"Pequena onda vermelha diminuiu distância", diz diretor do Paraná Pequisas
Diretor do instituto Paraná Pesquisas e responsável pelas pesquisas Crusoé-Empiricus divulgadas nesta campanha presidencial, Murilo Hidalgo afirma que houve na reta final da campanha uma pequena onda vermelha que fez com que a ampla margem de vantagem que Jair Bolsonaro tinha sobre Fernando Haddad fosse reduzida. Ele diz que as eleitoras que estavam indecisas ou pretendiam votar...
Diretor do instituto Paraná Pesquisas e responsável pelas pesquisas Crusoé-Empiricus divulgadas nesta campanha presidencial, Murilo Hidalgo afirma que houve na reta final da campanha uma pequena onda vermelha que fez com que a ampla margem de vantagem que Jair Bolsonaro tinha sobre Fernando Haddad fosse reduzida. Ele diz que as eleitoras que estavam indecisas ou pretendiam votar em branco ou anular podem ter sido influenciadas pelo volume de informações negativas que circularam em peso contra o presidente eleito perto do fim da campanha.
A pesquisa Crusoé-Empiricus publicada na sexta-feira mostrou uma diferença de 20 pontos entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad (60% a 40%). Mas no resultado final essa diferença caiu para dez pontos (55% a 45%). Por quê?
A maior parte da coleta da nossa entrevista foi na terça-feira e na quarta-feira e um pouco na quinta-feira pela manhã. Depois disso, houve uma pequena onda vermelha.
Qual foi o motivo?
Começou uma campanha negativa muito grande contra o Bolsonaro já no último final de semana. O volume de informações contra ele foi muito grande. Isso não surte efeito de imediato, mas aos poucos. Se tivéssemos feito uma pesquisa no sábado, também teríamos detectado o fenômeno.
E onde essa pequena onda vermelha foi mais efetiva?
Na nossa pesquisa, o eleitorado feminino concentrava o maior número de indecisos, brancos e nulos. Houve um crescimento do Haddad, a meu ver, nesse eleitorado. Regionalmente, foi mais forte no Norte e no Nordeste.
Dá para confiar nos institutos de pesquisa?
Pesquisa é fotografia do momento, para repetir o clichê. Está cada vez mais difícil acertar, por causa da velocidade de informação. Isso influencia diretamente a decisão do voto. Tanto que os institutos fizeram uma pesquisa no sábado e, no domingo, a boca de urna. O Ibope fez por conta própria a boca de urna deles, para diminuir a chance de erro dos levantamentos dos dias anteriores. E na boca de urna é difícil errar, porque o eleitor já votou. A boca de urna é feita com as metodologias das pesquisas de intenção de voto, o que mostra que elas são corretas.
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Comentários (10)
Claudio
2018-10-30 07:08:12Essa "onda vermelha" irá se extinguir com a passagem dos dias de trabalho do novo Presidente que, "acertando a mão" irá colocar o Brasil de volta nos trilhos. Será lento e penoso pq a verdadeira Herança Maldita é a que o pt irá nos legar mas com sabedoria, e ele tem, avançaremos para uma situação melhor!
Estefano
2018-10-30 00:42:08Pesquisa como você falaram é um retrato num periodo. Eles não afirmam qual será a situação num instante instante futuro. Então para que servem as pesquisas se não projetam o estado futuro? A melhor pesquisa de uma eleição é a da boca de urna. Acredito que os resultados das pesquisas poderiam ser ajustadas entre uma pesquisa e outra com algumas variáveis dinâmicas (ex. indicadores nas mídias sociais de massa, como TrendsGoogle). Talvez estes chamados “erros” seriam minimiza dos.
Edivaldo
2018-10-29 18:32:01Ei Paraná pesquisa, vocês tem crédito demais da conta. Valeu pelo excelente trabalho. Se tivesse colhido na sexta-feira não erraria por 5 pontos. Parabéns !!!
Mônica
2018-10-29 16:01:35A explicação do Murilo parece bastante sensata. Talvez seja inportanre levar em conta ainda, o número muito elevado de abstenções e o próprio efeito ou influência de resultados de pesquisas possivelmente direcionadas na semana das eleições - uma parte da população segue essa onda ainda mais qdo a Rede Globo veicula apenas essas pesquisas.
Roberto
2018-10-29 14:44:19Apesar de todas as desculpas sugeridas o DATA FOLHA cravou! Infelizmente, eu também acreditei no Instituto Paraná.
Yotio
2018-10-29 14:43:48Mexeram “na boca do jacaré “ com certeza! Sabiam que iam perder feio!
José Almeida Sana
2018-10-29 14:13:34Na verdade, as pesquisas estão muito pressionadas pela velocidade das informações e, principalmente, e até por fakenews. Concordo com o texto e as explicações.,
Sergio
2018-10-29 13:51:45A Globo e seus puxadinhos perderam feio! Espero que Bolsonaro cumpra o que prometeu ; chega de verba pra Globo e seus auxiliares. Não são só os milhões de petistas que perderão as tetas , a mídia vai perder a boquinha. Por isso o desespero na reta final
Carneiro
2018-10-29 13:46:06Pior foi a Myriam Leitao. Durante toda campanha ela falou com o estômago, como se estivesse prestando contas à alguem. Nada, ou pouco adiantou. Mostrou o lado obscuro de sua personalidade e está saindo menor do que entrou nessa jornada. Ocaso de uma “quase” estrela.
Fernando
2018-10-29 13:44:17No fim o "Data Foice" acertou em cheio e o maravilhoso Paraná-Crusoé-Empiricus errou feio. Passada a eleição, hora das pessoas de bem passarem a serem razoáveis e equilibradas. A metodologia das pesquisas nem sempre consegue um bom resultado, mas é parte do jogo. Na maioria das vezes, elas não mostram nenhum viés partidário e nem corroboram a fraude já programa, mas mostram a foto da realidade do momento com uma amostra um pouco desajustada. Deixem o besteirol e a conspiração pros perdedores.