Prevent Senior: médico confirma que era obrigado a prescrever Kit Covid
Ex-funcionário da Prevent Senior, o médico Walter Correa de Souza Neto (foto) confirmou a denúncia de que os profissionais contratados pela operadora não tinham autonomia e eram obrigados a prescrever o "Kit Covid", formado por medicamentos ineficazes contra o novo coronavírus, como hidroxicloroquina e azitromicina. Walter atuou nas unidades da Prevent Senior como plantonista no...
Ex-funcionário da Prevent Senior, o médico Walter Correa de Souza Neto (foto) confirmou a denúncia de que os profissionais contratados pela operadora não tinham autonomia e eram obrigados a prescrever o "Kit Covid", formado por medicamentos ineficazes contra o novo coronavírus, como hidroxicloroquina e azitromicina.
Walter atuou nas unidades da Prevent Senior como plantonista no pronto socorro. Ele presta depoimento nesta quinta-feira, 7, ao lado de Tadeu Frederico Andrade, paciente que declara ser uma "testemunha viva" da "política criminosa" da operadora.
O médico classificou a submissão dos pacientes ao chamado "tratamento precoce" como uma "política institucional" da Prevent. "Eu não me lembro exatamente se foi no final de março do ano passado ou começo de abril, mas eles instituíram um protocolo institucional, e daí iniciou a determinação para que a gente prescrevesse essa medicação. E, não lembro se foi exatamente ou um pouco depois, os kits com a medicação começaram a ser disponibilizados, colocados em consultório...", narrou.
O senador petista Rogério Carvalho, então, indagou: "A pergunta é: era obrigatório?". Walter, então, respondeu que sim. "Havia autonomia do médico?", prosseguiu o petista. "Não, definitivamente não", disse o médico.
Walter destacou que tentou se recusar a realizar as prescrições, mas foi repreendido pelos superiores. "Depois de um tempo, os médicos começaram a ter mais resistência e houve uma cobrança maior de se prescrever isso", pontuou. "Às vezes, alguns colegas conversavam com especialistas, ligavam para infectologistas. E perguntavam: 'O que eu faço? Poxa, vou prescrever isso mesmo? Não vale a pena'. O relato de alguns era que o infecto dizia: 'Não tem mesmo muita evidência, mas você gosta do trabalho? Se sim, continua prescrevendo'".
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (4)
Sonia
2021-10-07 17:44:44Bando de genocidas esses empresários da Prevent Sênior. Li a história de como os irmãos começaram a vida empresarial , compraram uma ambulância onde um dos irmãos q é médico atendia e outro a dirigia . Agora está explicado como se enriqueceram tão rapidamente!!!!
ANA MARIA RODRIGUES DE OLIVEIRA
2021-10-07 16:07:21Que tristeza vi pela TV o depoimento do médico e faltando do paciente. Tem fechar e punir esses criminosos 😢😢😢😢
Jose
2021-10-07 13:46:45Precisa de alguma prova mais para fechar esta empresa bozista e genocida?
Silvana
2021-10-07 13:17:40A autonomia do médico é cada dia menor. Essa é uma realidade sabida, porém não há interesse em se questionar grandes redes hospitalares, em especial as multinacionais. A sênior extrapolou - e justamente em um tema sensível - caindo na mídia.