MarioSabino

O Doutor Maluco da cloroquina

27.03.20

Viramos todos infectologistas em meio a esta pandemia. É natural. Se um meteoro gigante estivesse para chocar-se contra a Terra, teríamos nos tornado astrônomos. O dado imprevisível é que os infectologistas de verdade estão desorientados em relação ao novo coronavírus. Ele pertence a uma classe conhecida e, no entanto, o seu comportamento se mostra mais errático do que os dos seus assemelhados igualmente microscópicos. Mata quando era esperado matar e também quando não era esperado fazê-lo. É um vírus com alto grau de customização. Age não ao gosto do freguês, porque não há de se ter gosto para isso, mas de acordo com o histórico de saúde individual — e leva muita gente velha ou jovem para o hospital ao mesmo tempo. Ter só uma gripezinha ou um resfriadinho por causa dele ou parar na UTI com um quadro de infecção respiratória grave não garantem imunidade futura permanente, até onde se sabe. Há quem diga que a proteção proporcionada pelos anticorpos duraria de um a dois anos, no máximo. Se for mutável como o da gripe, a vacina salvadora terá de ser aplicada a cada ano em adultos e talvez crianças. Sou infectologista como você.

Enquanto não há vacina ou antiviral específico — os mais otimistas dizem que a vacina virá em 2021 e o antiviral, no segundo semestre deste ano com jeito de século das trevas —, os médicos vão tentando salvar vítimas de Covid-19 brava com drogas já existentes. A mais vistosa é ela, a cloroquina, nome de guerra também da sua prima, a hidroxicloroquina. Não vou discorrer sobre as moléculas de ambas, visto que o meu conhecimento invejável a respeito da química dos remédios é, provavelmente, tão vasto quanto o seu (já nos basta a formação rápida em infectologia). A minha omissão também permitirá que eu chame ambas de cloroquina.

Eu pensava que a cloroquina — prescrita originalmente contra a malária, o lúpus e a artrite reumatoide — havia começado a ser usada na França em pacientes já praticamente desenganados por causa de Covid-19 severa. Fui informado de que não, o medicamento já havia sido utilizado na China. De qualquer forma, a cloroquina que mereceu publicidade de Donald Trump e foi parar no armário de remédios de tantos brasileiros ganhou fama graças a um médico e microbiologista francês chamado Didier Raoult, que exerce as suas artes curativas em Marselha, no sul da França. O dado geográfico é importante, porque se esperava que Marselha produzisse apenas sabão, a sua especialidade. Já seria uma grande contribuição para o combate ao novo coronavírus. Mas eis que esta Nápoles gaulesa também dá a sua libra de carne na forma de tratamento com cloroquina. E por meio de um personagem tão desafiador como a Marselha que, na sua exuberância mediterrânea, causa suspeitas em Paris.

Didier Raoult foi objeto de uma reportagem do jornal Le Monde — à exceção dos seus correspondentes na América Latina, ainda é um bom jornal. Fiquei espantado com a fotografia do sujeito que ilustra a matéria, adepto que sou da recomendação de Oscar Wilde de que só os idiotas não julgam pela aparência. Com 68 anos, ele exibe cabelos compridos e barba grisalhas (cabelos mais para o branco amarelado) de quem não vai ao barbeiro desde o Festival de Woodstock. Na verdade, Didier Raoult mudou de estilo não faz tanto tempo assim. Um jornalista de perguntas certas, que escreveu um livro sobre o hospital universitário do qual o cabeludo é professor e diretor, indagou-lhe o motivo da mudança. Ele sorriu e respondeu: “Porque os irrita.”

Quem se irrita é o pessoal arcaico que faz testes e mais testes antes de colocar uma droga farmacêutica no mercado ou de passar a receitá-la para outra doença que não aquela para a qual ela foi criada. Não que Didier Raoult seja propriamente um charlatão. Ou um completo “Docteur Maboul” (Doutor Maluco), como alguns o chamam, segundo o Le Monde. Até deixar os cabelos e a barba crescerem, ele seguia o caminho da monotonia triunfal da ciência. Foi um dos descobridores, em 2003, dos vírus gigantes, que possibilitou avanços na virologia, genética e biologia evolutiva. Antes disso, nos anos 1980, Didier Raoult foi pioneiro nos estudos sobre as pequenas bactérias intracelulares. Ou seja, é um cientista de verdade com prova e contraprova. Ou era.

