em Brumadinho, a Polícia Federal realizou na Bahia a operação “Terra de Ninguém”, em que três ex-gerentes e mais três servidores da Agência Nacional de Mineração eram acusados de cobrar propina para a liberação de atividades minerárias irregulares no estado. O valor máximo que seria pedido, de 10 mil reais por liberação, choca menos do que o mínimo: as investigações apontaram que por 500 reais também era possível a obtenção de uma autorização. Por 500 reais, servidores da agência autorizavam uma agressão ao meio ambiente que poderia colocar em risco vidas humanas.

No caso da Vale, não se fala em corrupção. Mas a decisão anunciada pela companhia de acabar de vez com as reservas que, como a de Brumadinho, já estavam desativadas mas permanecem guardando rejeitos, e por isso representam risco de novas tragédias), leva à pergunta de por que isso não foi feito antes, talvez na esteira da catástrofe de Mariana. Isso não significa afastar definitivamente a ameaça de repetição: das cerca de 50 barragens do país que apresentam risco de rompimento, três são consideradas especialmente perigosas por especialistas bem informados em Brasília. Elas estão nos municípios de Paracatu, Sabará e Congonhas, todos em Minas Gerais. Na tragédia de Brumadinho, a Vale protagonizou a maior monstruosidade  da história trabalhista do Brasil, e teve a maior perda de valor em um dia só da história do mercado brasileiro: 71 bilhões de reais na segunda-feira, 28.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéEm Brumadinho, o enterro de uma das vítimas da lama
O lento trabalho de resgate entrará pelos próximos dias, sob as lentes das câmeras que transmitem ao vivo as imagens de helicópteros içando sacos com corpos e de grandes caminhões frigoríficos estacionados ao lado da tenda transformada em IML. Há mais cenas dramáticas: bombeiros se movendo de joelhos sobre uma fina crosta de lama para não serem também engolfados pelo material movediço que pode ter matado centenas de pessoas, os enterros de moradores de Brumadinho, velhos e jovens, a luta para se localizar os ônibus que levavam empregados da empresa e o refeitório da companhia ainda cheio no início da tarde, quando a barreira se rompeu. A consternação deve permanecer e, para alguns, até aumentar, porque a partir de agora os bombeiros vão se dedicar a escavar os lugares mais profundos com a expectativa de nem retirar corpos inteiros, mas pedaços deles, arrancados pela violência da enxurrada de dejetos. Haverá quem nunca conseguirá enterrar seus parentes, conforme já avisam as equipes de busca.

O fato de uma tragédia se repetir mostra que, com o tempo, o peso econômico da mineração, com os empregos diretos e indiretos que cria, as relações que constrói com a comunidade e políticos locais, tende a atenuar a revolta e a busca por compensações. Em Mariana, já houve mais de uma manifestação para que a Samarco voltasse a operar na cidade, mesmo sem licença, tamanha é a dependência do município em relação à atividade mineradora. Deliberadamente ou não, uma série de pequenos e grandes interesses se uniram para que se permitisse à Vale trabalhar sem ser muito molestada pelos efeitos da escavação da terra, mesmo depois de Mariana. Mas talvez ao governo de Jair Bolsonaro não seja possível tal leniência, e ele deu mostras simbólicas de que entende isso ao ir a Brumadinho no dia seguinte ao acidente (Dilma sobrevoou Mariana sete dias após o rompimento da barragem). Nestes tempos em que se promete acabar com a impunidade, a irresponsabilidade dos que deixaram uma tragédia como essa acontecer não pode jamais ser desconsiderada. E que não se esqueça que o processo de privatização tucana, aliado ao aparelhamento petista, contribuiu muito para os mares de lama, reais e figurados, que tomaram conta do país nos últimos vinte anos. Privatizar  é imprescindível, mas com o estado totalmente do outro lado do balcão.

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  1. Quando uma companhia é responsável e idônea nada disto acontece. A VALE é uma empresa criminosa , assassina, irresponsável e deveria pagar por essatragédia. Seus presidentes e diretores não passam de bandidos como tudo isso aí prova.

  2. Mineração tem muitos perigos, mas manter uma barragem em pé não é algo cientificamente complicado a centenas de anos. Imaginem o risco que existe em atividades como indústria petroquímica e nuclear. Fiasco internacional da engenharia e da estão de riscos do país.

  3. Sem agências reguladoras isentas e não políticas, é quase um crime se falar em privatização. Lembremo nos que a privatizações das mineradoras foi feito "no limiar da irresponsabilidade" e as agências, cozinha de políticos, virou chancelaria de interesses. Tirar o governo do negócio é muito importante, para deixar o capitalismo menos viciado, mas MORALIZAR as agências e órgãos reguladores é fundamental.

