Adriano Machado/Crusoé

A PF encrespada

Como a corporação tem reagido, nos bastidores, à barulhenta demissão de Maurício Valeixo e por que seu substituto, seja ele quem for, já chegará com novas crises contratadas
01.05.20

É possível apontar várias diferenças entre a Polícia Federal de hoje e a Polícia Federal de vinte anos atrás. Àquela época, sob o governo de Fernando Henrique Cardoso, a PF era sinônimo de ineficiência. Seus agentes, peritos e delegados eram mal remunerados e, não raro, não havia nem gasolina para sair a campo com uma viatura. Havia muito menos verbas para a compra de equipamentos ou para bancar grandes operações. Hoje, a corporação é uma das instituições mais respeitadas do país, de acordo com pesquisas de opinião, tem estrutura comparável às das melhores polícias do mundo e traz em seu histórico ações antes inimagináveis, como as prisões dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer e de figurões do empresariado, como Marcelo Odebrecht, Joesley Batista e André Esteves.

Ao menos uma característica, porém, liga os dois períodos. No segundo mandato de FHC, após quatro anos sob o comando do delegado Vicente Chelotti, a PF teve cinco diretores-gerais – uma troca de chefe a cada nove meses, em média. O substituto imediato de Chelotti, Wantuir Jacini, ficou apenas três meses no cargo. Já o sucessor de Jacini, João Campelo, durou apenas seis dias. Em julho de 1999, assumiu Agílio Monteiro, indicado do então ministro da Justiça, o notório Renan Calheiros. Monteiro deixou a PF para ser candidato a deputado federal pelo PSDB, o mesmo partido do então presidente.

A despeito da elogiável mudança no perfil da corporação, com alguma frequência há soluços que lembram os velhos tempos. E eles, quase sempre, têm a ver com tentativas de ingerência no trabalho de agentes e delegados. Desde 2017, quando Leandro Daiello, o mais longevo dos chefes da PF, foi substituído por Temer, três diretores já sentaram na cadeira mais importante do Máscara Negra, o edifício-sede da PF, em Brasília. Fernando Segovia, o escolhido do emedebista para a vaga, durou pouco mais de três meses. Caiu por ter sugerido o arquivamento de um inquérito cujo alvo era o presidente que o colocou lá.

Com a chegada de Jair Bolsonaro ao poder, assumiu Maurício Valeixo, escolhido por Sergio Moro. Ele ficou desde o primeiro dia do governo até a última sexta-feira, 24, quando sua demissão deu início àquela que é a maior crise já enfrentada por Bolsonaro, com possibilidade até de desaguar em um processo de impeachment. Mas por que uma crise na PF hoje se transforma em um escândalo capaz de ameaçar um presidente?

Pedro Ladeira/FolhapressPedro Ladeira/FolhapressValeixo, o ex: a próxima crise na PF é questão de tempo
A reação interna e externa às acusações de Moro sobre as tentativas de Bolsonaro de nomear o delegado Alexandre Ramagem, amigo de seu filho Carlos, é reflexo da importância que a corporação ganhou nos últimos anos — e da consolidação do conceito de que a polícia deve ser um órgão de estado, e não de governo. É algo que veio junto com as mudanças nos procedimentos de trabalho, cujo ápice foram as dezenas de fases da Lava Jato.

A partir de 2003, assim como suas principais congêneres mundo afora, a PF passou a nortear seu trabalho pelo “follow the money”, o famoso “siga o dinheiro”. Antes até das investigações que, em parceria com o Ministério Público Federal, desarticularam o petrolão, houve outras dezenas de operações que contribuíram para desenvolver o novo padrão – entre os exemplos, estão a Anaconda, que avançou sobre esquemas de corrupção no Judiciário, e a Navalha, cujo alvo eram construtoras que recebiam verbas federais.

O poder amealhado pela instituição no curso desse longo processo de transformação também tensionou as disputas políticas envolvendo a  corporação. Dentro dela, grupos de delegados passaram a se mover mais intensamente para ascender aos postos de comando. Fora, os poderosos de plantão tentam, sempre que possível, impor cabrestos ao trabalho ou, pelo menos, ter acesso às informações sensíveis angariadas especialmente pela Diretoria de Inteligência Policial, a DIP, e pela Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, a Dicor, por onde trafegam os segredos mais sensíveis, desde relatórios sigilosos para uso interno até o desenrolar de apurações e a programação de operações.

