Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Senado vai discutir cota de 30% de cargos na cúpula dos partidos para mulheres

01.09.20 16:42

O Senado Federal vai discutir uma proposta que reserva pelo menos 30% dos cargos em órgãos partidários para filiadas do sexo feminino. O projeto, de autoria da senadora Simone Tebet, do MDB, reserva ainda metade das vagas em órgãos de juventude dos partidos para mulheres.

O texto foi protocolado pela parlamentar esta semana e prevê que as legendas terão um prazo até 2028 para cumprir os patamares previstos no projeto. Em maio, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral analisou uma consulta a respeito da incidência da reserva de 30% de candidaturas femininas sobre a formação de órgãos partidários. Os ministros entenderam que é possível aplicar essa regra também na constituição de comissões executivas, diretórios nacionais, estaduais e municipais dos partidos.

A proposta de Simone Tebet altera a legislação eleitoral para transformar a reserva de vagas em uma obrigatoriedade para as agremiações partidárias. A sigla prevê até a dissolução de colegiados que não tenham a reserva de vagas para mulheres.

Para a senadora, a aprovação da cota para mulheres no comando de partidos “será um pequeno passo para uma grande transformação”. “A luta por uma sociedade mais justa e igualitária pressupõe a presença mais efetiva de mulheres em postos de comando e estabelecer a cota mínima dentro das estruturas partidárias vai, a médio e longo prazos, mudar o relacionamento interno nos diretórios, a forma de fazer política e a visão que a sociedade tem da política”, argumenta a senadora.

Em agosto, o MDB, sigla de Tebet, teve que fazer um acordo com o Ministério Público Eleitoral após descumprir determinação da legislação eleitoral sobre aplicação de recursos do fundo partidário em programas de incentivo à participação feminina em eleições. Como parte do acerto para se livrar de punições, o partido se comprometeu a investir este ano quase 5 milhões nesses programas. O acordo estabelece que pelo menos 30% dos cargos diretivos do MDB devem ser ocupados por mulheres.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. Vai gostar de cotas assim lá na China!!!! As mulheres, os negros, os homossexuais, são pessoas como qualquer outra e não precisam ser tuteladas. Participaram de qualquer atividade que lhes interessarem. Cotas criam excrescências e abre portas para corrupção.

  2. Projeto de Lei q vitimiza a mulher. Tenho certeza q a maioria das mulheres é contra isso! Só agrada as feministas de carteirinha!

  3. Esta é daquelas leis que são feitas para não serem cumpridas. A mulher precisa ocupar seu lugar independentemente de leis protetoras. Somos capazes e preparadas pra isto. Meritocracia é a palavra da vez.

  4. Absurdo e mais absurdo... Os cargos funcionais, profissionais, de carreira etc., devem ser providos levando -se em conta o talento, vocação, conhecimento, desprendimento etc., e NÃO considerando-se o gênero, raça, credo, religião etc. O CN continua a discutir subterfúgios ao invés de buscar reais soluções para os problemas brasileiros... Lastimável se ter em pauta cota, pois está é a solução demagógica dos problemas que não se quer resolver...

    1. Porque não diminuir o numero de partidos e partidecos ao invés de se meter na gestão desses. Haja autoritarismo!

Mais notícias
Assine agora
TOPO