Projeto para barrar o Escola sem Partido pode se virar contra quem o defende
O deputado Helder Salomão (foto), do PT do Espírito Santo, apresentou um projeto de lei que pretende ser a resposta ao que institui a proibição de doutrinação ideológica nas escolas, proposto pela deputada Bia Kicis, do PSL do Distrito Federal. Enquanto o projeto de Bia quer baixar normas defendidas ao movimento Escola sem Partido para...
O deputado Helder Salomão (foto), do PT do Espírito Santo, apresentou um projeto de lei que pretende ser a resposta ao que institui a proibição de doutrinação ideológica nas escolas, proposto pela deputada Bia Kicis, do PSL do Distrito Federal.
Enquanto o projeto de Bia quer baixar normas defendidas ao movimento Escola sem Partido para evitar proselitismo político em sala de aula, o de Salomão defende criminalizar o empregador que punir o funcionário por "motivo ideológico".
A regra valeria para todos empregadores, no setor público e privado. Mas, em princípio, busca proteger professores do que, para o deputado e o PT, seria a censura a conteúdos que eles desejem apresentar aos alunos.
Segundo o texto, quem demitir, suspender ou advertir um empregado por razões ideológicas poderá ser punido com três meses a um ano de prisão e multa.
A proposta estabelece também que, constatada a aplicação de penalidade por essa motivação, o trabalhador será indenizado por dano moral.
O projeto do deputado capixaba atribui à Justiça do Trabalho a competência para o processo e julgamento dos casos.
A proposta poderá tramitar em caráter conclusivo pelas comissões. Ou seja, pode ser aprovada na Câmara sem passar pelo plenário, onde só será votada caso algum deputado reivindique.
Se a lei for aprovada, no entanto, pode gerar um problema em departamentos de ciências humanas de universidades federais, por exemplo, onde a hegemonia da esquerda é comum.
Professores que não forem simpatizantes de teses da esquerda terão como acionar a Justiça do Trabalho e ameaçar com cadeia diretores e coordenadores que não renovarem seus contratos ou impedirem suas atividades de pesquisa e extensão, por exemplo.
O mesmo valeria para repartições públicas em gestões de partidos de esquerda: qualquer transferência, exoneração, ou ausência de promoção poderia ser questionada como motivada por ideologia.
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Comentários (10)
Brasilino
2019-03-08 00:29:02Acho que isso se chama fascismo.
Lucia
2019-03-07 15:11:50Professores tem que ensinar a matéria para a qual foram diplomados. Apenas professores de Historia tem a prerrogativa de abordar Política em sala de aula. Cabe ao professor apresentar e discutir todas as abordagens possíveis, de maneira isenta, para que o aluno tire as suas próprias conclusões. Fui professora de Português e Inglês e nunca sai da minha seara. As escolas em que trabalhei não permitiam que os professores discutissem Política e Religião com os alunos, o que sempre achei correto.
Osvaldo
2019-03-07 11:14:53Proteger o empregado do empregador? Que loucura é essa. o Empregador é o dono do capital e do negócio. Ele tem direito de manter na sua equipe quem atender aos requisitos do negócio. Se for uma escola conservadora, os mantenedores tem o direito de desligar qualquer funcionário que dissemine ideias contrárias, e vice-versa. Se um país tem definido na forma de lei proibição de disseminação de certas idéias, escolas públicas tem que obedecer. O conhecimento do contrário deve ser busca d indivíduo
Juliano
2019-03-07 09:52:25Ruim para todos. Vai transformar aulas em guerras ideológicas.
Mario
2019-03-07 07:57:24Bom saber que esse deputado é daqui do ES.
ANTONIO
2019-03-07 03:24:00PT = LIXO.
Luiz
2019-03-07 02:33:08Mais um obstáculo para empregar...
Jazz
2019-03-07 01:52:44Ter uma ideologia é uma coisa, querer doutrinar plateias cativas , como são os alunos é outra completamente diferente. Nesse caso, tem que haver uma punição severa.
UBIRATAN
2019-03-06 22:41:44Que ridículo essa proposta dos PTralhas.
Hildegundes
2019-03-06 20:08:33Causa nojo ver as propostas dos petistas!