Com o tempo, a sua personalidade deu lugar ao excêntrico, na melhor das hipóteses. Negacionista do aquecimento global, por exemplo, ele chegou a escrever na revista semanal Le Point, onde mantinha uma coluna, que o buraco na camada de ozônio não aquecia o planeta, não. Que até o esfriava. E até o último 21 de janeiro, pelo menos, ele partilhava da mesma resolução de início de ano de Drauzio Varella: achar que a ameaça do novo coronavírus era uma histeria. Quando os chineses fecharam a província de Hubei, epicentro da pandemia do novo coronavírus, Didier Raoult disse no canal de Youtube da sua instituição que era “delirante” a ideia de que ali poderia nascer uma crise das proporções que vivemos atualmente. “Três chineses morrem e isso causa um alerta mundial. A OMS se mete nisso, fala-se disso na televisão e no rádio… Tudo isso é loucura, sem nenhuma lucidez”, afirmou. Soa familiar.

Em meados de fevereiro, ele continuava na mesma toada, até que, continua o Le Monde, anunciou o “fim do jogo” para a Covid-19. A solução era a cloroquina. Qual era a prova concreta disso? Experiências in vitro, não in vivo. Quem informou sobre esse detalhe de somenos não foi Didier Raoult, mas pesquisadores do hospital universitário que ele próprio dirige, em artigo publicado na revista Antiviral Research. Tornou-se urgente, então, produzir a toque de caixa resultados de experiências in vivo. Em 20 de março, eis que aparece um estudo na revista International Journal of Antimicrobial Agent. Um recorde de rapidez, como registra o Le Monde. Nele, Didier Raoult apontava que a cloroquina, administrada a trinta pacientes, havia obtido em quinze dias resultados positivos no tratamento de Covid-19. Pesquisadores independentes vasculharam as circunstâncias nas quais o experimento foi feito e verificaram que um paciente tratado com cloroquina havia morrido e sido excluído da amostragem, assim como foram descartados outros três cujas condições se agravaram e os levaram para a UTI. Nenhuma palavra sobre eles e nada também sobre o grupo de controle que não havia tomado cloroquina. Nesse grupo, nenhum paciente havia morrido ou ido parar na UTI. Tudo errado. Mais: o editor-chefe da revista que publicou o estudo é colaborador de Didier Raoult no hospital universitário de infectologia em Marselha e coautor.

Publica o jornal Le Monde que Didier Raoult tem uma estratégia simples para se tornar o “campeão do mundo” em citações em revistas científicas: “publicar a todo preço”. Não se trata de pagar, mas de escrever artigos atropeladamente. De acordo com o jornal, até 24 de março, ele havia publicado um total de 3.062 artigos de pesquisa científica. “Uma cifra fenomenal: grande parte dos pesquisadores publicam ao longo das suas carreiras menos artigos que o professor marselhês em alguns meses (mais de trinta desde o início do ano). Isso faz do microbiologista o mais citado internacionalmente”, diz o Le Monde. Em 2012, a revista Science revelou que, seis anos antes, um artigo assinado pela equipe de Didier Raoult fez com que a American Society for Microbiology o proibisse de publicar durante um ano qualquer artigo ou estudo em revistas editadas pela entidade. Motivo: suspeita de fraude.

Et pourtant, como diria Charles Aznavour… E, no entanto, a cloroquina está aí, em uso mais ou menos controlado contra a Covid-19, a depender das latitudes e do grau de desespero. Pode ser que funcione para alguns, evitando a reprodução do novo coronavírus que toma de assalto os pulmões; pode ser que apresse a morte de doentes (já há óbitos relacionados diretamente à substância); pode ser que não faça a menor diferença para outros que iriam morrer ou sobreviver de qualquer jeito. Eu tomaria cloroquina, deixo claro, se viesse a pegar a Covid-19 e não houvesse alternativa. Estamos entregues, neste momento, a gente como Didier Raoult. Se der mais certo do que errado, os protocolos e a ética científica irão para o espaço (lembre-se de que o buraco na camada de ozônio esfria a Terra possivelmente plana). Seria irônico, não fosse menos trágico. E, assim, seremos todos  infectologistas, e microbiologistas, e felizes para sempre, principalmente ele, o Doutor Maluco.

Arno Planner/FlickrArno Planner/FlickrDidier Raoult: os cabelos compridos e a barba são para “irritar”
 

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  1. Em agosto, e me encontro lendo seu texto escrito em março. Depois de varios trabalhos cientificos nos últimos seis meses, foi comprovado que a cloroquina NÃO tem efeito no tratamento da COVID, é um placebo, como seu texto sugeriu. Só duvido que você tomaria cloroquina....

  2. Faltou sensibilidade do Mário para entender como o tratamento proposto pode ser um começo para evitarmos milhares de mortes, ao serem usados no início da doença nas pessoas de grupo de risco. O Mário não deveria simplesmente traduzir autores que são difamadores, mas ter uma visão mais ampla do problema. Vejo com tristeza a Crusoé devido a falta de visões diferentes sobre a Pandemia.

