Divulgação/STJ

A corte dos parentes

A operação que mirou o filho do presidente do STJ chama atenção para a atuação de familiares de ministros em processos em curso no tribunal
18.09.20

‍Não é de hoje que a relação de compadrio influencia decisões judiciais nos tribunais brasileiros. Há na história inúmeros desfechos processuais que estimulam poderosos e endinheirados a trocarem bancas renomadas que fazem defesas consideradas técnicas por advogados menos experimentados mas bem relacionados com a magistratura. “Você não contrata uma defesa, você compra um relacionamento”, confidenciou recentemente a Crusoé um empresário que recorreu a um defensor sem estofo jurídico mas com bom trânsito político para resolver uma disputa bilionária. No Superior Tribunal de Justiça, essa mistura indesejada para os valores republicanos já virou caso de polícia, mas persiste. Desde 2010, a ex-ministra da corte Eliana Calmon denuncia o fenômeno do “filhotismo”, em que advogados que são filhos ou parentes de ministros “vendem a imagem” dos magistrados para explorar prestígio no tribunal e faturar milhões de reais.

Um levantamento feito por Crusoé encontrou pelo menos 7,4 mil processos no STJ no qual figuram como advogados parentes de ministros e ex-ministros da corte. São 17 filhos, mulheres e sobrinhos atuando na segunda mais alta corte do país. Na letra fria da lei, a prática só é um problema passível de punição caso ministros decidam em processos em que seus familiares atuam. “No meu gabinete, vinham: ‘Tia Eliana?’. Eu perguntava se tinham procuração nos autos, e não tinham. Então, não recebia”, disse tempos atrás a ex-ministra Calmon, tentando explicar a dinâmica do fenômeno. “São uns meninos, e estão todos milionários”, afirma a ex-ministra. Na semana passada, o histórico tabu brasiliense em relação a esse tipo de prática sofreu um abalo quando a Polícia Federal bateu à porta do advogado Eduardo Martins, filho do atual presidente do STJ, Humberto Martins. A diligência era parte da Operação E$quema S, que detectou desvios de mais de 150 milhões de reais do Sistema S por meio de contratos superfaturados da Fecomércio do Rio com escritórios de advocacia. Eduardo foi alvo de busca e apreensão e é um dos 26 denunciados pela Lava Jato por operar um suposto esquema de tráfico de influência e exploração de prestígio para favorecer o ex-presidente da federação Orlando Diniz em decisões do STJ. Contratado em 2014, quando ainda não tinha completado sequer 30 anos de idade, o filho do ministro amealhou dezenas de milhões de reais em honorários em uma causa em que pouco atuou. A seguir, alguns dos casos principais de familiares de ministros e ex-ministros que atuam no STJ.

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Eduardo, filho de Humberto

O jovem Eduardo Martins é dono de um portentoso escritório de advocacia no Lago Sul, a região mais luxuosa de Brasília, que abriga mansões de políticos e empresários. Na ação de quarta-feira, os investigadores encontraram no endereço da banca 100 mil reais em espécie. O filho do presidente do STJ é acusado de estelionato, corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia da Lava Jato no Rio, aceita pela Justiça, ele integra um esquema arquitetado dentro da Fecomércio do Rio pelo advogado Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente Lula, que foi contratado por Orlando Diniz, ex-presidente da federação e hoje delator-chave das investigações. O objetivo de Diniz era se manter a todo custo no comando da entidade, do qual poderia ser alijado em meio a contendas judiciais. Para tanto, Zanin teria sugerido a subcontratação de uma série de escritórios de advocacia, entre eles o de Eduardo. O delator afirma que, para garantir mais chances nos processos, os valores pagos eram 80% acima do mercado.

À época em que foi contratado pela Fecomércio, em 2014, Martins tinha como sócio Daniel Beltrão Rossiter Corrêa, procurador do Distrito Federal e atual chefe da companhia de saneamento local. Ele foi consultor jurídico do governo Ibaneis Rocha, do MDB, e chegou a disputar pelo quinto constitucional uma vaga no Tribunal de Justiça do DF. Rossiter também é alvo da denúncia. Ele desfez a sociedade com Eduardo há quatro anos. No processo da Fecomércio, Eduardo assina pouquíssimos requerimentos ao STJ. Mesmo assim, recebeu rios de dinheiro. Documentos da quebra de sigilo bancário obtidos por Crusoé revelam que seu escritório faturou 53,7 milhões de reais somente entre 2014 e 2016. A Receita Federal desconfia de que não haja prova de prestação de serviços advocatícios.

O boom patrimonial do jovem advogado salta aos olhos. Em 2014, ele declarou 4,4 milhões de reais ao fisco. Em 2016, chegou a informar 22,4 milhões de reais em bens. Parte da cifra foi usada na compra de imóveis. Um deles, no valor de 2,7 milhões, com entrada de 1,4 milhão de reais. Não bastassem as vultosas aquisições, a Receita não encontrou movimentações nas contas de Eduardo que sinalizassem a quitação desses imóveis. Na aquisição de um apartamento de 560 metros quadrados em Maceió por 3,2 milhões de reais, também não foram encontrados os pagamentos à empresa que vendeu o imóvel.

