Agência Brasil

PF suspeita de pagamento na Suíça para ex-presidente do STJ

11.11.19 16:12

Ao pedir busca e apreensão em endereços do ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça, Cesar Asfor Rocha, a Polícia Federal cita a Suíça como possível país onde o ministro teria recebido propina para paralisar o inquérito da Operação Castelo de Areia.

Asfor Rocha foi alvo da Operação Appius, realizada pela Lava Jato de São Paulo na quinta-feira, 7, e sexta-feira, 8. A investigação apura se, enquanto ministro do STJ, ele recebeu propina da empreiteira Camargo Corrêa para conceder uma liminar e paralisar a Castelo de Areia. Deflagrada em 2009, a operação mirava um esquema de pagamento de propina que, posteriormente, foi revisitado pela Lava Jato.

A ação da PF tem origem no acordo de colaboração premiada de Antonio Palocci. O ex-ministro petista afirmou que Asfor Rocha recebeu 5 milhões de dólares para atuar em favor da empreiteira.

Em um trecho do pedido, a PF elenca os motivos nos quais se baseou para solicitar busca e apreensão contra Asfor Rocha. De acordo com a delegada do caso, o ex-presidente teria recebido “vantagem ilícita, consistente em 5 milhões de dólares em conta no exterior (provavelmente Suíça), por intermédio de seu filho”.

Sobre o filho de Asfor Rocha, Caio Rocha, a PF cita que ele foi membro de uma comissão da Fifa, na Suíça, “justamente no período em que ocorreram as decisões no HC pela suspensão e anulação” da operação.

Em nota divulgada por seu escritório de advocacia, Asfor Rocha afirma que jamais “anulou” a Castelo de Areia, mas “apenas a suspendeu liminarmente por 15 dias”. “Lamentamos, portanto, o uso do nome do Senhor Ministro aposentado Cesar Asfor Rocha, patrono deste escritório, para dar ares de legitimidade aos delírios de um réu condenado”, diz a nota.

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