  3. Parece que la na França ta dando certo a estratégia do Doutor Maluco hein, Mario... Uma coisa é certa... ele tem saco (e cabelo) pra bancar o que pensa e não se incomodar com as pulgas e carrapatos em suas barbas... O tratamento da doença com medicação barata não interessa à industria farmaceutica, a governantes e à mídia que vende a tragédia. Aliás, se Watson e Crick ficassem seguindo o Linus Pauling nunca teriam descoberto o DNA. Quem mais os ajudou foi um jovem físico caótico e "maconheiro".

  4. Sabino, se você não acredita que o buraco de ozônio no aquecimento global é uma farsa, por que não faz um artigo com o Prof.Ricardo Felício, climatologista brasileiro ?

  5. Didier Raoult tem uma estratégia simples para se tornar o "campeão do Mundo" em citações em revistas científicas: "publicar a todo o preço". Mário, v. e o Le Monde não entendem nada de trabalhos científicos. Se publicação valesse, a USP estaria entre as melhores universidades do mundo. Citações é outra coisa. Só é citado quem produz alguma coisa relevante. Por citações advinha a posição da USP? Isso mesmo, para lá de 200.

  6. ET MAINTENANT ( Becaud !) , MONSIEUR SABINO`???????? a CLOROQUINA E´COISA DE MALUCOS? Virologos serios, urbi et orbi estãon reconoscendo a UTILIDADE deste remedio. Cabe retratação ?

  7. Além das ironias um texto vazio e desprovido de dados. Quem está usando a recomendação do "doutor maluco" e que resultados são obtidos? As únicas informações vem do le monde, que o autor achou suficiente. Levanta a bunda da cadeira vai ou liga para os hospitais que fazem uso. Dê informação decente, seja ela favorável ou não, mas com dados e não ironias vazias. http://www.leparisien.fr/societe/sante/coronavirus-didier-raoult-l-infectiologue-hors-normes-qui-pourrait-tout-changer-27-03-2020-8289366

  8. "Estamos entregues, neste momento, a gente como Didier Raoult". Hum, estou entendendo. Quem seria o outro maluco com poder sobre nossa vidas? O Bolsonaro? Interessante que a lista de malucos está crescendo e inclui até o CEO da Novartis. O diretor da OMS também deve estar maluco, ao sugerir que se pense nas pessoas que precisam trabalhar.

  9. Você e o Diogo deveriam calar a boca e ficar em quarentena por 6 meses lendo Voltaire, Molière, d'Alembert, Althusser, e quem sabe Rimbaud. E cuidarem para não entrar em depressão. Aquela maluca tinha razão.

    1. Vc vive de idiomas q nem eu q vou cancelar minha assinatura seu merda

  10. Mario Sabino, pelo menos você reconhece que se estivesse à beira da morte, tomaria a hexacloroquina. Pois eu, se fosse o médico, não a daria para você. Te deixaria morrer.

    1. Sabino e Mainardi são dois anarquistas debochados. Não devem ser levados a sério.

  11. A diferença entre o remédio e o veneno é a dosagem. O excêntrico ou "maluco" doutor francês não está fazendo nada mais do que colocar em prática o juramento que fez de salvar vidas. Aliás, ele não está sozinho. Vários outros pesquisadores estão confirmando o que ele diz. Seu artigo não passa de mera manobra diversionista para desqualificar o médico francês. Pena que alguns jornalistas não cumprem o juramento de compromisso com a verdade.

    1. Jornalista não resiste, sempre se eleva a especialista - e tira pretensa ironia do autor - após a leitura de meia dúzia de artigos “especializados” Holofote atrai todo tipo de mariposa.

  12. Didier percebeu que com pesquisas sérias e demoradas ele ganhava credibilidade; com conclusões rápidas e muitas publicações ele ganha dinheiro. A aparência maluca pode criar um personagem para a posteridade e ajudar a aumentar o tilintar das moedas.

    1. Pelo contrário, Victor, estamos perdendo. Temos menos anúncios, assim como todos os veículos que não vivem de dinheiro do governo.

    2. Sem um grupo controle, é impossível dizer que está salvando vidas. Nenhum de seus trabalhos mostrou isso, só resultados in vitro. Existem formas de avaliar a eficácia de medicamentos, os ensaios clínicos. Dois estão ocorrendo no Brasil, envolvendo mais de 1000 pacientes onde se administra a droga a um grupo e não ao outro. Só se pode dizer que vidas são salvas se o grupo que recebeu a droga tiver menos mortes, após testes estatísticos. Se informe. Espero que nenhum familiar seu pegue "histeria"

  13. Que tem a ver a aparência do rapaz? Tens razão, não és infectologista, o texto apenas compila dados erráticos daqui e dali. Sem concatenação, sem sentido e que nã o chega a uma conclusão plausível ou ao menos coerente.

