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Política chinesa de ‘Covid zero’ acarreta morte de dois bebês em Xian

05.01.22 15:31

A cidade chinesa de Xian, de 13 milhões de habitantes, foi submetida a um lockdown há treze dias após a descoberta de três casos de Covid. O comércio foi fechado e moradores só podem sair de casa com autorização especial. Para sobreviver, eles têm trocado alimentos entre si.

Esta semana, um vídeo publicado nas redes sociais mostra uma grávida de oito meses sentada do lado de fora do Hospital Xian Gaoxin (foto), com sangramento nas pernas. A mulher não pôde entrar imediatamente na clínica porque seu teste de Covid tinha expirado há quatro horas. Ela só foi admitida depois que a hemorragia piorou muito. “O bebê morreu no útero depois de oito meses de gravidez porque o atendimento atrasou“, diz a sobrinha da paciente, no vídeo.

Outra grávida, de sobrenome Wang, publicou nesta quarta, 5, uma mensagem dizendo que foi recusada em diversos hospitais, mesmo com sangramento, no dia 29 de dezembro. Ela só foi atendida após fazer um teste de Covid, mas teve de abortar.

Após a repercussão negativa dos casos, o governo de Xian anunciou que hospitais devem atender a grávidas em situação de risco.

Covid zero

A estratégia chinesa, apelidada de “Covid zero“, tem sido a de fechar totalmente as cidades assim que os primeiros casos aparecem. O método funcionou para conter os casos da variante original, que foi detectada em Wuhan no final de 2020, mas está sendo menos eficaz para conter a cepa Delta, mais transmissível. Após duas semanas de confinamento, Xian registrou 95 novos casos na última terça, 4.

Considerando que a variante Ômicron se espalha ainda mais rapidamente, a dificuldade para conter a disseminação do vírus tende a aumentar.

A China tem usado vacinas com vírus inativos, as quais apresentam uma eficácia em torno de 50% para casos leves. Mas essas vacinas alcançam um desempenho melhor para evitar os casos graves. Elas podem ser bem-sucedidas se forem combinadas com medidas não farmacológicas, como o distanciamento entre as pessoas“, diz o infectologista José David Urbaéz, da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Na ditadura chinesa, contudo, há um risco constante de que tais medidas acabem se tornando rígidas demais, passando por cima dos direitos individuais. “Medidas de restrição de circulação existem para proteger a população. Mas elas não eliminam, de maneira alguma, a abordagem das emergências médicas com gestantes ou infartados. Os protocolos de emergência devem seguir funcionando normalmente“, diz Urbaéz.

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    1. Quem dera fosse você um desses bebês, seu gado mald.ito. Ria mesmo, seu ver.me

    1. Realmente essa Maria já ultrapassou os limites da chatice.

    2. O que o Moro tem a ver com bebês no interior da China, mulher?

  1. Amostra prática de como os dois extremos ideológicos idiotizantes são nefastos com o povo. Na China comunista o lockdown é total e grávidas perdem os bebês por hospitais se recusarem a atender. No Brasil do Bozo Direitista Desmiolado temos a protelação criminosa da vacinação de crianças com consequências nefastas e mortíferas para a população. Dois extremos, Dois Estrumes, Dois Cânceres, mas iguais em fazer o povo morrer e sofrer... Bolsonaro e Lula são gêmeos siameses, uma simbiose da morte.

  2. Quer dizer, na China, onde ninguém pode recusar tomar a vacina, as restrições de locomoção são impostas aos vacinados (já que não existe vacinados...) e, ainda assim, o vírus bota pra quebrar. No Brasil, restringem movimentos dos nao-vacinados e os vacinados aplaudem de pé...esperem, bando de uma figa, q o dia de vcs tá chegando.

    1. Oh, Jaiminho. Além da China também conter não vacinado, a despeito de sua colocação (você é preguiçoso, dado ao ócio, não se informou). E voce acha que o vírus tem que espalhar só pra fazer a vontade do SEU presidente. Tenha coração, oh, Jaiminho.

    2. Quem disse que não há não-vacinados lá? Cadê a evidência Jaiminho? Sem isso, seu argumento é igual ao pensamento do Bozo: tem valor algum!

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