Embora apareça oficialmente como a maior pagadora da banca de Eduardo, a Fecomércio não é a única pessoa jurídica enrolada na Lava Jato com relações financeiras com o escritório dele. Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, chegou a delatar o repasse de 1 milhão de reais para que o advogado o ajudasse a ganhar um processo. Esse capítulo da delação, no entanto, foi engavetado pela então procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

César, o pai, e Caio, o filho

Pai e filho, o ex-presidente do STJ Cesar Asfor Rocha e o advogado Caio Rocha também foram denunciados na mesma operação deflagrada na semana passada por receberem 2,67 milhões de reais no esquema de subcontratações de escritórios. Eles teriam sido indicados pelo ex-governador do Rio Sergio Cabral e pela ex-primeira-dama Adriana Ancelmo para ajudar Orlando Diniz a influenciar ministros da corte. Caio é o filho de ministro mais presente em recursos ao STJ, com mais de 3 mil processos. Cesar e Caio mantêm escritórios em uma mansão no Lago Sul, em Brasília, e em um prédio comercial no Itaim Bibi, em São Paulo. Em relação à política, a família nunca se manteve nas sombras. Desde a época em que foi ministro do STJ, Asfor Rocha assumia sua relação com os ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor, que o nomeou em 1992. Também é amigo de empresários, como Alexandre Grendene, de quem chegou a pegar emprestado um jatinho para passeios em cassinos de Punta Del Este, no Uruguai. Aposentado desde 2012, hoje Asfor Rocha atua na defesa do grupo do empresário. Entre seus clientes mais importantes, Caio tem o Bradesco, a Oi, a Arena Castelão, e a Rodopetro, alvo da Lava Jato. Também advoga para a Marquise, construtora que bancou a hospedagem dos convidados de seu casamento em um hotel de Fortaleza. A empreiteira foi citada em uma operação da PF contra sonegação que chegou a prender em 2010 o cunhado de Asfor Rocha, o advogado Armando Campos Junior.

A mais notória decisão de Cesar Asfor Rocha — uma liminar concedida no plantão judiciário em janeiro de 2010 — abriu caminho para anular a Operação Castelo de Areia, que investigava pagamento de propinas da Camargo Corrêa a políticos em troca de contratos públicos. A tese defendida pela empreiteira era de que a Justiça Federal havia autorizado grampo telefônico com base apenas em delação premiada. Em 2011, o STJ anulou de vez toda a operação, considerada o embrião da Lava Jato. Segundo o ex-ministro Antonio Palocci, a decisão não saiu de graça. O delator petista afirmou que a empreiteira pagou 5 milhões de dólares de propina a Asfor Rocha para brecar a operação. O dinheiro teria sido depositado na Suíça em uma conta vinculada a Caio, o filho dele. No ano passado, pai e filho foram alvos de busca e apreensão e quebra de sigilo pela Lava Jato de São Paulo, a partir da delação de Palocci. Segundo os procuradores, Caio é o operador financeiro do pai e comprou cerca de 30 imóveis em seis anos. Ambos negam as acusações e travam uma disputa judicial para levar o processo para a Justiça Federal em Brasília.

Foi por meio da influência política do pai que Caio Rocha conseguiu uma indicação ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que chegou a presidir em 2014. O STJD também é dominado há décadas pela família do ex-ministro do STJ Waldemar Zveiter, cujo neto, Flávio, é denunciado na E$quema S. A quebra de sigilo feita pela operação abre uma nova frente de investigação sobre o escritório de César e Caio. Uma banca que fez repasses a Asfor Rocha após receber 10 milhões da Fecomércio foi agraciada com 2,2 milhões de reais da Rio Ônibus, sindicato que reúne Jacob Barata Filho, o “rei do ônibus”, e foi presidido por Lélis Teixeira, que também delatou a compra de decisões no Judiciário. Caio Rocha é casado com Tatiana Feitosa, filha de um sócio de Jacob Barata Filho e sobrinha de Guiomar Feitosa Mendes, mulher do ministro Gilmar Mendes. Também sócia de uma grande banca, tempos atrás Guiomar chegou a se queixar do apetite de César Asfor Rocha no mercado, em busca de clientes para seu escritório.