  14. O Sr. Tedros foi acusado de participar de um escândalo de corrupção na Etiópia, trouxe para ser diretora-assistente na OMS uma petista, já foi acusado de esconder epidemias na Etiópia (quando participou do governo comunista de lá) e de passar o pano na demora da China em divulgar o que realmente estava acontecendo lá. Foi também ministro das relações exteriores da Etiópia e tem excelente relações com "campeões nacionais" de medicamentos brasileiros da Era PT, da qual é fã... só coincidências?

    1. Essa mata a pau a polêmica. Jornalistaetido a besta deveria ler Alexandre Garcia....... 1 milhão o de leitores. Vale mais ler quem sabe informar. Certeiro este teu comentário.

  15. Uma dúvida que tenho é de como é que descobriram tão rápido que um remédio para tratar Malária é eficaz contra o coronavírus... os 30 outros que estão sendo pesquisados até dá para entender, já eram conhecidos contra outros tipos de coronavírus, nada mais natural... agora, um remédio para malária? Será porque o atual Diretor da OMS, membro de um partido marxista etíope, é um pesquisador da malária reconhecido internacionalmente e Presidente por anos de uma entidade que combate AIDS e... Malária?

    1. Meu caro Emerson...a cloroquina é um remédio desenvolivo a partir de uma substancia natural(quinino). Por ser muito antigo(anos 30) seus efeitos colaterais são bem conhecidos. Eu fui curado de malária, há mais de 50 anos com esse fármaco. Portanto, sua aplicação contra os corona pode ser acelerada, já que não demanda pesquinsa, nem patentes e é de custo baixo...

  16. Mário, você poderia dar a fonte da informação de que pacientes que morreram e/ou foram para a UTI foram retirados da experiência? Obrigada!!

  17. Cada um com sua loucura! Quantas matérias são escritas para atender interesses, quantas sentenças injustas são proferidas no dia a dia nos tribunais, quantas leis são criadas na calada da noite, isso mata tanto quanto as opiniões desse francês!

  18. Gostei do JOSÉ abaixo citando G. K. CHESTERTON... Na semana passada já critiquei o MARIO (a Crusoé não me permite copy-&-paste).

  19. Parabéns Mário.. em tempos que sou criticado quando, como eleitor de Bolsonaro tento fazer críticas construtivas e, recebo em troca críticas que lembram a Alemanha Nazista ou o Petismo (tudo a mesma M...), sua colocação foi muito bem feita!

  20. Por coincidência recebi essa entrevista do Le Monde, de uma amigo que é duvidoso em fake news! Fui pesquisar se eh verídica, e encontrei sua matéria! Obrigada pelo texto, como sempre excelente! Me ajudou muito, em minhas conclusões!

  21. Conclusão: já que ele questiona o aquecimento global, deve ser terraplanaram e consequentemente a cloroquina não funciona. PS: mas se eu tiver COVID dá cloroquina pra mim, tá. Francamente, Mario Sabino...

    1. E só contribuiu com mais besteira Mário. Quem escreve deve considerar a espectativa do leitor. Para ser tarimbado em sutilezas jornalísticas tem que ter mais estilo e conhecimento. Sinto em dizer, mas ainda não chegou lá.

    2. A situação toda é irônica, Regis, a intenção do artigo foi mostrar esse aspecto.

  22. https://www.oantagonista.com/brasil/tratamento-com-hidroxicloroquina-e-azitromicina-tem-sucesso-em-mais-de-50-pacientes-da-prevent-senior-mas-quarentena-e-essencial/

    1. Mario, seu avião está caindo, sem chance de pouso. Você prefere pular com um paraquedas que não testaram ou sem paraquedas? E, afinal, qual foi mesmo o objetivo do seu artigo?

  23. Gostaria muitíssimo que a revista Crusoe permitisse o uso de copiar/colar... Assim não perderíamos tempo de mostrar aos eleitores comentários pertinentes...

  24. Ridículo querer minimizar um pesquisador reconhecido e um dos estudos sobre o mecanismo de ação da hidroxicloroquina na inibição da replicação do vírus encapsulados. Dá uma preguiça ver que nestes tempos de internet todo mundo se acha especialista para aplaudir ou criticar o que lhe convém por convicção.Não se cala e vai estudar.Estou aqui em mãos com 117 artigos científicos de pesquisadores do mundo inteiro não só deste com estudos de mecanismo de ação e usos em diversas infecções virais .

