Primo de Roberto Dias está 'assustado' e nega guardar dossiê
Ex-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias, primo do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias (foto), afirma estar assustado e nega guardar qualquer tipo de dossiê elaborado pelo familiar. Ronaldo se reveza entre casas localizadas em Portugal e na Espanha desde que deixou o comando do laboratório público baiano, há dois anos. Crusoé obteve uma...
Ex-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias, primo do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias (foto), afirma estar assustado e nega guardar qualquer tipo de dossiê elaborado pelo familiar.
Ronaldo se reveza entre casas localizadas em Portugal e na Espanha desde que deixou o comando do laboratório público baiano, há dois anos. Crusoé obteve uma manifestação do primo de Dias por meio de um homem que atuou como assessor à época em que ele presidia a Bahiafarma.
“Ele me ligou hoje (nesta sexta-feira) seis da manhã. Ele entrou em contato e falou: ‘Me ajuda aí. Eu não sei o que fazer. Se tem dossiê, se não tem dossiê, para mim não importa. Só sei que eu não tenho. Eu não tenho nada a ver com isso e não quero ter nada a ver com isso’”, contou o ex-assessor, que conversou com Ronaldo a pedido de Crusoé e pediu para ter o nome preservado.
Ronaldo disse ao ex-assessor que tem contato com Roberto Ferreira Dias, mas argumentou que as conversas não são frequentes. “Falo com ele assim como qualquer pessoa fala com um primo’”.
A versão de Ronaldo, porém, contradiz o que o próprio primo dele comunicou à cúpula da CPI da Covid, formada por Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues. Conforme mostrou Crusoé em sua mais recente edição semanal, antes de prestar depoimento na quarta-feira, 7, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde procurou os senadores dizendo ter informações bombásticas para detonar na oitiva.
As revelações, segundo ele, haviam sido reunidas em um dossiê cujas cópias foram enviadas a Ronaldo. O papelório, de acordo com Roberto Ferreira Dias, conteria provas de que os ministros Braga Netto, ex-Casa Civil e atual titular da Defesa, e Luiz Eduardo Ramos, ex-Secretaria de Governo e atual Casa Civil, pressionavam os integrantes do Ministério da Saúde a receber os intermediários das vendas de vacinas, num processo já reconhecidamente para lá de sujo.
Na madrugada anterior ao dia do depoimento de Roberto Dias, no entanto, enviados especiais do governo entraram em cena para evitar que o material – ou ao menos as informações nele contidas – viesse à tona. Entre eles, o senador Ciro Nogueira, expoente do Centrão que ajudou, ao lado de Ricardo Barros, a chancelar Roberto Dias na Saúde, e o próprio general Ramos, um dos alvos do dossiê.
Diante da promessa de proteção, Roberto Ferreira Dias omitiu o conteúdo do dossiê durante o depoimento à CPI e mentiu reiteradas vezes, o que levou Aziz a decretar sua prisão por perjúrio. O ex-diretor de Logística foi liberado cinco horas depois, mediante pagamento de fiança.
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Comentários (4)
PAULO
2021-07-10 11:21:39A TEIA vai ficando cada vez mais interessante. Agora os generais Braguinha e Luiz Eduardo Ramos aparecem. Será que o ataque do Braguinha, Ministro da Defesa, à CPI, já é um sinal do que vem pela frente? E esse cel Marcelo Blanco, que era assessor no Ministério da Saúde, saindo do ministério e abrindo uma empresa dias antes da reunião com chopinho, cujo tira gosto foi o acerto de propina, em 400 milhões de doses, com o cabo vendedor da "AstraZenica"? Eu nasci a noite, mas não ontem a noite.
Wilmar
2021-07-10 08:41:29Forte candidato a “suicídio”
Sônia Adonis Fioravanti
2021-07-09 16:06:48PASSAR POR CARGOS PÚBLICOS É ALTAMENTE LUCRATIVO :casa em Portugal e ESPANHA ,haja cuecas
Antonio V Nascimento
2021-07-09 14:48:20É um verdadeiro angu de caroço!