Paulo, sobrinho de Luís Felipe

Sobrinho do ministro Luís Felipe Salomão, o advogado Paulo Cesar Salomão Filho não foi denunciado nem alvo de buscas, mas teve seu sigilo bancário quebrado na mesma operação que mirou os Martins e os Rocha. Isso porque ele aparece na delação de Orlando Diniz, com uma subcontratação a pedido – de novo – de Adriana Ancelmo, ex-mulher de Sergio Cabral. Segundo os extratos, ele faturou 9,8 milhões de reais entre 2014 e 2017, dos quais quase metade — 4,3 milhões — saíram da Fecomércio. Uma devassa da Receita Federal não encontrou provas de que os serviços tenham sido prestados. Os investigadores ainda suspeitam que o advogado administrava uma espécie de “conta de passagem”, já que a maior parte do dinheiro que passou por ele foi, em seguida, repassada a outros beneficiários. O sobrinho do ministro Salomão figura em 219 processos no STJ, a maioria na defesa de hospitais e planos de saúde. Ele mantém um escritório no centro do Rio e outro em São Paulo. Assim como Caio Rocha, Paulo Salomão integra o STJD, e presidiu a corte esportiva entre 2018 e 2020, tendo como vice Otávio Noronha, filho de João Otávio de Noronha, ex-presidente do STJ.

Otavinho e Ninna, filhos de João Otávio

Aos 36 anos, Otávio Noronha assumiu o comando do STJD em julho deste ano. No STJ, desde que seu pai se tornou presidente da segunda mais alta corte do país, ele passou a atuar em mais casos famosos na área criminal – antes, tinha maior foco na área cível. Otavinho, como é conhecido, atua por exemplo em nome de Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, do PSB, em casos relacionados à Operação Calvário, que mira supostos desvios na saúde do governo da Paraíba. Também defende um empresário alvo da Operação Ararath, que apura um escândalo de corrupção no Mato Grosso, durante o governo de Silval Barbosa. O filho de Noronha mantém no Lago Sul de Brasília um escritório que é compartilhado com Antonio Rueda, vice-presidente do PSL.

Foi na área criminal que o pai de Otavinho protagonizou as maiores polêmicas enquanto comandou a corte. Cada vez mais próximo do presidente Jair Bolsonaro, e postulante a uma vaga no Supremo Tribunal Federal, João Otávio de Noronha foi autor da decisão que mandou soltar Fabrício Queiroz, em junho deste ano. No mesmo despacho, barrou a prisão de Márcia de Oliveira, mulher do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, que estava foragida.

A filha de Noronha, Anna Carolina, de 34 anos, também advoga na corte, muitas vezes em parceria com o irmão. No último sábado, Ninna, como é conhecida, se casou em uma cerimônia que contou com a participação do filho 04 do presidente, Jair Renan. Em abril, Bolsonaro chegou a dizer a Noronha, durante a posse do ministro da Justiça André Mendonça, que sua relação com ele foi “amor à primeira vista”. O próprio ministro Noronha já viu seu nome resvalar em investigações em razão de seus filhos. E-mails enviados tempos atrás ao Ministério Público Federal mostravam que advogados da notória JBS tinham interesse em fazer uma proposta a Ninna no valor de 1 milhão de reais, para conseguir uma sentença favorável à empresa. Mensagens também revelaram uma outra tentativa de acerto dos mesmos advogados com a filha do ministro, em uma causa envolvendo sócios e herdeiros de uma faculdade privada. Nessa ação, Anna Carolina Noronha nem sequer apareceria como defensora. A advogada que buscava a parceria com Ninna, filha de uma desembargadora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, mandou a secretária imprimir o texto da proposta e entregar à filha do ministro em um envelope branco, lacrado. Nesse caso, Noronha decidiu contra o interesse da JBS.

Anna Maria, mulher de Sebastião

De novo, a Fecomércio. A contenda judicial em que a entidade se meteu joga luz sobre mais um familiar de ministro do STJ com atuação na corte. E não é uma atuação qualquer. Com mais de dois mil casos no tribunal, Anna Maria da Trindade dos Reis, mulher do ministro Sebastião Reis, lidera o ranking dos parentes em número de processos. Ela defende os interesses da Confederação Nacional do Comércio, a CNC, que trava a disputa no STJ contra Fecomércio. Anna Maria não é alvo da investigação. Sua atuação aparece apenas lateralmente, em um episódio curioso. Em 2014, Cristiano Zanin orientou, por e-mail, um dos advogados subcontratados pela Fecomércio a responder uma pergunta incômoda de um jornalista sobre pagamentos que recebeu a título de honorários. A estratégia sugerida por Zanin foi jogar o ônus para a CNC. Ele sugeriu ao advogado que encaminhasse ao repórter uma lista dos doze escritórios contratados pela entidade, entre eles o de Anna Maria. Mais conservador, o advogado indaga a Zanin se listar os escritórios contratados por seus rivais não iria “gerar uma guerra nos envolvendo ainda mais”. “Todos os escritórios estão com telhado de vidro”, diz ele.