    1. Não só na área de Mineração; isso ocorre também com as outras "Agências" : a ANS, ANATEL, ANEL - onde geralmente o interesse do consumidor ou usuário vem depois dos grandes grupos ou empresas que na verdade controlam os serviços prestados ...

  4. O que choca é a voracidade pelo lucro sem controle algum, e prejuízo dos habitantes e empregados da Vale, tanto em Mariana quanto em Brumadinho. Mais chocante ainda é a falta do cumprimento dos acordos celebrados em Mariana por parte da Vale. Vai tentar embrulhar a todos. Mas, o ultra-chocante é que a responsabilidade civil da União nesta lambança não tenha sido exigida em Mariana e agora em Brumadinho. Tanto Vale como União são corresponsáveis pelos danos causados por omissão ou comissão.

  5. Acidente com o avião de Roger Agnelli e familia não foi investigado pela ausência da caixa preta. Ninguém estranhou o fato na época? Tempos obscuros do PT.

    1. O avião dele era um modelo experimental vendido como kit. Não tinha obrigação de ter uma caixa preta. Infelizmente foi um risco que ele correu ao comprar tal aeronave.

  6. O BC não é exemplo nenhum. Permite a concentração do mercado, a manipulação do cambio e dos juros em favor dos grandes empresários. A CVM entrou no hall da Lava Jato semana passada. Por fim o BC não só permite como respalda um dos maiores assintes as reservas fracionadas. Vigorosamente criticadas por David Hume mas que hoje só tem respaldo dos corajosos autro-liberais, a exemplo do Prof Jesus Huerta de Soto. Emprestam 100 quando tem 5 (pelo novo Basiléia). Absurdo!

  7. Fim das agências reguladoras! Estas são usadas para representar o interesse dessas megaempresas. A legislação, as portarias e tudo mais é feito em conlúio com elas. São um antro para o capitalismo de compadrio que destróio a concorrência e deixa o consumidor refém desses grandes grupos. Esse é só mais um exemplo. Dessa vez não usava corrupção mas assim como a JBS usava da Anvisa para boicotar frigoríficos menores agora também o interesse defendido por estas foi o da empresa e não o do brasileiro

    1. Isso mesmo! Acabem com essas Agências paridas por FHC e nutridas por Lula e Dilma. Essa Ancine serve pra quê? Essa ANM já nasce aparelhada! Anatel serve às empresas de celular!

    2. Quem voce entende que deve controlar as concessões e operações que possam causar risco a população?

  8. Uma contribuição para as equipes de peritos, é achar o responsável pelo projeto executivo original (inicial), analisar a memória de cálculo e verificar a cota máxima para alteamento. Esse tipo de barragem não aceita alteamento acima do nível máximo de projeto.

  9. Esse DNPM mascarado de agência sempre foi uma marionete nas mãos de mineradoras. Já vi escândalos em portas de protocolos em BH. Palavras de baixo calão. São aparelhados por empresas e políticos de Minas e Brasília. Vem de longe!

  10. Privatização de araque, esta realizada sem que existissem garantias legais para a segurança, com estas barragens obsoletas fora dos padrões, praticados por outras mineradoras pelo mundo a fora.

  11. Não chocou só o Brasil, mas também o mundo. Incrível e saber que ainda tem uns esquerdopatas fanaticos que defendem esses crápulas e morrem de desejo que eles voltem ao poder.

  12. Será que se colocar na cadeia todos os resposáveis, incluindo presidente e diretoria da Vale, pela ridícula pena de 30 anos, a máxima aqui, não resolveria pare do problema. Cambada de assassinos.

  13. Uma engenheira Simone do DNPM- ANM do Pernambuco passou anos recebendo sem trabalhar. Alguém denunciou ao MPF mas encontraram o ponto dela todo certinho. Enquanto jovens terceirizadas foram demitidas e não puderam mais pagar a faculdade!

  14. O que aconteceu nada tem a ver com a privatização tucana. Tem sim, com a má gestão que se instalou a partir do momento que se decidiu aparelhar tudo e usufruir ao máximo do poder disso. Todo o resto é só má fé!

    1. Eu concordo com a reportagem! O modelo de privatização deve ser muito bem estudado. No caso da Vale, é preciso admitir: ela nunca deixou de ser estatal! Somado à quadrilha petista que com seus tentáculos obteve alcance em tudo, foi a receita para o desastre!

  15. Gonzaga, a proposta da Crusoé é não ter lado, esquerdo ou direito. A proposta é a notícia e análise do fato. Acho melhor você procurar uma outra condizente com suas ideias.

  16. Mais do que fiscalizar, tem é que punir os responsáveis de forma exemplar. Punir a empresa, por deixar isso acontecer, punir os órgãos reguladores por não regular e punir os fiscais que não fiscalizam. A cadeia é o lugar desses irresponsaveis e corruptos.

