Traquejo e articulação: os atributos que parlamentares esperam do novo ministro da Educação
No Congresso, a possível indicação do secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para o Ministério da Educação enfrenta resistência. Boa parte dos parlamentares acredita que, após o ápice dos desgastes entre a casa e o MEC, na gestão Abraham Weintraub, o ideal seria a escolha de um nome com “traquejo político” e “boa articulação”....
No Congresso, a possível indicação do secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para o Ministério da Educação enfrenta resistência. Boa parte dos parlamentares acredita que, após o ápice dos desgastes entre a casa e o MEC, na gestão Abraham Weintraub, o ideal seria a escolha de um nome com “traquejo político” e “boa articulação”.
Segundo aliados do paranaense, Feder é diplomático e sabe ouvir. Mas a falta de vivência do ambiente de Brasília e da realidade dos parlamentares não é bem vista. Deputados e senadores acham que o perfil ideal seria o de um político ligado à área.
“O ministério está em situação muito delicada, no meio do fogo cruzado. O governo precisa de alguém com grande experiência política, além do conhecimento técnico. Alguém que entenda como funciona o jogo de poder dentro do próprio ministério e na relação com outras instituições”, explicou de forma reservada um deputado bolsonarista.
O senador Izalci Lucas, do PSDB, que foi muito cotado para o cargo na época da transição entre Ricardo Vélez e Weintraub, participou de um evento ao lado do presidente Jair Bolsonaro na terça-feira, 23, e conversou com representantes do governo, como o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e com o próprio chefe do Planalto. Seu nome é bem visto por colegas, mas a filiação ao PSDB, partido do governador de São Paulo, João Doria, pesa contra ele.
“Antes alguém filiado ao PSDB sem relações com o Doria do que uma pessoa sem partido que é ligadíssima ao governador de São Paulo, como esse Feder”, minimiza um parlamentar bolsonarista. Renato Feder fez doações à campanha de Doria à Prefeitura de São Paulo em 2016, mas garante que, desde então, se afastou do tucano.
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