Agência Senado

Pimentel é condenado por tráfico de influência e lavagem de dinheiro

21.11.19 08:58

A Justiça Eleitoral de Minas Gerais condenou o ex-governador Fernando Pimentel (foto), do PT, a 10 anos e 6 meses de prisão, por tráfico de influência e lavagem de dinheiro. A juíza Divina da Paula Peixoto, responsável pela sentença, considerou que houve o agravante de abuso de poder porque Pimentel usou o cargo de governador para cometer os crimes. O petista é acusado de se aproveitar de um esquema de caixa dois quando foi ministro do Desenvolvimento, no governo Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014.

O ex-governador poderá recorrer em liberdade. O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, o “Benê”, que teria prestado serviços para a campanha de Pimentel ao governo de Minas Gerais em 2014 e ajudado no esquema, foi condenado a oito anos de prisão.

Outros condenados no processo foram o sociólogo Marcos Coimbra, do instituto de pesquisas Vox Populi, e o empresário Márcio Hiran Novaes. Pimentel e os demais réus terão os direitos políticos suspensos depois do trânsito em julgado da condenação. O advogado do ex-governador, Eugênio Pacelli, informou que irá recorrer.

O processo está ligado à Operação Acrônimo. Segundo da denúncia do Ministério Público Estadual, a partir da investigação conduzida pelo Ministério Público Federal, Pimentel usou os serviços de uma gráfica na campanha eleitoral de 2014 sem declarar os valores e recebeu vantagens indevidas de Bené, proprietário da empresa. Os investigadores também concluíram que a campanha do petista recebeu verbas de modo irregular do Vox Populi.

Em delação premiada, Bené contou que Pimentel cobrou 4,25 milhões de reais em propinas do grupo JHSF, responsável pelo aeroporto Catarina, em São Roque, na Região Metropolitana de São Paulo. O valor teria sido usado como compensação pelo lobby que Pimentel fez para que o grupo pudesse operar o aeroporto.

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