Nos últimos meses da gestão Temer, após Segovia cair ao defender publicamente o arquivamento da investigação que mirava as ligações do presidente com um esquema de corrupção nos portos, os policiais mais experientes projetavam que o novo governo poderia chegar já com tudo preparado para estreitar os laços de forma mais sutil. O presidente da vez, avaliavam, trabalharia para ter a PF relativamente por perto, até para não repetir os problemas do passado próximo. Para a alegria dos policiais, a expectativa mudou de rumo. Com o Ministério da Justiça nas mãos de Moro, antigo conhecido e defensor da PF, seria possível até ampliar a independência da corporação.

Reprodução/redes sociaisReprodução/redes sociaisCarlos Bolsonaro e Ramagem, em festa de Réveillon: amizade desde a campanha
Na prática, porém, a história se mostrou outra – a primeira expectativa, na verdade, estava mais próxima da realidade. Como Crusoé mostrou, as primeiras tentativas de Bolsonaro de interferir na nomeação de delegados para postos chaves começou ainda em agosto de 2019, oito meses após o início do governo. O pano de fundo, desde então, são investigações sensíveis que estão em andamento na PF, como o inquérito que investiga ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal e mira apoiadores do presidente.

Como admitiu em um pronunciamento solene no Planalto horas após o anúncio oficial da saída de Moro, Bolsonaro queria a PF funcionando a seu modo, e gostaria de ter um “contato pessoal” no comando da corporação. Há meses, desde os primeiros sinais do presidente nesse sentido, começaram as movimentações dos interessados em ser o tal “contato”. O escolhido, no fim das contas, foi o delegado Alexandre Ramagem, que coordenou a segurança de Bolsonaro na campanha e virou, desde então, amigo da família – de Carlos, o filho 02, em especial.

Só que Ramagem nem sequer sentou na cadeira. Poucas horas antes da solenidade que lhe daria posse – a cerimônia seria no Planalto, em mais um sinal explícito do desejo do presidente de ter a PF sob sua guarda –, saiu do Supremo uma ordem do ministro Alexandre de Moraes impedindo o virtual chefe da PF de assumir o posto. Até o fechamento desta edição, a questão continuava em aberto. Bolsonaro revogou o ato de nomeação, mas logo em seguida avisou que não desistiu do “sonho” de colocar Ramagem no comando da polícia. “Quem manda sou eu”, disse o presidente ainda na quarta-feira, 29. “Eu quero o Ramagem lá. É uma ingerência, né? Vamos fazer tudo para o Ramagem. Se não for, vai chegar a hora dele.”

Entre os policiais, o impasse só fez aumentar a tensão. Com a dúvida se Bolsonaro conseguirá dobrar o Supremo e emplacar Ramagem, começaram as especulações sobre outros nomes alternativos. Um deles é o do delegado Anderson Torres, antigo preferido de Bolsonaro, atualmente na secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Torres não é bem visto internamente na corporação porque trabalhou mais tempo em gabinetes de políticos do que no front das investigações. Ainda pesa contra ele o fato de também ser próximo ao presidente. Outro cotado é Alexandre Saraiva, atual chefe da PF no Amazonas, que Bolsonaro quis emplacar em meados do ano passado no comando da superintendência do Rio de Janeiro, num episódio que já havia gerado atritos entre o presidente e Moro.

STFSTFAlexandre de Moraes: o diretor interino da PF é próximo dele
Outros dois delegados correm por fora, mas ganharam força nos últimos dias. Um deles é Paulo Gustavo Mauirino, hoje responsável pela segurança do STF. Ele já foi secretário de Esporte no governo de São Paulo, na gestão de Geraldo Alckmin, e integrou o Conselho de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Por seu bom trânsito junto a políticos, tem ganhado espaço na disputa. O segundo é Josélio Azevedo, ex-chefe do Serviço de Inquéritos Especiais, o Sinq, onde correm as investigações envolvendo políticos. Azevedo era chefe do setor quando os delegados do grupo se rebelaram e denunciariam a interferência da Segovia em favor de Temer. Qualquer que seja o substituto de Valeixo, ante a declarada intenção de Bolsonaro de ter um “contato direto” no comando, a tensão permanecerá — e, ao menor sinal de ingerência, haverá escândalo. A não ser, obviamente, que haja um surto repentino de republicanismo em meio aos fartos sinais de mandonismo, é uma crise que já está instalada.

