PF deflagra nova operação para combate a contrabando de ouro venezuelano

06.08.20 10:01

A PF deflagrou na manhã desta quinta-feira, 6, a Operação Zósimo, que busca desmantelar uma organização criminosa envolvida em comércio de ouro ilegal. O material teria sido adquirido por meio de contrabando da Venezuela e garimpos ilegais em terras indígenas ianomâmis. A corporação cumpre 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal da Justiça em Roraima, que determinou o bloqueio de mais de 1,3 milhão de reais dos investigados.

São cumpridos mandados em Boa Vista e Pacaraima, em Roraima; em Natal e São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte; e em Jandira, no estado de São Paulo.

A ação é um desdobramento da Operação Hespérides, que desarticulou uma quadrilha de contrabando e lavagem de ouro proveniente de garimpos ilegais da Venezuela. O esquema financia exportações de alimentos para o governo de Nicolás Maduro por meio de empresas de Roraima, conforme revelado por Crusoé, na última sexta-feira.

A Polícia Federal identificou uma organização criminosa especializada na compra de ouro contrabandeado da Venezuela e de garimpos ilegais localizados em terras indígenas. O grupo financia e participa diretamente dessa exploração e fornece insumos para a região, como combustível e mercúrio. A origem da maior parte do ouro que alimenta o esquema é o Arco Minero del Orinoco, declarado ilegal pela Assembleia Nacional da Venezuela. 

As investigações da Zósimo foram iniciadas em setembro de 2018, quando um homem tentou embarcar em um avião com três quilos de ouro e apresentou documentos falsos para comprovar a legalidade da mercadoria. O nome da operação é uma referência ao alquimista Zósimo de Panópolis, que viveu na região do Egito por volta do séc. II, e buscava desvendar a conversão de metais  em ouro.

 

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