    1. Ué? Cadê meu comentário que estava aqui? Havia um do Marco e o meu. Sumiram os dois. Eram críticas ao articulistas mas não eram desrespeitosas. Será que foi interferência de algum patrocinador doriano?

    2. Marco, o artigo é pura manobra diversionista. Tirando as citações prolixas para afetar profundo conhecimento e cultura, não sobra nada

    3. Pois é.... O artigo é ridículo e sem pé nem cabeca. Tambem não sei aonde ele queria chegar... Acho que nem ele mesmo sabia!

  25. Senso de humor, nota 10! muito bom seu texto... sobre as loucuras do medico cientista, eu estou com ele e espero que a cloroquina de fato traga os efeitos esperados...

  26. Colson, P., Rolain, J. M., Lagier, J. C., Brouqui, P., & Raoult, D. (2020). Chloroquine and hydroxychloroquine as available weapons to fight COVID-19. Int J Antimicrob Agents, 105932.

  27. Gao, J., Tian, Z., & Yang, X. (2020). Breakthrough: Chloroquine phosphate has shown apparent efficacy in treatment of COVID-19 associated pneumonia in clinical studies. Bioscience trends.

  28. Mário, gostei mas, por favor, não fale sobre camada de ozônio , dos tais buracos sazonais e principalmente sobre sua relação com a temperatura. Vc pode não acreditar mas o cientista maluco está certo.

    1. Mário Sabino se baseou numa matéria do jornal esquerdista Le Monde. O pior é que no mesmo dia o Ministério da Saúde francês homologou o tratamento. O Dr.Raoult é polêmico mas respeitadíssimo.

  29. asim como foi obrigado a ler O Capital leio seus post ( porque´pago !) porque´para poder julgar as incongruencias que se espalham nestes tempos tem que ler! Una lata ! dirian los que hablan castellano , ya que textos prolixos são para feuilletons. Quem elogia o Monde tera´suas razoes. Utilizando el dicho de Jorge Bergoglio((quien como buen peronista se encarregara de destruir el Vaticano!) : ¨quien soy yo para judgar¨, aconselho ler o Figarovox. Como diria Becaud : l important c´est la rose.

  30. Estou c 71 anos e tomei cloroquina pura por 5 anos sem efeitos colaterais.A limitação e q não pode tomar sol p não afetar a vista.Mas poucos sabem disso daí terem ocorrido problemas.Mas não e eficaz p todo mundo e para mim,no período, foi bom, até parar de funcionar.Pode tomar pq apesar da idade trabalho até hoje e só tenho vista cansada.

  31. Você se supera! Formidável! Não que seja muito, mas merece meus aplausos. Acabei de ler e me peguei sorrindo... já nem sabia como era isso!

  32. Li ainda em fevereiro na revista digital Futurism a declaração de médicos Chineses que estavam utilizando em testes a Cloroquina junto com outras drogas como suporte no enfrentamento da covid-19 em clientes críticos, com sucesso em 70% dos casos, diminuindo o tempo dos pacientes em internação de 11 para 4 dias, ainda numa amostra pequena. Dito isto, em paralelo a estudos mais profundos, para aqueles pacientes graves não deixa de ser uma alternativa colocar uma pílula na boca do paciente.

  33. Bom artigo do Mário Sabino como sempre. Começa com a afirmação de que todos viraram infectologistas e completo: epidemiologistas também. O estigma da imaturidade num assunto é a falta de senso de proporção e isso vale para jornalistas, médicos, engenheiros etc. Não sei onde muitos jornalistas foram achar que "os especialistas" recomendam o isolamento generalizado. Sou da área e a maioria dos médicos que conheço, especialistas ou não, sabem que isso é um desastre sem benefícios significativos.

    1. Pois é, moça. 100% dos ditos especialistas, a quem consultei, são, de fato, lucidamente, contrários ao confinamento generalizado. Melhor que vc faça o mesmo para não dar com os "burros n'água" e emitir opinião desembasada. Alvaro Costa (brasilia/df)

    2. Antonio, qual a sua área específica? A sua observação de que "a maioria dos especialistas (quais???) sabe que o isolamento generalizado é um desastre sem benefícios significativos", é tão estranha e absurda, que eu gostaria de entender o embasamento científico para uma afirmação dessas.

  34. Adoro os artigos de editores que sob autoindulgência seletiva, alternam sarcasmo (daqueles que brotam de mentes iluminadas), mas cuja fonte esbanja ceticismo, ignorância, afinal fala sobre o que admite não entender, mas na hora de fazer o que lhe se exige o ofício, ele claudica... sonegando quem teria morrido pela substância que ao final e ao cabo ele tenta desacreditar. Deve ignorar o efeito placebo também, deve ser coisa de maluco, né editor maluco??

