Quando até a maconha entra na guerra de Israel
Ao entrar no quarto mês, a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza trouxe um efeito colateral inesperado para os israelenses: o país pode acabar sem haxixe, a resina de maconha. O motivo seria o boicote de traficantes israelenses ao país, devido à guerra contra os terroristas árabes. Segundo o portal israelense Mako,...
Ao entrar no quarto mês, a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza trouxe um efeito colateral inesperado para os israelenses: o país pode acabar sem haxixe, a resina de maconha. O motivo seria o boicote de traficantes israelenses ao país, devido à guerra contra os terroristas árabes.
Segundo o portal israelense Mako, os traficantes marroquinos — considerados os mais requisitados do mundo, devido à qualidade das drogas plantadas nas montanhas do Rife, no norte do país — decidiram cortar negócios com seus pares israelenses, e as razões seriam puramente políticas.
Tal como em países como o Afeganistão — que por décadas teve no ópio seu principal produto de exportação — o Marrocos teria uma cultura leniente com as centenas de toneladas e bilhões de dólares movimentados com o haxixe marroquino.
O jornal israelense, em uma decisão questionável, entrevistou pessoas que atuam no tráfico entre os dois países e apurou que o boicote não deve afetar economicamente os negócios: "Centenas de toneladas de maconha são vendidas a traficantes de drogas na Europa e na Escandinávia", explicou um, dizendo que não menos que uma tonelada chega aos portos israelenses.
O haxixe marroquinho, no entanto, é altamente valorizado em Israel, chegando a 300 mil Shekels (405 mil reais) o quilo segundo o jornal. Outro traficante indicou ao jornal — anonimamente, claro — que nem intermediários dos traficantes marroquinos querem saber de israelenses. "Eles decidiram que por causa da guerra eles estavam boicotando-nos. Desde a guerra, perdemos muito dinheiro. Dezenas de milhões de shekels, pelo menos", dissera,.
Um marroquino deu igual explicação ao jornal. "Por que os israelenses podem ganhar a vida vendendo cannabis marroquina quando nossos irmãos palestinos sofrem de fome e vivem em condições desumanas?", disse o criminoso ao jornal israelense. "Vá comprar em outro lugar."
Leia mais em Crusoé: Netanyahu rebate última proposta de cessar-fogo do Hamas
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Comentários (2)
Carlos Renato Cardoso Da Costa
2024-02-11 06:43:50Certamente que agora a guerra acaba. Pqp...
Marcia Elizabeth Brunetti
2024-02-10 17:54:51Realidades não contadas soam até mal, mas precisam ser contadas.