Foto: Defesa Civil de Porto Alegre via Twitter

Porto Alegre, a três dedos da inundação

27.09.23 11:49

Porto Alegre olha com atenção, desde esta terça-feira (27), para as réguas instaladas às margens do Guaíba, o rio que margeia a cidade de 1,33 milhão de habitantes. Hoje, as réguas do cais Mauá, em frente ao centro da cidade, marcam 294 centímetros.

A cidade está, portanto, a seis centímetros de ver uma inundação completa de cartões postais como o Mercado Público e o Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Apesar de o sistema de comportas do Guaíba ter sido totalmente fechado nesta terça-feira (26), a cidade espera por uma inundação que alcance grande parte de sua região central.

Em locais mais afastados, o nível está ainda mais crítico, quase um metro acima da cota de alerta da Defesa Civil. É o que acontece nas ilhas do arquipélago que margeia a cidade, onde vivem comunidades mais pobres e que já estão embaixo d’água. Em bairros nobres como o Ipanema, as águas do rio já invadiram a orla, que acabou fechada ao público em toda a cidade.

Porto Alegre sofre com os efeitos de inundação causada pela passagem de um novo ciclone pelo litoral gaúcho — o estado vem sofrendo com mortes e perdas causadas pelas fortes chuvas de seguidos fenômenos do tipo, amplificados pelas mudanças climáticas. Até o momento, uma morte foi registrada na capital gaúcha, após o corpo de um homem ser encontrado às margens do rio.

O prefeito da cidade, Sebastião Melo (MDB), pediu que os deslocamentos pela cidade sejam minimizados durante o período de chuvas. Além disso, ele pediu que os moradores do arquipélago — o conjunto de ilhas mais afetado pelas inundações — aceite o acolhimento da Defesa Civil e das autoridades municipais.

O governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), está em Brasília nesta quarta-feira. Ele deve ser recebido para uma audiência com Lula às 15h30, no Palácio do Planalto, em um esforço do petista para recompor as caneladas que deu ao não destinar a devida atenção às enchentes do estado (ele ainda não foi ao estado).

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  1. O RS está sofrendo as consequências de dois ciclones: um, propriamente dito, e o outro, que se encontra morando no Palácio desde janeiro de 2023. Contra esses dois pouco se pode fazer…

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