  17. ótima reportagem. percebemos nela que o mecanismo é mais complexo e que as interações entre o público e o privado podem se submeter a negociatas que negligenciam aspectos importantes como a vida humana. que a tragédia sirva de evento de ruptura da leniência dos órgãos fiscalizadores e reguladores com as empresas ou o oligopólio minerador. Deus abençoe as famílias e as vítimas..

  18. o site continua com problemas de acessar as matérias no celular. No computador sem problema de ler as matérias. qdo vão resolver ? adoro as reportagens de vcs

  19. Sugiro o nome do PEDRO AIHARA, Bombeiro de Brumadinho para ser um assessor de comunicação do Presidente da República, quanta competência, seriedade e facilidade de comunicação. Chama ele Bolsonaro!

    1. Estou no computador e sem nenhum problema... não sei no celular.

  20. quando vão consertar esse problema? não consigo ler a reportagem. Cláudio, sabino, Diogo Mainardi nos deem uma resposta. vcs até que são inteligentes e imparciais, mas assim tá difícil. abraço

    1. Consigo ler a matéria e os comentários, sem qualquer problema. Será que o problema não é configuração dos celulares.

  21. Excelente artigo! Certamente que a privatização da Vale foi algo positivo em si, mas poderia ter sido feita de maneira honesta: o que é pedir demais para tucanos ou qualquer outro partido político. Já o aparelhamento das instituições pelo PT - e outros partidos, aliados ou não - é um crime que felizmente a operação lava-jato está revelando em todos seus horrores. Vamos em frente. Certamente há muito ainda por fazer.

  22. O assinante Luiz Gonzaga não falou nem citou nada que se compare com DCM ou 247. Foi justamente o oposto. Estou tendendo a entender e possivelmente concordar com ele.

  23. É chocante "rever" uma tragédia anunciada. A matéria atinge as profundezas das formas de "privatizações" ocorridas e no aparelhamento do estado para contribuir de forma incorreta no que deveria dar certo.

    1. Desculpa Gustavo, me enganei ao comentar teu nome.

    2. Também achei. Longo, bem explicado e com aqueles detalhes tristes da tragédia. Parabéns. Escreva mais seguido, Daniel, agradeceremos.

  24. O Brasil não tem Furacões,Terremotos e Tsunamis . Temos as Minerados, que matam e destroem nosso bravo povo brasileiro,nossa flora e fauna nossos rios e nascentes .E tiram a esperança de um povo trabalhador.

    1. Até hoje nunca vi político fazer alguma coisa pensando no povo e no Brasil .Fazem coisas em troca de cargos, propinas e interesses próprios.

  25. É impossível para o Estado fiscalizar a tudo e a todos durante todo o tempo, MESMO QUE FOSSE HONESTO! Cada um deve saber o que é certo, na sua atividade, e agir em conformidade, sob pena, ISTO SIM, de ser JUSTAMENTE RESPONSABILIZADO. É isso que faz com que empresas e pessoas andem na linha, quando lhes falta o mínimo de caráter: saber que seu mal agir não restará IMPUNE!

    1. simples ....mais Brasil.....e menos Brasília. ...e uma verdadeira federação que funcione.....muito simples vigiar a gang

  26. É impossível para o Estado fiscalizar a tudo e a todos durante todo o tempo, MESMO QUE FOSSE HONESTO! Cada um deve saber o que é certo, na sua atividade, e agir em conformidade, sob pena, ISTO SIM, de ser JUSTAMENTE RESPONSABILIZADO. É isso que faz com que empresas e pessoas andem na linha, quando lhes falta o mínimo de caráter: saber que seu mal agir não restará IMPUNE!

    1. São inacreditáveis as declarações do Presidente da Vale. É uma sucessão de boçalidades, como por exemplo” a sirene não tocou porque foi engalfinhada pela lama”. Com isso ele quer nos dizer que só havia uma sirene e ela foi a culpada da desgraça de mais de 350 mortes? Outra idiotice: “a barragem se rompeu muito rapidamente”. Como assim? Se tivesse se rompido lentamente aí tudo acabaria bem? Não foram detectados sinais de deterioração, nenhuma rachadura, nenhum tipo de comprometimento? Vergonhoso

  27. Já vai tarde Luiz Gonzaga...O jornal é democrata, não precisa ficar anunciando, parece criança, ou melhor adulto que não cresceu.. "acabou o jogo a bola é minha"

    1. Luiz Gonzaga sai logo !!!! vá ler seus periódicos favoritos !!! Voce merece!!!

  28. Espero que seja possível a privatização total das empresas estatais e que as mesmas se curvem a justiça como nós, sem a proteção do Governo e dos políticos.

