Um gesto para estragar o "espetáculo” do Hamas
Refém libertada Liri Albag fez "gesto de vitória" ao lado de seus algozes

A refém israelense Liri Albag, libertada de cativeiro do Hamas junto com três mulheres soldadas, descumpriu uma ordem dos terroristas ao acenar com "gestos de vitória" em cima de um palco instalado na Praça Palestina, em Gaza.
Segundo o pai de Liri, Eli Albag, o grupo radical islâmico pretendia que as israelenses discursassem, o que acabou não ocorrendo.
"Disseram a elas para falarem. Então Liri e as outras meninas decidiram: "Não só vamos falar. Faremos gesto de vitória e estragaremos todo o show que eles planejaram", revelou o pai de Liri à Rádio 103.
Eli Albag contou que os terroristas mudaram de ideia e tiraram as meninas de cima do palco, após verem os gestuais delas.
"Quando Liri me contou sobre isso, ela disse: 'Pai, se eles tivessem me deixado falar, eu teria dito uma frase, em árabe: 'Meu nome é Liri Albag, e eu sou a Número Um'.”
As quatro reféns libertadas no último sábado foram Liri Albag, Karina Ariev, Naama Levy e Daniella Gilboa.
Elas sorriram para a grande multidão de terroristas armados do Hamas e retornaram para Israel.
Terror psicológico e físico
Durante os mais de 470 dias de cativeiro, os terroristas cuidaram das israelenses com uma combinação de terror psicológico e físico.
"Crianças foram separadas de seus familiares em alguns momentos, mulheres foram abusadas e estupradas. Portanto não podemos mensurar o sofrimento dos reféns. Uns sofreram mais fisicamente, outros psicologicamente e muitos sofreram das duas maneiras", disse o representante do Fórum das Famílias dos sequestrados e desaparecidos para o Brasil, Rafael Azamor.
Os terroristas tentavam tirar as esperanças dos reféns.
Diziam que Israel não tentaria resgatá-los ou que não se importava com eles.
As mulheres passavam dias em uma cela sem exposição à luz solar.
Uma das reféns foi submetida a uma cirurgia sem anestesia.
"As mulheres foram submetidas a vários tipos de torturas físicas e psicológicas. Diversas ex-reféns, libertadas em novembro de 2023 revelaram ter sofrido violência sexual e de gênero", diz o cientista político Igor Sabino.
Leia mais: "Dias de cativeiro"
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Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
2025-01-28 08:25:13Vamos lá, cadê os nossos representantes que defendem o Hamas? A comunidade das Universidades Públicas comentou algo sobre a libertação dessas mulheres versus a libertação das dezenas de terroristas?