ONU

Rússia e Ucrânia disputam versões no Conselho de Segurança da ONU

17.02.22 17:31

O Conselho de Segurança das Nações Unidas iniciou nesta quinta, 17, uma reunião para tentar reduzir as tensões entre a Rússia e a Ucrânia.

No encontro, o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Vershinin (foto), acusou a Ucrânia de não respeitar os Acordos de Minsk, assinados em 2014 e 2015.

Estamos pensando cada vez mais que a implementação dos Acordos de Minsk não é algo que está nos planos de nossos vizinhos ucranianos. Sete anos depois, está claro que nenhuma das disposições do pacote de medidas foi implementada na íntegra pela Ucrânia, começando pela primeira, o cessar-fogo”, disse Vershinin.

Por outro lado, a Ucrânia, os Estados Unidos e outros países ocidentais culpam a Rússia por não respeitar os Acordos de Minsk.

Assinados entre Rússia, Ucrânia, Alemanha e França, esses acordos tinham como objetivo acabar com os embates armados nas regiões de Luhansk e Donetsk, que deixaram mais de 14 mil mortos desde abril de 2014.

Pelo documento, a Ucrânia admitiu que Luhansk e Donetsk eram regiões controladas por separatistas russos. Os territórios teriam mais autonomia e poderiam realizar eleições. A Rússia reconheceu que as regiões faziam parte da Ucrânia. Todos concordaram que forças estrangeiras e mercenários deixariam a área.

Na manhã desta quinta, 17, dezenas de pontos de Luhansk foram atacados por fogos de artilharia, incluindo uma escola de jardim de infância. O governo da Ucrânia culpou os separatistas apoiados pela Rússia, cujo governo apontou o dedo para a Ucrânia. “A Rússia tem acusado a Ucrânia de não respeitar os Acordos de Minsk, e vice-versa“, diz o cientista político Volodymyr Kulyk, do Instituto de Estudos Políticos e Étnicos da Ucrânia.

O primeiro passo para inviabilizar o acordo, contudo, foi dado pela câmara baixa do Congresso russo, a Duma. Na terça, 15, os parlamentares aprovaram uma resolução pedindo que o presidente russo Vladimir Putin declare Luhansk e Donetsk como estados soberanos e independentes.

Caso Putin faça isso, será o fim dos Acordos de Minsk, porque o texto afirma que essas regiões fazem parte da Ucrânia“, diz Kulyk. “Aí ficará bem claro que a Rússia não pretende dar espaço para a diplomacia.”

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  1. 1- Putin só encontra apoio nos líderes autoritários, como ele. Bolsonaro se alinhar ao russo, chegando ao ridículo de insinuar que interferiu na solução do conflito, é de uma imbecilidade descomunal. A verdade é que o capitalismo americano, derrotou o comunismo russo. Microsoft, Google, Apple, Amazon, Facebook, Tesla... mostram a pujança do capitalismo na veia. Alibaba, Baidu... demonstram que até China, recebeu uma transfusão do sangue verde do dólar.

    1. 2- Bolsonaro deixou o seu DNA na Rússia. Mas o DNA comunista da Rússia, jamais será disseminado aqui no Brasil, pois já temos muito disso em Cuba, Venezuela e Nicarágua. FORA BOLSONARO COMUNISTA. Liberdade Econômica. Moro Presidente 🇧🇷

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