Enquanto isso, uma PF acéfala tenta evitar que a política contamine o andamento das investigações e o combate ao crime organizado. Um dos temores é que os políticos, conhecidos clientes da casa, aproveitem o momento de fragilidade para instigar rupturas internas. A polícia sempre enfrentou tensões intestinas entre as diversas carreiras: agentes, peritos e escrivães, de um lado, e delegados de outro travam uma disputa silenciosa. Um dos temores do momento é que políticos interessados em minar e enfraquecer a instituição se valham de projetos discutidos no Congresso, como o que prevê autonomia e mandato ao diretor-geral, para instituir, por exemplo, uma carreira única. Isso poderia ampliar a exposição à influência política. Hoje, um agente ou escrivão que deseje virar delegado precisa passar por concurso público. Com a carreira única, a ascensão interna dependeria dos chefes e abriria margem para apadrinhamentos.

Embora as tensões de hoje reavivem na PF uma parte dos problemas do passado, o cenário mostra que existe capacidade de resistência aos desmandos. Atualmente, para além das tentativas explícitas (e barulhentas) de interferência, o maior desafio dos policiais, independentemente da função que exercem, é identificar e fazer frente a um outro tipo de movimento de poderosos interessados em ter trânsito e influência na corporação.

Se no Planalto e no Congresso eles se apresentam abertamente, no terceiro vértice da Praça dos Três Poderes, o Supremo Tribunal Federal, também há quem queira dar as cartas, mas de outra maneira. Só nas últimas semanas, houve duas decisões de Alexandre de Moraes relacionadas à polícia. Além do despacho que vetou a posse de Alexandre Ramagem, na esteira da grita de Bolsonaro o ministro proibiu que houvesse qualquer mudança na equipe de delegados que respondem diretamente a ele no inquérito do fim do mundo, aquele que censurou Crusoé e apura supostas ameaças à corte. A própria liminar barrando Ramagem acabou por ampliar os poderes de Moraes sobre a PF: enquanto um novo diretor não chega, o comando está nas mãos de um interino, o delegado Disney Rossetti, que é muito próximo do ministro do Supremo.

A presença de Dias Toffoli e Gilmar Mendes na posse do novo titular da Justiça, André Mendonça, é outro sinal de que a corte, agora que Moro saiu, também tenta reaver sua influência sobre a corporação que até há pouco, conforme o próprio Gilmar verbalizava em público e nos bastidores, estava entregue à “turma de Curitiba”. É parte desse estratagema um movimento interessante registrado nesta quinta, dois dias após a cerimônia festiva no Planalto: Toffoli estaria em campo tentando aparar as arestas com Moraes para que Bolsonaro, agora formalmente investigado pelo próprio Supremo, possa colocar quem ele quiser no comando da polícia. As engrenagens em Brasília se movem intensamente. O perigo é elas empurrarem as instituições para o cenário de vinte anos atrás.

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  1. Pretendia nomear um alcaguete cachorrinho. Não conseguiu. Então nomeou o cupincha do alcaguete cachorrinho. O Centrão de Valdemar Costa Neto e Roberto Jeferson agradece. Agora só a filiação ao PDT

  2. Pra mim quem fez essa PF foi FHC; em 2002 um de alto estrela já ganhava R$ 5 mil mensais ou 25 salários mínimos; eu tinha um amigo na PF e via o contracheque dele. E siga o dinheiro foi depois do Bin Laden e novas obrigações de informação do sistema financeiro impostas pelos EUA; segundo consta Bin Laden não teria feito a operação de 11 de setembro sem US$ 5 milhões que transou nos bancos mundo afora. Zé Dirceu falava que a PF era tucana...

  3. Tem havido forte resistência ao Presidente, escolhido pelo povo contra a corrupção - em todos os níveis -, a devassidão dos costumes e a comunização do país. Essa oposição, apoiada pela imprensa, . O povo percebe e reage nas ruas. Os políticos interessados, amparando-se até no STF, composto com a sua aprovação, tentam sufocar as manifestações populares. O caldeirão está fervendo! o Brasil para a violência, principalmente pelo desrespeito dos outros poderes ao executivo

    1. Ótimo texto Hudson. Eu acrescentaria apenas o pavor dos mencionados com o leito de 2.022. Uma segunda vitória da direita acabaria de vez com a esquerda Latinoamerica.

