A suspeição do desembargador

15.01.21

Foi motivo de muita especulação no meio jurídico a decisão do desembargador Paulo Espírito Santo, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, de se declarar suspeito para continuar julgando processos da Lava Jato do Rio. Ele era, até então, relator e revisor de ações relacionadas a algumas importantes frentes da operação, como a Furna da Onça e a Cadeia Velha, de onde surgiram as primeiras suspeitas sobre o esquema de rachid pelo qual Flávio Bolsonaro acabaria sendo formalmente acusado tempos depois. Na semana passada, em nota oficial, o tribunal afirmou que, durante o período em que esteve de licença por ter contraído Covid-19, o desembargador tomou conhecimento de fatos sobre a Lava Jato que o impedem de continuar julgando os processos com isenção. “O contexto que outrora norteava minha atuação na referida operação foi alterado, de maneira que a isenção que regeu minha atuação até aqui não é mais a mesma, obstando, assim, minha atividade judicante nos feitos relativos àquela operação“, escreveu Espírito Santo em despacho, segundo a nota. O desembargador não revelou quais seriam os tais fatos, mas Crusoé apurou que, tempos atrás, uma pessoa muito próxima a ele foi citada em uma delação premiada. Já havia algum tempo o magistrado não queria seguir com a incumbência. Antes do despacho em que se dá por suspeito, ele havia apresentado um pedido para largar os processos. Alegava cansaço.

TRF-2TRF-2Paulo Espírito Santo: uma pessoa próxima a ele foi citada em delação

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  1. Se esse desembargador, realmente, teve uma pessoa muito próxima delatada nos processos, tem mais que se declarar impedido, para não atuar da mesma forma que o Gilmar Mendes com a família Barata, Neves e tantos outros.

  2. Em 2022 SÉRGIO MORO “PRESIDENTE LAVA JATO PURO SANGUE!” O Brasil finalmente terá Um Governo Fundado no “IMPÉRIO DA LEI!” Triunfaremos!

    1. Um presidente não vai conseguir vencer centenas de bandidos no congresso que não querem o império da lei. Esqueça

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