Assim como os filhos de ministros que estão do outro lado da disputa, Anna Maria Trindade Reis é dona de um escritório que funciona em um casarão no Lago Sul, e conta com uma equipe de seis advogados. Ela atua em outras causas gigantes na corte. Uma delas, envolvendo uma empresa do setor de petróleo, tem 383 milhões de dólares em jogo. Na área criminal, Anna Maria atua para um empresário. Quando foi nomeado ministro em 2011 pela então presidente Dilma Rousseff, Sebastião Reis viu ser revelado um caso problemático envolvendo a sua atuação como advogado ao lado da mulher. Em 1995, ele defendeu a estatal de energia Eletronorte em um processo contra o Consórcio Nacional de Engenheiros Consultores. Anos depois, em 2004, foi contratado, ao lado de Anna Maria, para defender o consórcio. O hoje ministro atribuiu a aparição de seu nome na causa a um “equívoco”. Disse que somente sua mulher atuava no caso. O casal apareceu em eventos no mundo da advocacia. No ano passado, em uma mesma cerimônia, Anna Maria se tornou integrante efetiva do Instituto dos Advogados Brasileiros, enquanto o ministro foi empossado como membro honorário da entidade, que tem como associados influentes advogados, como o criminalista Alberto Zacharias Toron e o próprio Cristiano Zanin. Em um evento sobre arbitragem promovido pelo STJ, onde atua o marido, Anna Maria foi uma das palestrantes, em agosto de 2019. Outro painel era liderado justamente por uma das advogadas que atuam ao lado da mulher do ministro na ação envolvendo a Fecomércio.

Santina, mulher de Benedito

Outra mulher de ministro bem atuante no STJ é Santina Maria Brandão Nascimento Gonçalves. Ela é casada com Benedito Gonçalves, nomeado em 2008 pelo então presidente Lula. Benedito é amigo de Eurico Teles, ex-CEO da Oi e alvo da Operação Lava Jato. Há alguns anos, o ministro contou com o apoio de Teles, então influente em Brasília, para ser nomeado para o Supremo Tribunal Federal – ele acabou perdendo a corrida para Edson Fachin. A amizade é ilustrativa de como essas relações acabam avançando para dentro da corte. Como diretor jurídico da Oi, Teles contratou Santina Gonçalves, a mulher do ministro. Atualmente, Santina atua em 48 causas na corte – sete delas pela Oi. O ex-CEO da companhia telefônica também figura entre os alvos da Operação E$quema S. Os investigadores acreditam que os desvios por meio de bancas de advocacia possam ter sido replicados na Oi, já que a operadora contratou muitos escritórios em comum com a Fecomércio. Até o momento, não há registro de que Santina seja alvo da investigação.

Vivianne, mulher de Marco

Mulher do ministro Marco Bellizze, Vivianne Fitchner atua em 78 casos no STJ, onde chegou a defender o ex-governador Luiz Fernando Pezão. Ela é irmã e foi sócia de Régis Fichner, ex-secretário da Casa Civil que integrou os esquemas de corrupção do ex-governador Sergio Cabral. Vivianne defende perante a corte a White Martins, empresa investigada por receber benefícios fiscais de mais de 500 milhões de reais enquanto Régis estava na casa Civil de Cabral. À época em que ocupava o cargo público, Régis estava afastado do escritório, mas, após deixar o governo, recebeu 16 milhões de reais da banca. A Lava Jato suspeita que os pagamentos ao escritório, do qual Vivianne fez parte, sejam uma contrapartida aos benefícios. Em sua delação, o ex-governador Sergio Cabral citou o nome do ministro em um episódio envolvendo a família da mulher dele. Cabral disse que Régis Fichner, cunhado do ministro, o pressionou (e até o ameaçou) para que ele atuasse na indicação de Marco Aurélio Belizze para o Superior Tribunal de Justiça. Na corte, Vivianne ainda aparece como defensora de causas da Vale, do empresário Alexandre Acciolly, e do Grupo Libra, investigado no inquérito dos portos por pagar supostas propinas ao ex-presidente Michel Temer e citado por Cabral como parceiro de negócios ilícitos de Regis Fitchner.

Marcos, filho de José

O ex-ministro José Castro Meira, indicado por Lula em 2003, deixou o STJ em 2013 e tem atuado, ao lado de seu filho, Marcos Meira, em um escritório de advocacia situado em uma área valorizada de Recife, com uma equipe de oito advogados especializados em direito público e tributário. Marcos aparece atuando em mais de 2 mil processos no STJ. Em 2016, a Lava Jato revelou que o advogado recebeu 11,2 milhões de reais da Odebrecht entre 2008 e 2013. No mesmo período, o pai dele, àquela altura na ativa na corte, votou pela prescrição de uma dívida de meio bilhão de reais da Braskem, controlada pela Odebrecht. À época, Marcos Meira alegou que prestava serviços havia 15 anos para a empreiteira, cujos executivos nunca mencionaram o contrato nos acordos de delação firmados com a PGR. O advogado também já foi envolvido na Lava Jato em razão de sua amizade com o deputado Dudu da Fonte, do Progressistas, um dos acusados de integrar uma organização criminosa na cúpula do partido. Ele foi delatado por um ex-assessor do senador Ciro Nogueira, presidente da legenda, por supostamente receber 1,25 milhão de reais de Dudu em um esquema de distribuição de propinas. A PGR chegou a denunciar Dudu da Fonte e Ciro Nogueira. Marcos Meira ficou de fora da acusação.

