Três meses após enchentes, nenhuma casa foi entregue no RS
Três meses e meio após o início das piores enchentes a atingirem o Rio Grande do Sul em toda sua história, nem o governo estadual nem o governo federal entregaram nenhuma das moradias prometidas aos afetados pelas chuvas. O levantamento foi feito pelo jornal Zero Hora, mais de cem dias após o início dos alagamentos...
Três meses e meio após o início das piores enchentes a atingirem o Rio Grande do Sul em toda sua história, nem o governo estadual nem o governo federal entregaram nenhuma das moradias prometidas aos afetados pelas chuvas. O levantamento foi feito pelo jornal Zero Hora, mais de cem dias após o início dos alagamentos que tomaram quase todos os municípios do estado.
O levantamento do jornal aponta que os números prometidos pelas autoridades públicas até o momento não dão esperanças aos milhares de desabrigados — nos dados mais recentes, era 8.800 no final de junho. O governo federal deve entregar 80 residências ainda em agosto. Nesta semana, o governo estadual deve entregar 30 delas, ainda em caráter provisório, na cidade de Encantado (RS).
A enchente afetou diretamente a vida de 2,3 milhões de pessoas que tiveram suas casas invadidas pelas águas. Ao menos 182 pessoas foram mortas, com outras 29 delas declaradas "desaparecidas" .
O governo gaúcho anunciou que iria investir quase 87 milhões em moradias definitivas e temporárias a pessoas de baixa renda no estado. De acordo com os números propostos pelo governador Eduardo Leite (PSDB) no início do mês passado, serão destinados 20 milhões de reais para a construção de 250 moradias definitivas e 66,7 milhões de reais para a aquisição de 500 casas temporárias para famílias que tiveram seus lares destruídos. No início do mês, o governador reuniu dezenas de entidades e empresários para doar 500 unidades habitacionais provisórias.
Já a União prometeu 1,1 bilhão de reais para a construção de 11 mil moradias a afetados no estado. Outros 200 milhões serão destinados ao Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS). O valor, segundo o governo federal, deverá permitir a construção de moradias populares, de até 150 mil reais, a pelo menos 1.300 famílias.
Leia, na Crusoé #314: Desprotegidos
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Comentários (4)
Amaury G Feitosa
2024-08-15 10:49:58Em terra de sapo de cócoras com ele e assim farei uma pergunta prá lá de cínica mas que neste pardieiro faz todo sentido ... OS DEZ POR CENTO DO GARÇON FORAM PAGOS ???
CARLOS HENRIQUE SCHNEIDER
2024-08-14 15:15:04No decurso da catástrofe, por falta de qualquer iniciativa melhor, enquanto voluntários se mobilizam por pura solidariedade, políticos ineptos fazem promessas na certeza de que nada será realizado. O RS teve 30% de sua infraestrutura destruída, levará décadas para arrumar o que poderia ser realizado em dois ou três anos. Enquanto isto o contribuinte é esfolado sem dó.
Pedro
2024-08-14 12:31:23Prezados, quem tem as chaves dos cofres e a maquininha de fazer dinheiro é o Governo Federal. Então, por gentileza, e como sugestão de pauta, vejam as últimas tragédias e o que foi prometido e o que foi realmente feito. Petrópolis, São Sebastião, como estão anos depois?
MARCOS ANTONIO RAINHO GOMES DA COSTA
2024-08-14 12:04:21COM ESSE DERRAME DE DINHEIRO, OS CORRUPTO ESTÃO RINDO ATOA.