Aloisio Mauricio/Fotoarena/Folhapress

PF faz busca e apreensão na residência oficial de Witzel no Rio

26.05.20 07:35

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira, 26, no Rio de Janeiro a operação “Placebo”, para apurar indícios de desvios de recursos públicos em ações de combate ao coronavírus no estado.

Segundo a PF, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, um deles no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça.

De acordo com a PF, elementos de prova obtidos durante investigações apontam a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha.

A investigação também aponta o envolvimento de “servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro”, também conforme investigadores da Polícia Federal.

As informações iniciadas pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal no Rio foram compartilhados com a Procuradoria Geral da República no âmbito da investigação em curso no STJ.

Em sua edição 106, Crusoé mostrou que o presidente Jair Bolsonaro queria ter contato direto na PF do Rio de Janeiro para que a corporação investisse contra seus inimigos políticos, como o governador Witzel.

De acordo com o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, Bolsonaro queria trocar o comando da corporação no Estado para proteger amigos e familiares de investigações.

Nesta segunda-feira, 25, o delegado Tácio Muzzi foi nomeado superintendente da PF no Rio de Janeiro pelo diretor-geral, Rolando Alexandre. Ele substituiu Carlos Henrique Oliveira, promovido a número dois da PF.

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