  35. Eu sou dessa área, aliás fiz até um seminário sobre antimaláricos no qual a cloroquina, óbvio, era parte. O caso é o seguinte: uma droga pode ter uma nova indicação descoberta ao longo da sua vida útil. Isso já aconteceu antes. Todavia, para apostar numa “cura” ainda é muito cedo. Mas pode ser um tratamento efetivo para casos muito graves. E isso vai dar subsídio científico para novos desenvolvimentos. Somos cobaias neste instante. Apenas isso. Aguardemos.

  36. Nessas horas a gente vê como jornalista é um bicho medíocre e inculto. Tudo que ele diz qualquer pessoa já leu na imprensa alternativa, com uma análise mil vezes melhor. Vocês jornalistas foram ultrapassados, não servem pra nada.

    1. Marcos....quando e se for a um analista,pode começar a conversa com ele falando da sua enorme inveja

  37. In extremis, até a "fosfo" do heterodoxo Dr. Raoult vai ser empregada. Eu mesmo não me negaria a experimentá-la como último recurso.

  38. A cloroquina e sua filha com um grupo hidroxila são duas "molequinhas safadas" (como diz meu amigo pesquisador). Estrutura medíocre (barata), com efeitos farmacológicos benéficos milagrosos. Imunossupressor equivalente ao MMF (molécula nobre e cara). Quem sabe tanta simplicidade molecular pode abater o inimigo arrogante? Mas, é preciso espírito científico no planejamento da pesquisa, na coleta e na análise dos dados. São imprescindíveis competência e HONESTIDADE.

  39. Menos, menos. Ser contrario a que a causa do aquecimento global não é de origem humana ou de que o buraco de ozonio é natural e nada tem a ver com os CFC não torna um sujeito um maluco. Sobre o segundo asunto nos anos 90 saiu um livro de vulcanólogos Le trous d'Ozone onde se demonstra que ele é natural e pode ser aumentado por emissões de vulcões antárticos.

    1. Não entendi o que o comentário do Jorge tem a ver com o comentário do Juan.

    2. Falou bobagem Te informa antes, por favor... As medicações liberadas passam sempre pelo crivo do FDA Anvisa etc Claro que em um número muito pequeno de casos elas podem demonstrar efeitos colaterais não descritos nas pesquisas que as tornam desaconselhadas para o uso terapêutico

  40. Sempre acreditei que alguns médicos receitam medicamentos que ainda estão em experiência. O paciente vai narrando o que sente - ou efeitos colaterais - e os médicos repassam aos laboratórios. Exemplo: medicamento para "prevenção" do Alzheimer. Acho que estão fazendo o mesmo agora. Tomara que não! Deus é maior!

    1. Jorge, pelo menos placebo não faz mal para o organismo, né?

  41. Deverias esperar os resultados em andamento , antes de criticar.... Todas as pesquisas começam “in vitro" d muitas delas se mostram eficazes “in vivo” Quanto à aparência, Sr Wilde.em quem votarias? Einstein ou Hitler?

  42. Caramba, sempre fico encantada com o quanto você escreve bem!!! Na crise, na hora do aperto, Deus salva, chás salvam, mandingas, cloroquina, até Maduro diz que salva, Cuba também descobriu a salvação! JB precisa da cloroquina para se salvar também. No fim, quem baterá o martelo será a pesquisa idônea.

  43. Vcs é malicioso Mário. Critica o cara pq se não for bom o tratamento com a cloroquina poderão destilar seu veneno e culpar os corajosos que assumem alguma posição na crise como culpados. Além de malicioso vc e o Diogo são covardes.

  44. O mais triste é ver o quanto de pessoas aqui colocaram a ideologia sobre a vida humana. Falam de fome generalizada em lugares com restrição há 3 dias e defendem experiências irresponsáveis com seres humanos só pelo desejo de falar que o político querido deles estava certo. Nada vale mais que a vida humana, mas para uns aqui a devoção à ideologia vale mais.

    1. O pessoal do “Gabinete do Ódio” está fazendo home-office.

  45. Assino esse jornal para ler materias informativas não opiniudas sobre assunto que jornalista não entende, mas se faz de entendido. Esse cientista frances tem bagagem para falar sobre esse medicamento, Você deveria apenas informar-nos, não tem bagagem para criticar. Veja o exemplo do Dr. Eneias Carneiro, enxergou que o Lularapio não passava de um bosta enganador, e só ele enxergou isso.