  4. Bolsonaro precisa é exercer o poder no qual foi investido por 57 milhões de brasileiros. Há que RECOMPOR A NORMALIDADE DEMOCRÁTICA ROMPIDA quando da absurda censura a essa Crusoé (até parece que vocês nem lembram), que coincidiu com a instauração do TERATOLÓGICO INQUÉRITO instaurado pelo STF, e que segue até hoje, MAS IGNORADÍSSIMO POR ESSA CRUSÓÉ, que se fosse mesmo defensora da democracia, não deixaria de protestar contra ele nem um só dia.

  5. Só espero que os integrantes da PF não permitam a tentativa em curso, de todos os lados, de minimizar a instituição e traze-la de volta ao que era na epoca do FHC.A PF tem que ter a obrigação e independência no combate ao pior dos males brasileiro, a corrupção! Boibotem qualquer chefe que se mostrar leniente e serviçal de governante ou pseudo-juízes!

  6. Em quem confiar? Bolsonaro revelou-se uma fraude. Dos Ministros do Supremo, poucos são realmente Magistrados: Fachin; Barroso e Rosa weber por votar obedecendo literalmente de acordo com a Constituição. E no Legislativo, basta citar o Centrão.

  7. FHC: O que se esperar de quem nomeu ministro da (in) Justiça Renan Calheiros, ministro do STF Gilmar Mendes, pos os bofes de fora no Fórum de São Paulo, E ainda quer impedir um presidente eleito pela nação pensante? Devolva, antes de vociferar, o preço que pagamos pelo segundo mandato, pois o devoluto do cacique foi só simbólico!

  8. O diretor interino da PF é próximo do Ministro do STF, Alexandre de Moraes. Quem é que está fazendo interferência na PF e no Poder Executivo?

  9. O Toffolli é o Gilmar, ministros do STF, fazendo o serviço sujo para que o Bolsonaro emplaque um diretor geral da Polícia Federal e, que possa blindar a família de investigações.

  10. A polícia federal não pode mudar de estratégia para interceptar os ladrões do dinheiro público. Siga o Dinheiro, Sempre!!!

  11. Independente se a PF corre perigo de retrocesso. A felicidade de Toffoli e Gilmar Mendes com a indicação de André Mendonça, demonstram alinhamento. A turma de Curitiba, ia contra os interesses de membros do STF. Nesse momento sim, a LJ retrocede ao início, ao que tudo indica. Perde-se a oportunidade de transformação do Brasil. Triste, mas tudo começa com Flávio e Queiroz. Lamentável! Aonde vamos parar? Inimaginável saber. Ao que tudo indica, a era Sarney. .. Viva a Democracia Comunista!

  12. Mas isto não está longe de acontecer. Fica evidente que o discurso é apenas uma falácia e nada mudou. E pode até ficar pior. A interferência na PF é um citoma claro que querem proteger corruptos e corruptores. Gente do STF não aceita que politicos de seu chiqueiro, tenham sido colocados atrás das grades.

  13. Fábio Serapião, gostei do seu artigo, enfocou o todo e não poupou ninguém. Nos mostrou com propriedade o que rola dentro e fora da Polícia Federal. É isso que queremos de um jornalismo e não aquele que está sendo praticado, desavergonhadamente, ao direcionar fofocas, mentiras e distorções, focando só em um para desmoralizar esse um porque não é do agrado do jornalista.

  14. Não é de espantar que hajam separatistas brasil afora. O perigo é que esse tipo de movimento ressurja com força, baseado na degeneração dos três poderes.

  15. Não existe anamnese ou exame de qualquer natureza que nos permita o mínimo de prognóstico de decência política para o atuais gigolôs que sugam nosso pais.

    1. O Paulo, o que é anamnese? De resto, estou de pleno acordo contigo! E acho que tudo isso ainda vai dar muita briga! Já não somos mais um dócil rebanho de ovelhas acéfalas, manipuláveis ao gosto dos "empodeirados" gigolôs, como você tão bem os definiu. A família Bolso inclusa! Esta sim, com o DNA de Judas. Traiu a multidão de seus eleitores!!!

