Wajngarten omite informações sobre pay-per-view de Bolsonaro

O secretário especial de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, decidiu não detalhar quais são os canais pay-per-view e filmes extras contratados pelo Planalto por meio das empresas de TV por assinatura que atendem o Palácio da Alvorada, o Jaburu e a Granja do Torto, atual residência de Paulo Guedes. 

Por meio da Lei de Acesso à Informação, Crusoé pediu informações à Presidência sobre os serviços adicionais contratados para as residências oficiais.

Os 21 decodificadores espalhados pelo Alvorada -- um ponto principal e 20 extras -- consomem 307 reais em “serviços adicionais”, graças a um aditivo contratual assinado há um ano. No Jaburu, onde há oito pontos de TV, os adicionais custam 173 reais. Já na Granja do Torto, local em que existem 7 aparelhos, os extras somam 98 reais.

Em resposta ao primeiro pedido feito por meio da LAI, a Secom disse que precisava de mais tempo para a “análise de classificação de sigilo da informação solicitada”. Pouco depois, decidiu informar que “os serviços adicionais contratados dizem respeito aos conteúdos avulsos (pay-per-view) e pacotes de canais à la carte, oferecidos comercialmente pela operadora, podendo ser contratados por demanda, através do site e/ou portal da operadora, ou ainda através da plataforma Now”, sem esclarecer, no entanto, quais seriam esses adicionais.

Depois, Fabio Wajngarten reforçou a negativa: declarou que não identifica “elementos que justifiquem a reforma da manifestação anterior, pelo indeferimento do recurso, pelo fato de as informações custodiadas pela Secretaria Especial de Administração, com relação a descrição dos serviços do contrato com a Claro já terem sido prestadas nas respostas anteriores”.

Nas residências oficiais, Bolsonaro e Hamilton Mourão contam com todos os canais abertos locais, emissoras de notícias, esportes, variedades, programação infantil, filmes e séries, incluindo os pacotes Telecine e HBO.