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De tempos em tempos surgem escândalos envolvendo a atuação de familiares de ministros no STJ. No passado, um deles abreviou a passagem de Paulo Medina pela corte. Alvo da Operação Furacão, deflagrada em 2005, o então ministro foi aposentado compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça, o CNJ. Com a punição, ele manteve seus vencimentos de 25 mil reais por mês. Medina foi acusado de vender, por 1 milhão de reais, uma sentença favorável à Máfia dos Caça Níqueis. O negócio envolvia um parente. O irmão dele, Virgílio Medina, foi apontado como o operador da negociação. Antes de Paulo Medina, só um ministro havia deixado a corte sob suspeita de envolvimento em malfeitos. Foi em 2003. Vicente Leal largou a toga na esteira de um escândalo em que era suspeito de vender um habeas corpus a um traficante — o inquérito sobre o caso acabou arquivado quase uma década depois. Apesar do cerco na Lava Jato do Rio aos parentes de ministros do STJ, os ocupantes das cadeiras do tribunal superior ainda parecem gozar de certa blindagem no Judiciário. No apagar das luzes de seu mandato na presidência do STF, o ministro Dias Toffoli arquivou doze inquéritos abertos a partir da delação de Sérgio Cabral. Entre os beneficiários da decisão estão Humberto Martins, atual presidente do STJ e pai de Eduardo, e seu colega Napoleão Nunes Maia. Napoleão, por sinal, pediu nos últimos dias ao ministro Gilmar Mendes para suspender outra apuração, aquela da Fecomércio, em que seu nome também é citado.

Com reportagem de Fabio Serapião

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  1. Há de haver uma mudança em relação as indicações políticas para essas altas cortes do judiciário. Nada de indicação política e sim por concurso, como é com os juízes federais e procuradores.

  2. Excelente reportagem! Pena que, por ser uma revista bancada pelos assinantes não possamos compartilhar e divulgar esse horror do qual apenas desconfiávamos mas sem ter os nomes e números. Parabéns ao repórter e parabéns, mais uma vez, à revista Crusoé.

  3. Essas tramóias ocorrem e sempre ocorreram em Tribunais Superiores, bem como em todos os Tribunais em geral de todo Brasil. Vale lembrar de fatos recentes envolvendo as mulheres de Dias Tófolli e Gilmar Mendes, bem como de outros membros dos Tribunais. Enquanto se mantiver esse compadrio, eles se protegerão e não podemos esperar nada de bom. Urge que se instale um Conselho Superior das Altas Cortes, para julgar esses meliantes, ocupantes de verdadeiros palácios pagos com nosso dinheiro.

  4. Parabéns pela revista. Uma sugestão: permitir o “copiar-colar” de, pelo menos, parte de suas matérias, suficiente para dar uma ideia do todo de seu conteúdo. Isso, certamente, dada a qualidade das publicações, atrairia mais leitores e assinantes.

  5. Essa praxe não é somente no Superior Tribunal de Justiça, pois os escândalos no Judiciário aparecem rotineiramente em diversos tribunais regionais brasileiro. Há uns 7 anos, uma Juíza do TJ-PA concedeu liminar a um aventureiro para dispor de 2(dois) bilhões de reais que repousava numa conta fantasma no Banco do Brasil, pretensão que aliás já havia sido negada pelo TJDFT em decisão definitiva. O BB agravou dessa decisão, mas foi mantida. O Banco salvou-se no CNJ que evitou o crime judicial.

  6. Sensacional Crusoé!! Matéria redigida de forma requintada. Apuração detalhada e minuciosa de grande profundidade. Não há outro veículo que tenha a mesma coragem de divulgar o que sempre imaginávamos, mas ninguém se atrevia a expor de forma tão cristalina. Parabéns!!!

  7. O Brasil precisa ser passado a limpo. A Justiça não pode ser administrada por uma corte superior que tem como normais métodos de máfia e formação de quadrilha. E, se constatados os fatos aqui denunciados, investigados pela justiça, é de quadrilhas que se trata. Quadrilhas irrigadas com dinheiro público roubado. Acredito que no STJ há muitos ministros honestos. É urgente que providências sejam tomadas! O CNJ tbm tem o dever de agir. Tribunais corrompidos são um câncer mortal para qualquer nação.

  8. É a bandidagem de toga. stf, stj e que tais são valhacouto dos corruptos, refúgio dos privilegiados. A leitura provoca nojo, ao final quase vomitei. Sinto-me impotente, descorçoado de tudo.

  9. Povo de merda, país de merda, justiça de merda. ESPERAR O QUE? Isso nunca vai acabar, só com um IRA, ETA , GESTAPO, não interessa a ninguém acabar com isso. E a sub-raça aceita.

