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Por que o apoio a Boris Johnson cresceu no Reino Unido

11.12.19 17:38

Quando Boris Johnson (foto) assumiu como primeiro-ministro, no final de julho, o apoio ao Partido Conservador estava em 28%. Às vésperas da eleição desta quinta-feira, 12, a intenção de voto no partido está em 43%. Segundo as pesquisas, o Partido Conservador deve conseguir 339 cadeiras no Parlamento, pouco mais do que as 326 necessárias para obter maioria.

Grande parte da força do Partido Conservador está na figura de Boris Johnson. “Ele tem muito apelo, especialmente entre os apoiadores do Brexit. Também tem sido muito eficiente em dizer aquilo que as pessoas querem ouvir e em minimizar as inúmeras controvérsias associadas a ele”, diz Christopher Stafford, do Centro de Pesquisa Britânica da Universidade Nottingham. Johnson tem prometido que, após o Brexit, ele usará o dinheiro que era destinado à União Europeia na construção de hospitais e que irá dificultar a entrada de trabalhadores não qualificados no país. Também afirmou que a comemoração com a saída do bloco será tão animada que levará a um salto no nascimento de bebês.

Outro fator que tem contribuído para o Partido Conservador é a impopularidade de Jeremy Corbyn, o líder do Partido Trabalhista. Corbyn tem sido frequentemente acusado de antissemitismo e tentado levar seu partido mais para a esquerda, afastando eleitores moderados. Ele quer nacionalizar concessionárias públicas, fortalecer sindicatos e dar 10% das ações das grandes companhias para seus funcionários.

Um terceiro aspecto que tem ajudado os conservadores é o enfraquecimento do Partido Brexit, de Nigel Farage. De 22% das intenções de voto em meados do ano, o Partido Brexit caiu para 3%. Em novembro, Farage decidiu que seu partido não lançaria candidatos nos distritos dominados por conservadores, para não dividir os votos a favor do Brexit. “O Partido Brexit efetivamente desapareceu como uma força política nacional desde que abandonou a competição nos distritos conservadores”, diz Matthew Cole, professor da Universidade de Birmingham.

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  1. O Reino Unido vê o que acontece na França e sabe que uma Margareth Thatcher não se encontra fácil por aí. Melhor se manter distante de ideais "progressistas". Eles sabem também que o socialismo funciona muito bem e destrói tudo por onde passa.

  2. Aliás, a primeira coisa que um “bonzinho” que é contra as pessoas morarem na rua deveriam fazer não é oferecer suas residências para os sem-teto. Pergunta quantos “bonzinhos” estão dispostos a abrir suas casas para moradores de rua. O buraco é mais embaixo, no discurso tudo é fácil, o difícil é fazer.

  3. Então o que os bonzinhos fazem? Convidam todo mundo para a festa, mas na hora de arrumar a bagunça, eles vão embora e deixam a conta para os demais. Quer dizer que não pode ter imigrantes? Não, quer dizer que a conta tem que fechar. Se o sujeito vai utilizar serviços públicos, então que ele tenha capacidade de arcar com os custos. Ou então que os “bonzinhos” paguem por ele do seu próprio bolso. Mas pergunta se eles querem isto. “Bondade” só é bom quando é com o dinheiro alheio.

    1. A questão dos imigrantes/emigrantes, tem que ser melhor ponderada, só emigra quem tem recursos, geralmente também são os melhores em termos de formação escolar, logo a emigração cria 2 problemas, desfalcam financeiramente suas regiões e causam apagão de gente qualificada, o que por vez gera um efeito cíclico de perpetuação da pobreza...as vzs guando achamnos q estamos fazendo o bem, estamos criando um outro maior ainda...esse é apenas um ponto de vista, que gostaria q fosse levado em conta.

  4. Pq todo mundo é obrigado a pagar pela solidariedade alheia. Se há sem tetos, pq os “bonzinhos” não se cotizam e pagam tudo do próprio bolso? Não, a conta tem que ser integralmente da sociedade. Claro que isto é insensível e estupido, pois nenhum cidadão nos estratos superiores de renda pode se achar totalmente seguro. Mas uma coisa é pagar pelo seu concidadão, outra é pagar, por exemplo, para imigrantes. Só que se a solidariedade não for ilimitada, vc não pode ser realmente “bonzinho”.

  5. Não necessariamente se trata de dizer o que as pessoas querem ouvir, mas dizer o que os outros não tem coragem de dizer sem soar completamente insensível e repulsivo. Sobretudo pq o segmento “bonzinho” da sociedade sempre quer fazer bondades, mas na hora de pagar a conta eles saem de fininho e vão no banheiro, são sempre os banqueiros, os capitalistas malvados que tem que pagar. Mas surpresa, como estes não são trouxas e podem simplesmente ir embora, a conta sempre fica pro grosso da sociedade.

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