  16. Infelizmente o PR Bolsonaro faz tudo ao contrário do que prometeu na campanha. Sonhávamos com um Ministro da Justiça fortalecido e livre para prosseguir no combate à corrupção, elevando a outro patamar a percepção de moral e honestidade neste país. Porém o PR logo se viu vulnerabilizado pelo 'Rachid' e mudou completamente o norteamento de suas ações, culminando com a saída de Moro e a aproximação com o centrão. Lastimável. A PF é patrimônio do BR. Lista tríplice, autonomia e mandato para o DG.

    1. vdd.Enquanto este Rachid não for resolvido a presidência não funcionará

    1. Os Bostonaros são mais podres ainda! E cheiram a fascistas

  17. Na vdd Moro estava interferindo na PF para prejudicar o PR , queria impor o Disney da panelinha dele, do PSDB, amigo do Alexandre de Moraes. Os filhos do PR não são investigados pela PF, já reviraram até a medula e não acharam nada

    1. pois é Francisco, carta branca,Moro teve mas nem eu nem você,daremos uma carta branca a quem quer que seja,para sermos ignorados,e preteridos. Imagina se eu ponho um administrador em minha clínica,com Carta Branca,e ele ( por exemplo,não é o caso) mas ele desvia meus clientes para outra clínica. porque lhe dei carta branca,vou aceitar? Tudo tem limite. E isso demonstra Mau caráter. O BRASIL NÃO ACREDITA NA HISTÓRIA DO ADÉLIO E VOCÊ? ENTÃO FICA POR ISSO MESMO? AÍ NÃO DÁ PARA SER FELIZ!..

    2. Eu tbm sou eleitor do PR Bolsonaro, mas me permita discordar totalmente da sua manifestacão. O Moro recebeu do PR a promessa de autonomia e 'carta branca'. Estava tudo funcionando mto bem com o Valeixo e quem resolveu mudar o status quo com fins nada republicanos foi o próprio PR, contrariando o q prometeu a Moro e ao Brasil. Lembro q estamos em uma democracia e o PR não faz as suas vontades e sim a vontade do povo, de onde emana o poder. A PF é do Brasil e não do presidente de plantão.

  18. E tem gente com medo que o sistema político podre deponha o Presidente....eles já estão no comando e não voltamos a estava zero,mas demos passos atrás. Congresso conseguiu passar tudo com o Presidente sancionado tudo pra proteger o filho pelo q parece, nem o PGR foi escolha dele e sim do stablishment, próximos ministro do STF vai ser a mesma coisa,e ele já tinha dito meses atrás q não seria Moro, não sei pq ainda tinha gente q acreditava nisso, aliás ainda acreditam. Moro q levou facada, nós tb.

  19. Tem muita gente com meda da independência da PF. Imaginem se a PF investigar o FIES e os escritórios de advocacia ligados a parentes de ministros do STF?

    1. Será q vc gostaria de ter assessores nomdando pessoas q são contra suas ações e modo de pensar? Eu apoiei o Moro, mas bastidores vc não conhece. Quem era a assessora de comunicação de Moro? Qual foi a defesa q Moro fez do Estado de Direito contra a população? Até hj ninguém sabe nada sobre os seis advogados de defesa do Adélio. Tenham paciência, tudo tem limite.

  20. Uma pergunta que não quer calar: por que o Delegado não avaliou o impacto de sua nomeação? Os critérios de impessoalidade e interesse público?! Faltou sabedoria?!

    1. Não faltou sabedoria, ele, o Ramagem, iria para a direção com objetivo definido:proteger o PR e os seus.

  21. O nobre comunista só faz comentários ruins em relação ao Presidente Bolsonaro. Nenhuma virgula sobre os crápulas do PT que estiveram a frente do MJ e PF. Gostaria de um jornalismo isento. Sugiro que contratem o Augusto Nunes para dirigir esse escritório do PT.

  22. BOLSONARO É MAIS UM VASSALO DO STF!!!!! NOMEOU AUGUSTO ARAS ,PETISTA , AMIGO DO TOFFOLI E INIMIGO DA LAVA JATO . E TOFFOLI ARQUIVOU O PROCESSO DO FLÁVIO BOLSONARO. E AGORA DEMITIU OS INIMIGOS DO TOFFOLI E GILMAR MENDES ( VALEIXO E SÉRGIO MORO). O QUE ALEXANDRE DE MORAES FEZ , FOI SÓ UMA CORTINA DE FUMAÇA., ATÉ O STF TER UM NOME PARA SER INDICADO , QUE SERVIRÁ A TODOS. MORO O PRESIDENTE QUE O BRASIL PRECISA E MERECE. MORO 2022

  23. É incomprenssivel o PR querer trocar alguém exercendo trabalho magnífico e o substituí -lo por um capacho. Além disso perde Sérgio Moro, outro que exercia uma função sem precedentes como Ministro da Justiça. Perdeu o PR meu apoio.