  10. Parabéns pela matéria! É desolador ver o que o país se tornou, mas é importante mostrar à população o que ocorre nos altos escalões dos Poderes da nossa maltratada República.

  11. É muito triste tudo isso! Pior tudo continua, é a famosa relação mão na bunda, ninguém faz nada, pois todos estão envolvidos na podridão do judiciário. Lamentável é vê esses bandidos articulando contra a minoria decente, como Sérgio Moro e Deltan. Motivos não faltam para a bandidagem, liderada por Aras, trabalhar para acabar com a Lava Jato.

  12. Muito boa a reportagem! Como diz um dito popular: "o crime compensa", tanto para quem contrata como para quem recebe. Vergonhoso!!

  13. Dá um nojo e desânimo. De que adianta ir para as ruas, lutar contra a corrupção qdo ela corre solta justamente no Judiciário, nas mais altas cortes. Infelizmente, não vejo saída para um Brasil que ande para a frente

    1. Será que eu entendi ? O ministrinho manda arquivar e todos ficam livres ? Em sendo assim creio ...

  14. o grande problema é que até às pedras sabem disso tudo a muito tempo , é uma podridão de baixo até em cima , e nosso judiciário com seus palácios e lagostas , com um orçamento árabe, só não desmorona por conta de servidores como Eliana , Moro , Bretas e mais uma minoria, mas a maior conivência é do povo brasileiro que continua elegendo a maioria do que tem de pior na sociedade e continua calado com toda esse esgoto , uma nação onde a população não conta com a justiça , já está acabada como nação

    1. Concordo entretanto infelizmente votamos nos candidatos eleitos pelos partidos. Já fizeram isso para que entremos nessa arapuca montada. Sou totalmente favorável à candidatura independente e por sua vez isso irá futuramente acabar com esses partidos corruptos que mandam no Brasil

  15. Transformaram o Brasil no país do "quem pode mais chora menos". A justiça deste país é para aqueles podem pagar a própria justiça para acobertar seus crimes. Dá nojo!

  16. Essa farra do compadrio só poderá ter fim com a aprovação do fim do foro privilegiado (PEC 10/2013), que já foi aprovada no Senado Federal em 31/05/2017 e, em seguida, encaminhada para aprovação na Câmara dos Deputados. Porém, o presidente da câmara Rodrigo "Botafogo" Maia, está sentado sobre esta Proposta de Emenda Constitucional e, até hoje, ainda não a colocou em votação. Por que será ??

  17. Parabéns, jornalistas, por exporem os nomes dessas criaturas que se acham acima do bem e do mal! É asquerosa a justiça brasileira! Estamos reféns de uma intrincada rede corporativista, cujo nepotismo só não é maior que o ego. Não há como reconhecer isso como justiça.

  18. Alguem sugeriu Moro - presidente, porém, como ele poderia conviver com essa gentalha; seria boicotado todo dia , pelo STJ e seus parentes, pelo nefasto Centrão e suaacaterva, e também pela Suprema Tramóia Federal. Acho que depois de tudo explicado, desenhado, restá-nos pensar no seguinte: Quem poderá alegar suspeição de Sèrgio Moro no processo do NINE com a divulgação de toda essa sujeira que envolve as duas cortes do país - STJ e STF - tráfico de influência, advocacia administrativa, etc.

  19. Um Lamaçal . E vão mudar as Leis mo congresso pra beneficiar os corruptos . Até quando vamos ser trapaceados pela Justiça. O proximo a ser execrado será o Juiz Bretas. Talvez jogando no STF . Moraliza o STF mas quem assumirá no lugar do Bretas ? Meu Deus .. tende piedade .

  20. É como filme mexicano sobre corrupção judicial, em que passam a seguinte ideia: de um determinado VALOR para cima, deixa de ser processo e vira NEGÓCIO. Quem ė do ramo sabe o que estou falando. Essa intermediação de parentes desonra o Judiciário

  21. Que Deus continue guardando os funcionários dessa revista, por que só Deus mesmo pra guarda-los da ira dos "poderosos" que estão sendo desmascarados

    1. infelizmente não confiamos nessas cortês , é por isso que esse povo tem tanta raiva de Deltan e Sérgio Moro porque são honesto não se contaminaram. só Deus ! Lena

  22. La verittá é a seguinte: hoje, uma boa porção de brasileiros, tem noção de que o BR é um poço sem fim de corrupção e ladroagem, em todos os setores, com especial "brilhantismo" no Judiciário e seus descendentes. Uma verdadeira usina de fabricaçào de bilionários, tudo a custa da imoralidade que permeia esses poderes. Só que a única ação vista é comentar na Crusoé e no Antagonista, excretando suas revoltas. Com isso, todos se sentem com a "alma lavada" e o dever cumprido. Alvaro Costa/df

  23. Por mais de 35 anos dediquei conhecimentos, tempo e profissão à iniciativa privada, sempre confiando na justiça, no "Ordenamento Jurídico" ...! Foram muitos projetos e sonhos destruídos, graças a estes MALDITOS SERVIDORES públicos, que hoje sabemos continuar a SE SERVIR do PÚBLICO. Infeliz Contribuinte Brasileiro!!!

