Sem Flávio e Ciro, CPI ouve Queiroga sobre Copa América e 'ministério paralelo'
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (foto), presta esclarecimentos à CPI da Covid pela segunda vez nesta terça-feira, 8. A reconvocação deu-se graças à articulação do chamado G7, grupo dos sete parlamentares independentes e de oposição que integram a comissão, após a identificação de omissões e incongruências no primeiro depoimento do cardiologista. Não devem participar...

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (foto), presta esclarecimentos à CPI da Covid pela segunda vez nesta terça-feira, 8. A reconvocação deu-se graças à articulação do chamado G7, grupo dos sete parlamentares independentes e de oposição que integram a comissão, após a identificação de omissões e incongruências no primeiro depoimento do cardiologista.
Não devem participar da oitiva os senadores Ciro Nogueira, integrante da tropa de choque do governo na CPI, e Flávio Bolsonaro, que, embora não faça parte do colegiado, costuma acompanhar as inquirições mais sensíveis ao Planalto. Os dois viajaram aos Estados Unidos na comitiva liderada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, para tratar da implementação da tecnologia 5G no Brasil.
O G7 promete pressionar Queiroga a dar explicações sobre a Copa América, que terá início no país no próximo domingo, 13. Os parlamentares querem que o ministro esclareça se a pasta por ele comandada chegou a pedir ao presidente Jair Bolsonaro que o Brasil não sediasse o torneio diante do risco de uma terceira onda da pandemia e do baixo percentual de vacinados contra a Covid-19.
Os congressistas ainda querem mais detalhes sobre o protocolo que será adotado para preservar a saúde das delegações e dos demais profissionais envolvidos no evento, bem como para evitar a propagação de novas cepas do coronavírus. As medidas que visam a segurança sanitária foram anunciadas pelo ministro na noite de segunda-feira, 7, e incluem, por exemplo, a testagem diária, mas não a vacinação obrigatória.
Queiroga já deu outras declarações públicas sobre a Copa América. Disse, por exemplo, que "não compete" ao Ministério da Saúde decidir sobre a competição, pois o evento é privado. Além disso, o médico afirmou não ver “riscos adicionais” na realização do torneio, posto que o país tem recebido partidas nacionais e internacionais há meses.
A autonomia de Queiroga frente ao ministério e a suposta existência de um “aconselhamento paralelo” a Bolsonaro também voltarão à pauta. O cardiologista já falou sobre os dois temas. Os senadores, porém, asseguram que os depoimentos realizados nas últimas semanas forneceram mais elementos para pressionar o ministro por respostas mais claras.
Os congressistas farão menção ao caso da infectologista Luana Araújo, escolhida por Queiroga para comandar a Secretaria Extraordinária de Combate à Covid-19. A médica teve a nomeação barrada pelo Planalto e, em depoimento à CPI, afirmou que a "polarização esdrúxula" e a "politização incabível" afugentam bons nomes do governo federal.
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Comentários (3)
Bevi
2021-06-08 12:14:41"Esclarecimento", "incongruências"? Queiroga é médico. Os inquisidores, políticos da pior espécie. Que histeria!
KEDMA
2021-06-08 09:29:50Se não é da competência do MS proibir a Copa América aqui no Brasil, então é competência de qual órgão? O STF?
Carlos
2021-06-08 08:13:31politicagem incabivel é a dessa cpi.