    1. Exercendo um trabalho magnífico? Ele não conseguiu dar uma resposta que todo o Brasil queria saber: quem é o mandante do crime praticado pelo Adélio.

  24. imparcialidade total e investigação a fundo sem nenhum tipo de interferência de quem quer que seja esse o dever constitucional da polícia federal.

    1. Esse Charles merece um processo por incitamento ao crime e investigação da sua vida fiscal . Garanto que tem coisa ilícita no seu IR.

    2. Esse indivíduo merece uma representação junto à Justiça por ameaça e incitamento a crime. Basta tirar um print da postagem e solicitar em juizo a identificação do assinante. Alvaro Costa

    3. Lembro que a revista tem os dados dessa besta quadrada, pois acaba de cometer crime previsto no CPB, incitamento a crime.. basta tirar um print da tela e fazer uma representação criminal contra o assinante.

    4. Esse comunista apedeuta deveria ser preso p pronunciar tal ameaça!

  25. Essas raposas não podem vencer, a PF tem q ser independente , os integrante deverão denunciar qq interferência desses abutres

    1. a abin descobriu que Moro vazou informações do porteiro para witzel , quando confrontado pelo PR Moro viu seu fim no governo, chantageado por Moraes no caso da vaza jato, saiu atirando no PR. Agora seu único caminho e vir em 2022, como única esperança do stablishment

  26. A PF tem que ficar fora do compadrio e do toma lá dá cá. Se não for desta forma é melhor fechar, porque tudo dará em pizza.

    1. Merda pura essa reportagem!! Crusoé também já é chinesa ??

  27. chegou a hora de votar a PEC, dando independência e autonomia a PF, acabaria de vez as intenções dos políticos de plantão em controlar os policiais e as investigações. Agradeço ao ex ministro Moro que escancarou os bastidores do poder, uma grande lição ele deu ao Brasil, "prezado PR não estou a venda." honestidade acima de tudo e de todos doa a quem doer. MORO PRESIDENTE, é o meu candidato.

    1. É bom lembrar que em 2022, se ele chegar lá, o Bolsonaro não terá o benefício da facada.

    2. Bolsoronaro ganhará fácil a eleição, em 2022. Pra deputado estadual no RJ. Unimo-nos, pra evitar que cassem seus direitos políticos.

    3. Desleal é nosso presidente que traiu seus eleitores, e está se unindo aos mercenários a velha política. A solução foi tirar o Sérgio Moro, assim não chegaria no 02. Tomara que caia do cavalo.

    4. Candidato ele já é, embora não admita, mas ganhar vai ser outra conversa, tendo em vista a forma covarde e desleal de sua saída. Vamos aguardar as investigações.

  28. Sinceramente, se constantes interferências do poder judiciário e um Congresso com poder exorbitado é democracia, prefiro outro regime. Nunca vi um Presidente da República ser tão achincalhado pelos outros poderes, a ponto de um Juíza de primeira instância obrigar uma autoridade a mostra seus exames médicos. Idem para outra que obrigou o Exército a retirar do seu site oficial Ordem do Dia que exalta o movimento de 1964, comemoração que é feita há quase 60 anos. Tomo mundo quer protagonismo!!!

  29. Polícia Federal "Nessa eu Confio". Que esse Slogan não seja jogado ao vento e manchado por um governo qualquer (diga-se de passagem. Louco e com uma prole envolvida em tanta sujeira). Não permitam que façam da PF, um escritório particular de arquivamento de FALCATRUAS.

    1. Só pode está se referindo à família do Carniça. Todos elogiados pelo pai de Ronaldinhos! Né não!

  30. A Polícia Federal do Brasil é inspirada totalmente na política repúblicana de Getúlio Vargas o "pai dos pobres" muito embora a hipocrisia constitucional escrita por Sarney, Ulisses, Cabral, o ministro da justiça do Collor, Nelson Jobim, Paulo Maluf, etc, etc... Nosso Morro nos faz mais este favor por ter respeitado o texto, para a surpresa dos hipócritas. Parabéns Crusoé por trazer ao debate (as outras mídias devem estar embaixo da cama, escondidas...)