  24. Lendo a reportagem que foi muito bem feita e espero que se aprofunde ainda mais, me lembrei da série Breaking Bad: para certas situações não convém contratar um advogado criminalista e sim um advogado criminoso

  25. Cada vez mais esclarecedor como funciona “o tal mecanismo” incrível, eu até me perdi no total de cifras em reais que eles ganham e ainda tem até bilhões de ações que suspendem dívidas provavelmente com a União, ou seja, o povo aqui continua ralando e ainda querem colocar de goela abaixo mais um imposto, por favor Sr Guedes, e Bozo estão gozando com a nossa cara.

  26. Esse país cansa. Muitos desses personagens desfilam por aí defendendo valores republicanos como transparência, moralidade e meritocracia. Sei...

  27. Isso tudo os torna juízes indignos, e põe em dúvida todas as decisões e sentenças que proferiram. Sobre juízes indignos Rui Barbosa escreveu em 1913: "Um juiz indigno corrompe o direito, ameaça a liberdade e a fortuna, a vida e a honra de todos, ataca a legalidade no coração, inquieta a família, leva a improbidade às consciências e a corrupção às almas". Por outro lado, só a absoluta convicção na impunidade é que leva um pai a arriscar o nome e a liberdade de um filho.

  28. É muito criminoso atuando no judiciário, impregnados como células cancerígenas, destruindo a justiça. A venda de sentenças, liminares etc., corre solta no país. Quem tem dinheiro se livre, desde que contrate os "advogados certos", do tipo filhos, parentes e aqueles que andam de bermuda pelo stf. São ministros, muitos indicados politicamente ou do fatídico quinto constitucional, sem nenhuma capacidade e integridade para ocupar tais cargos. Atuam a favor de quem paga mais, do crime, agem como advg

  29. É inacreditável porque é tudo tão Vergonhoso, tão Sujo, tão Nauseabundo,que fiquei estupefacta,me pareceu estar lendo reportagem sobre a máfia Siciliana! Quero novamente Parabenizar 2 grandes e corajosos jornalistas investigativos LUIZ VASSALLO & RODRIGO RANGEL. Ambos são o orgulho deste nosso Brasil tão Vilipendiado! maria elisa alves de lima

    1. Aiaiai..doce ingenuidade.. esses aí já "acordaram" , nào no sentido de despertar, mas de fazer acordos mesmo.. o resto são "favas contadas".. apscosta/df

    2. mas os militares já estão lá, e aplaudem os milicianos pq o chefe da quadrilha está engordando o bolso deles. coisa de bolso nero. Nero incendiou Roma e esse naro está incendiando o Brasil.

  30. Basta conversar com funcionários concursados e de carreira do Judiciário sobre medidas urgentes para salvar o "Pudê" do naufrágio inevitável para deles ouvir críticas acerbas ao notório Voleibol Sinistro. Como se sabe, certos políticos togados são praticantes denodados do desporto. O Líbero (cônjuge, filhote, parente) levanta a bola e o Togado executa a bomba, destinada à fenda glútea do contribuinte, que a todos remunera. Um dia, o contribuinte perderá a paciência, com resultados inesperados.

  31. São tantas as quadrilhas familiares, que já não temos adjetivos para qualifica- las. Continue, Crusoé, precisamos que vc nos informe. Confiamos na sua dignidade e no seu profissionalismo!

  32. Muito boa matéria. Parabéns! Continuem. Vão mais fundo. Precisamos saber. Já que nos pisam, que ao menos saibamos o nome dos bois que o fazem.

  33. Aqui nesse Brasil velho ... não tem solução.... o judiciário está todo corrompido.... só nos resta os militares ... ou viraremos uma Venezuela.... só da ladrao

    1. Quaquaqua.. só nos resta "os militares".. epaa.. tá pensando que os milicos de hje têm o mesmo perfil que os dos anos 60? Tá enganada, sra.. os milicos de hj querem mais é "participar" do Governo, pra tirarem sua "fézinha". Apscosta/df (@brasilia_urgente)

    2. E tem gente que diz que a Revolução Francesa foi delírio!!!! Foi é saco cheio de tudo o que é quadrilha, empulhação e roubo!!!

    3. Bobagem, os militares já estão no poder, pode contar qtos são.

  34. O caminho parece ser o mesmo da Venezuela. Os militares ao saberem disso tudo e não fazerem nada, começam alguns a se envolverem e participarem da pajelança. Aí é triste pois não temos mais a quem recorrer e o pais vai para sua destruição. O primeiro passo está sendo dado com a destruição da Lava Jato e com as alterações no arcabouço jurídico do pais para livrar as falcatruas dos filhos e me parece do próprio pai nas maracutaias das rachadinhas.

