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Sippenhaft: a tática nazista usada pela ditadura de Nicolás Maduro

16.09.21 15:24

A Missão da ONU para avaliar a situação dos direitos humanos na Venezuela divulgou nesta quinta, 16, o segundo relatório para o Conselho de Direitos Humanos da ONU.

O texto de 212 páginas menciona a palavra tortura 161 vezes. Na página 141, há uma descrição de um método nazista usado contra um indivíduo que participou da Operação Gideão, um estranho episódio em que um grupo chegou de lancha à Venezuela em maio do ano passado com o intuito de derrubar o ditador Nicolás Maduro (foto).

Segundo o relatório, um dos réus que participaram dessa operação foi interrogado sob tortura no dia 8 de maio de 2020 na Direção Geral de Contrainteligência Militar, o temido DGCIM. Ele alegou ter sido asfixiado com um saco. Em uma das vezes, precisou ser levado a um hospital militar para ser reanimado.

Ele disse ao Tribunal de Controle que, depois de se recusar a fazer as declarações que eram solicitadas durante a sessão de interrogatório, funcionários da DGCIM disseram que aplicariam o ‘Sippenhaft’ (uma tática de castigo coletivo usado pelos nazistas), que consistia em prender seus parentes como forma de pressão“, diz o relatório.

O réu afirmou que funcionários do DGCIM mais tarde foram até sua casa e prenderam suas duas irmãs e seu cunhado, que ficaram detidos no DGCIM por 32 dias.

Na Alemanha nazista, a tática do Sippenhaft foi implementada por Heinrich Himmler, o chefe das SS, corpo paramilitar e de vigilância subordinado a Adolf Hitler. A ideia era de que a família deve compartilhar a responsabilidade por um crime cometido por um dos seus membros. O método foi usado contra familiares de membros das forças armadas e de conspiradores que tentaram matar Hitler em 1944.

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  1. É só o Maduro dizer que não sabia de nada, contrata o escritório do Zanin e manda o processo para o STF do Brasil, tudo tranquilo ,barbada.

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