  31. Espero que Moraes já tenha percebido que Toffoli está nas mãos de JB e não queira o mesmo caminho. Torço para que Moro entregue provas suficientes para ejetar da cadeira Presidencial o déspota livrando-nos dos martírios diários que estremecem a nação a ponto de nos envergonhar mundialmente.

    1. OH Chris, não esquece, Bolsonaro foi eleito... ainda estamos numa democracia. Vocês perderam, babacas.

    1. Como aprender com esse povo mal nutrido, mal vestido e sem nenhum estudo, que se contenta com as migalhas que os coronéis do Nordeste lhes dão ? impossível reverter isso!

  32. Matéria esclarecedora dos bastidores da PF. Nesse autonaufrágio do governo Bolsonaro, não podemos aceitar retrocesso na dimensão republicana duramente conquistada pela PF

  33. É triste e preocupante ver essa blindagem sutilmente imposta pelo tribunal e congresso. As polícias devem servir ao Estado e não ao($) Governo($). É assim numa verdadeira República.

  34. Para esse blog, tudo o que o Alexandre Ramagem e’ se resume a “amigo do filho do Presidente”. Chega a ser ridículo, porque todos sabem como foram nomeados TODOS os juizes do stf e outros milhares em toda a historia republicana do Brasil. Vão arrumar outra carreira, como jornalistas acababou. A “linha editorial” ditada pelos lobistas do PSDB esta’ muito clara.

    1. Concordo, acho que a Crusoe foi pelo caminho mais fácil que é a constante critica a tudo, inclusive sempre em tom jocoso. Parece que Mainardi lê todas as matérias e insere 3 últimas frases. Caiu no lugar comum e esse papo de “ilha do jornalismo” é balela.

  35. fico a pensar se o bolsoditador não planejou tudo e chamou Moro para Ministro, para tirá-lo de Juiz, e queimar sua atuação; impeachement ou renúncia seria mais digno, a sujeira não para de subir desses poderes - "a coisa certa acima de todos"

    1. Num meio tão corrompido essa probabilidade é bem possível.

    2. Quarentena está lhe fazendo mal...pensando maluquices. Calma, a vida vai voltar ao normal e sua cabeça também

  36. E quanto à legalidade dos atos do afilhado do Temer, nem um piozinho né, dona Crusoé? Somente a censura dele pra cima de vocês é ilegal. Já saquei a de vocês, "imparciais" jornalistas!

  37. Moro (Kasparov brasileiro) está bebendo bastante agua para explicar em Braile sensorial aos bolsonaro o que é GOLDEN SHOWER . vai ser MEMORÁVEL.

  38. A Crusoé parece ter perdido a imparcialidade que levou a ser um seu admirador e assinante. Perdeu minha admiração e minha assinatura. E conheço muitos que estão fazendo o mesmo.

    1. Confirmo minha exclusão comi assinante. Que decepção!!!

  39. Desde que Bolsonaro entrou o combate à corrupção foi deixado de lado. Tudo não passa de um teatro. Todos as vtrs estão com pó.

    1. Desde que Moro assumiu o MJ tudo parou. Um burocrata, que e’ manobrável e que deixou a PF ‘a míngua, sem vergonha nenhuma ou pudor. Vamos ver como “os seus amigos do stf” vão julga-lo: metade esta’ muito chateada porque ele mandou prender o chefe

  40. A reportagem peca quando critica a carreira única. Este é o modelo adotado pelas melhores instituições policiais do Primeiro Mundo, com ingresso pela base da carreira e organização hierárquica integrada. No modelo atual, recém formados em Direito, comandam policiais experientes e versados no ofício policial. O ofício e a ciência policial não são disciplinas do Direito, que representa somente uma pequena parte do trabalho. Suas fontes precisam se ampliar para além de delegados corporativistas.

    1. Nós não estamos no "primeiro mundo". Eles detam muito sangue até chegar a um certo nível de civilização. Aqui não. A não ser que haja um choque radical visando mudanças, este país ainda vai levar muitos séculos até que nos possamos chamar de nação.

    1. É triste ver no que isso aqui se transformou, o que era uma luz mesmo que fraca no final do túnel se transformou na mais completa escuridão. Está completamente dominado por tudo que há de mais nefasto.

    2. Como se faz para cancelar a assinatura da revista tend?enciosa

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