  35. Infelizmente o Brasil precisa mudar urgente. Acabar com a corrupção que pela reportagem atinge muitos ministros da do STJ. Até quando o STF ficará parado? Até quando o Senado e o seu presidente David Alcolumbre vai sentar em cima da CPI da Lava Toga? Será que o povo brasileiro terá que tomar atitudes mais drásticas. É incrível, todos tem alguma parcela de "traseiro preso" com peculato e corrupção?

  36. Toffoli arquivou 12 processos. A troco de quê? E o resto do STF, por que não diz nada? E o Alcolumbre, por que não tira abunda de cima da Lava Toga? E o Executivo, caladinho a esse respeito? E a porcaria do PGR? ACORDÃO BEM COSTURADO e o povo com a bunda de fora.

    1. Com a bunda de fora tomando no CÚ sem cuspe. Desculpem mais as vezes é preciso perder a classe.

  37. A pergunta que não quer calar, cadê a grande Mídia? não aparece uma nota em seus editoriais a podridão dos parentes no judiciário, é porque se beneficia desse sistema do QI, a meritocracia tão falada pelo presidente em sua campanha foi esquecida, daremos o troco nas eleições. MORO PRESIDENTE, é o meu voto e de milhares de brasileiros revoltados com esse sistema.

    1. Perfeito Patrícia, agora culpar o Bozo por isso é falta de noção pois esses togados estão no cargo a décadas. Precisamos é sim cobrar o Senado Federal sobre lava togas e a Câmara sobre prisão em segunda instância pois essas duas casas é que podem fazer algo pelo país.

    2. A grande mídia está calada porque tem o rabo preso e devem muitos impostos incluindo INSS dos funcionário. Todos na lama.

    3. Inês, eu acho que a Globo não vai mexer nisso pq ela precisa dessa corja togada a seu favor contra o Bolsonaro na questão da renovação de concessão de tv. Ela precisa, e vai, fazer vistas grossas pra não antagonizar os seres maléficos que lá habitam. É uma questão de defender seus interesses primeiro. Jogar no ventilador a podridão dessas cortes auto intituladas superiores, é um tiro no pé que ela não vai dar. Assim como não falará muito desfavoravelmente do Congresso pela mesma razão.

  38. Outra pergunta que não quer calar: quem ganha uma ação contra esses advogados que são parentes desses juízes? Isso chama-se justiça? É esse famoso Estado Democrático de Direito? A isso damos o nome de democracia? Se isso é democracia eu quero os fuzis! São mais confiáveis e menos corruptos. Que o PR possa de uma forma ou de outra virar essa mesa e prender essa quadrilha. Eu me candidato a carrasco!

    1. Nestor é com nosso dinheiro que eles pagam esses 🌽 🌽 🌽 para os advogados porta de cadeia da elite política e empresarial. Precisamos ir as ruas urgentemente.

  39. Quanta podridão! Não é crime ser juiz e ter filhos advogados. Crime é usar essa condição para tráfico de influência e corrupção! Parabéns pela reportagem Crusoé, sensacional!

    1. os filhos e mulheres incompetentes precisam se apoiar nos Ministros e desembargadores mais competentes, seja no crime, seja no trabalho. Essaes rapazes são um zero à esquerda; tenho pena deles; filhos de papai; o dia que o papai acabar eles acabam também.

  40. Quanta promiscuidade nesses relacionamentos e fica claro que existe "justiça" para os privilegiados poderosos e Justiça para quem não tem dinheiro e nem relacionamentos influentes. Uma vergonha.

  41. Tenho vergonha do STF, STJ, TSE e outros tribunais. Muita vergonha! Se há algum ministro que se sinta ofendido com este post, a culpa é só dele.

  42. ESSE É O JUDICIÁRIO BRASILEIRO, QUE VERGONHA !! Como já dizia Bill Clinton, há algum tempo atrás, o problema do Brasil É O JUDICIÁRIO. Tá cada dia mais EVIDENTE.

    1. Não foi isto que disse Clinton. Ele disse que a corrupção no Brasil era endêmica e por isto a embaixadora americana à época teve que apresentar desculpas formais ao Brasil. Mas de qq forma, fica clara a razão do arquivamento.

  43. Nossa!, é muita sujeira. Crusoé, nesta reportagem, um trabalho hercúleo, com informações bem detalhadas e importantes, faz-me sentir orgulho em ser seu assinante de primeira hora. Tomar conhecimento de tudo o que consta deste brilhante trabalho jornalístico é obrigação de todo cidadão de bem para que saiba em que país vive. O Brasil é um país podre.

    1. Você acha que a classe média baixa e os pobres se incomodam ou lêem esse tipo de notícia?

  44. Depois qdo a gente diz q tem vergonha da tal justiça do Brasil nos intimam a depor. Parabéns a revista por mostrar quem é quem no pais

    1. É nojento saber que isto está acontecendo. PARABÉNS PELA MATÉRIA

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