  46. Vi mais preconceito com a aparência e o jeito do cientista do que crítica técnica sobre o efeito do remédio. Em resumo, a matéria não acrescentou informação.

  47. Não podemos politizar um assunto tão sério Mas vms aos fatos. A cloroquina com azitromicina está tendo resultados promissores Na medicina é fato tbem que a indústria patrocina e banca experimentos e ninguém fala nada Acho que para o bem da humanidade se com protocolos ou não, loucura ou não vamos torcer pra dar certo e parar com mimimi.Tem muita gente boa estudando e fazendo protocolos para estudar esta droga.

  48. Sabino, em que pese o desserviço que esse Doutor Maluco presta ao quadro da pandemia, eu acredito na cloroquina. Razão: fui curado duas vezes de malária por esse medicamento, há mais de 50 anos. Efeitos colaterais? Uma leve intoxicação no figado, coisa que em três dias passou sem sequelas. Malária curada, era o que interessava. Hoje estou com 73 anos, nunca fui hospitalizado, mas acho que talvez venha a curar-me uma terceira vez, pela cloroquina.

    1. O pior efeito colateral talvez seja junto às industrias farmaceuticas: fármaco bom, barato, facil de produzir e que não pode mais ser patenteado.

    2. cloroquina me deu qualidade de vida tenho lupus faço uso continuo. tem efeitos colaterais mas são mínimos comparada aos benefícios.mas tem que prescrita pelos médicos .

  49. Sou da Amazônia. Quando criança, vó passava Copaíba em garganta inflamada. Andiroba em corte. Mastruz pra osso quebrado. Xarope de cupim para os pulmões. Não tinha testes, pesquisa in vitro e, isso é muito importante, patente. Ciência é progresso, mas não possui a exclusividade do conhecimento. No aperto, a gente pula 7 ondas, toma antibiótico com chá de ervas, faz terço e banho de sal. E ainda bem que é assim. Viva Dr Raoul, viva a cloroquina.

  50. Não sendo um expert em medicina, se não for para ajudar, não atrapalhe. E não é só a cloroquina, mas em conjunto com azitromicina.

  51. Uma pena que a maioria dos comentários politizem uma coluna tão bem feita. Obrigado Sabino por me distrair com textos sempre interessantes (principalmente agora nesta quarentena).

  52. A revista está p.r.e.o.c.u.p.a.d.í.s.s.i.m.a com o seu cancelamento. Tchau bozomerda, vá continuar a brigar com os fatos na puta que te pariu

  53. Inacreditável , que na teoria você e jornalista e na pratica farsante e criador de duvidas como toda a mídia moderna. Nao estudaste um terço do que este doutor estudou porem coloca em duvida o trabalho dele mesmo não sabendo distinguir vírus de bactéria ou protozoário. Faz o seguinte passa na ala hospitalar pega o Covid 19 e espera pela vacina. Fácil resolver o problema sem estar na linha de Frente ou acometido. Menos duvidas mais fatos e mais Jornalismo.

    1. Concordo! Irresponsável, esse texto. Pretensioso e preconceituoso também.

  54. Como meu comentário anterior não foi publicado insisto. A França acaba de autorizar oficialmente o uso da Cloroquina. Pode ler no Le Figaro. Vou para por aqui para ver se publicam.

  55. De qual caso você fala que pessoas morreram tomando cloroquina? Tá falando do casal americano que tomou produto de limpeza de piscina porque estava na composição escrito alguma coisa parecida com cloroquina? Até o momento não vi nenhuma notícia de quem tomou o REMÉDIO tenha morrido. Há suspeitas em torno dele porque ele não quer seguir os protocolos não porque ele é um charlatão. Quantas pesquisas dele foi detectadas fraude efetivamente?

    1. Entre em qualquer site de farmacologia e veja lista de contra indicações, toxicidade e efeitos colaterais da hidroxicloroquina.

  56. Sabino, tenho a maior saudade de tempos recentes, onde a maior especialidade dos brasileiros era o futebol e filas longas. Agora que todos viraram infectologistas, discutindo e negando os maiores especialistas na área, que são os americanos e os ingleses, dá tristeza na gente.

  57. Decepcionado. Li a matéria esperando encontrar algo factual contra esse médico, mas o que vi são críticas em relação a sua opinião sobre outros assuntos e da quantidade de artigos que ele produz, muitos de qualidade duvidosa. Serviço jornalístico da pior espécie.

  58. A Terra é plana. A COVID19 é um resfriadinho. Atletas não são afetados pelo Corona. Bolsonaro não foi infectado. Nada mais familiar a quem tem olhos para ver.