    1. Disse tudo. Parabéns a Gustavo Alves e à Crusoé. E que os novos governos federal e mineiro aprendam e reajam com rigor e celeridade.

  29. Excelente artigo! É bom esclarecer para os brasileiros que a Vale foi aparentemente privatizada, mas não foi, já que os fundos de pensão das estatais (os governos petistas mandavam e desmandavam) junto com o BNDES detém grande parte da Vale. O governo brasileiro tem que privatizar de verdade as estatais, principalmente as empresas de produção, que no comando de políticos têm péssima gestão e são fontes de corrupção. O Brasil ganha mais com elas na iniciativa privada.

  30. Uma análise perfeita da situação de nosso País envolvido pela ganância de executivos e políticos ávidos por Poder, cujo resultado é o mar de lama que engolfou as biografias de tantos senhores grisalhos nesse verdadeiro mar de lama.

  31. Maldito PT ! O que mais falta para cassar esse Partido Terrorista ? Têm alguém aí que possa me responder ? Só falam em indenização as Famílias As Vidas não valem nada pra esses Bandidos Corrupção é o nome do que infelizmente ocorreu E outras virão .... Brumadinho dentre todas as outras , estão abandonadas Assim como a população Aparelhamento desse Partido desgraçado ! Até quando ???

  32. Bom Dia Breno Descaso Total com todas as barragens Em 2014 , pesquise quando puder, a verba destinada a Políticos. Isso nao tem justificativa 35 fiscais para mais de 700 barragens de rejeitos. Exigimos que sejam rigorosamente punidos os responsáveis Peço a Crusoé , que divulgue pfv os Políticos beneficiados em 2014. ASSASSINOS ! EXIGIMOS PUNIÇÕES RIGIDAS

  33. Por mais matérias como essa: é preciso revelar o que se esconde sob o imenso mar de lama que engole não só a atividade minerária, mas todos os setores da economia, política, e por aí vai...

  34. Muito válida toda a explicação. Elucida muitas coisas que eu desconhecia. Entender os únicos responsáveis por essas tragédias são os fiscais governamentais. Tendo a última palavra , o imenso poder de permitir ou proibir, diversas e inúmeras atividades econômicas pelo Brasil afora, nunca agem dentro da lei, mas sempre com o intuito de obter uma vantagem financeira indevida do empresário brasileiro , seja este empresário humilde ou poderoso. A punição, em primeiro lugar é para estes fiscais.

    1. Por mais matérias como essa: mostrando as profundezas de nosso mar de lama em todos os setores!

  35. Boa argumentação, mas a privatização não é o centro do problema. Descaso, incompetência, subserviência, impunidade, são frutos da ignorância! O Brasil é o país que não aprende e que não sabe raciocinar (Olavo tem razão quanto à nossa educação). A julgar pelo que anda pela mídia, a "solução" é novamente fazer mais leis! PQP!

    1. O modelo de excesso de burocracia no licenciamento, fiscalização precária e nenhuma punição mata! O Brasil pune a sociedade ao travar a vida em meio à burocracia inoperante e ao judiciário lerdo e leniente.

  36. Quer mais sintomático do que o Renan para essa fusão psdbista-petista do desmando!? E o Bolsonaro o avaliza por meio dessa candidatura boi de piranha do Alcumbre!? Esse governo deve ter suas estruturas tão firmes como as das barragens de Mariana e Brumadinho para o combate à corrupção, só pode! O furo Flávio nesse dique foi o prenúncio da tragédia.

    1. Pelo visto, o que quer é um resumo mesmo, em vez de um corretor lógico. - Bolsonaro tem feito acenos ao Renan. Deve estar com medo do furo do filho.

    2. Rafael, está com a cabeça confusa. Desmisture que fica mais claro.

  37. Grato, Gustavo, por esta brilhante e lúcida análise. São avaliações deste quilate que fazem as pessoas refletirem melhor sobre o que é e o que não é importante para a vida dos brasileiros. Abraço.

    1. PROBLEMA NO APLICATIVO ANDROID Devido a uma atualização no navegador Chrome, do Google, o app da Crusoé não apresenta corretamente o conteúdo de nossas reportagens. Estamos totalmente dedicados à solução do problema, o que deve ocorrer em breve. Lembramos a todos que o conteúdo da Crusoé pode ser acessado integralmente no site www.crusoe.com.br. Pedimos desculpas pelo transtorno causado aos assinates. Equipe Crusoé

  38. Na época da tragédia de Mariana, o ex presidente da Vale, lá posto por Dilma, pouco se preocupou com tudo; diferente dessa nova diretoria, que assumiu a tragédia passada e mostra muita disposição de atenuar os danos presente.

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