    1. O Didier Raoult fez um bom trabalho no que diz respeito a rickettsias e infecções intracelulares. Este estudo piloto não foi bem feito e muito menos bem analisado em seus resultados; é meio copiado de estudos chineses, dos quais tem mais de 20 em andamento.

    2. Perfeito, Fernando. Esse é o “povo de bem”, temente a Deus.

    3. Há varios estudos no mundo todo. Não pode querer aplaudir o estudo que confirma o seu desejo, tem que desejar que a ciência faça um bom trabalho. Existem várias drogas sendo testas, mas as tietes do Bolsonaro torcem pela cloriquina só porque ele falou dela, não torcem para que uma cura, qualquer que seja, seja encontrada. O objetivo dessas pessoas não é salvar vidas e voltar à normalidade, é poder lacrar na internet.

    4. Não. Isso é ação. Ou se inicia com alguma coisa ou vai ver a banda passar. Leia a bibliografia do doutor, depois podemos chamá-lo de louco.

    5. Que inação? Toda a comunidade científica séria está trabalhando mas com responsabilidade. Isso é desespero e oportunismo.

  59. Mario Sabino. Gosto realmente muito dos seus artigos. Na realidade, começo a ler a revista pela sua coluna. Contudo acho que você foi um pouco contaminado pelo Le Monde - que deixou de fazer parte de minha leitura assim como o El Pais e o DW - progressistas demais para minha visão de mundo. Le docteur Maboul é um grande estudioso, visionário, porém immodeste. Talvez isso, e son visage bizarre, o torne pouco palatável, em dias de politicamente correto.

    1. Pra quem não tem conhecimento técnico, nem foi ler sobre o médico, realmente nada irá entender. Não me surpreende.

  60. Excelente análise da situação. Parece que o objetivo do governo é esse mesmo, quem conseguir se safar, ótimo, quem não conseguir que desocupe logo a moita! Eu só fico com pena do dilema médicos que fizeram o juramento ( os que levaram a sério) diante do dilema de salvar vidas ou a economia. Sugiro uma entrevista com o virus , vamos ver quais são os planos dele - se é provocar um extermínio em massa ou uma reviravolta nos conceitos de economia!

  61. E o sábio do sabino não entendeu que a situação é extrema, é uma guerra contra um vírus e nessa situação precisam ser tomadas medidas que normalmente não seriam certas, como não fazer vários testes para aplicar a medicação, o sábio sabino ignora que não é porque atitudes extremas são tomadas em casos extremos que isso será normalizado para toda a vida. O sábio sabino se acha sábio , mas não passa de sabino

  62. Adeus Crusoé e antagonista. Acompanho o Antagonista desde 2015, indiquei para meu pai, amigos e familiares, mas não da mais. torcer para a tragédia e se alimentar disso para mim é podridão da alma,.

  63. Há dias venho me perguntando quem e o que está por trás desse medicamento que chegou a ser prescrito numa daquelas cenas grotescas protagonizadas na porta do Palácio onde até bananas são dadas para trabalhadores da imprensa. Anvisa e todos os especialistas sérios entrevistados pela mesma imprensa vilmente atacada são muito cuidadosos ao defender o uso dessa droga em pacientes acometidos gravemente. Agora ficou claro, tudo a ver com terraplanistas, gurus e cientistas do bananal do Vale do Ribeira

  64. Para sua melhor informação leia um jornal mais adequado do que a Folha, digo Le Monde. sciences La chloroquine pourra finalement être prescrite par les médecins hospitaliers MASCRET, DAMIEN OLIVIER Véran, le ministre de la Santé a tranché, la prescription de la chloroquine est donc possible à l’hôpital, si le médecin le juge utile, sans attendre les résultats des essais cliniques en cours. C’est ce qu’indique le décret publié jeudi au Journal officiel. Il précise que « l’hydroxychloroquine...

    1. Que sabido! Só faltou a tradução, que o senhor não deve saber. Além do mais, moramos em um país democrático, onde as pessoas tem o direito de escolher o que ler.

    1. Mário seu texto é primoroso na forma, mas peca no conteúdo. Não foi só na França. Mesmo êxito se deu na Espanha (Dra Marina), Italia, EUA(Dr Zelenko), India e Brasil(Ex: Drs Nize, Raissa, Zeballos,Uip, Wong,Zanotto, Piaui, Para e etc...). Omitir isso não é bom p debate. Abs

  65. Puxa a Crusoé se inspirando na Folha de SP, digo, Le Monde que é a mesma coisa para atacar um grande pesquisador. Ainda bem que o autor não é médico. Se fosse um charlatão não seria diretor. Na verdade trata-se de um "nobelisável", isto é passível de ser indicado para o prêmio Nobel.

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